Pesquisa sobre pré sal
Por: Caad Ufsc • 29/10/2015 • Projeto de pesquisa • 2.228 Palavras (9 Páginas) • 513 Visualizações
1 INTRODUÇÃO
A camada pré-sal é denominada dessa forma em função de ser localizada sob uma camada de sal em uma região ultraprofunda do subsolo marítimo brasileiro, estendendo-se do litoral catarinense até o do Espírito Santo.
Estudos já realizados dão indícios que essa camada apresenta um reservatório significativo de óleo leve de alta qualidade, o qual ultrapassa em mais de cinco vezes as atuais reservas brasileiras. Caso a expectativa desses estudos se concretize, tais reservas de petróleo farão do Brasil uma referência ainda maior por estar entre os seis países que apresentam as maiores reservas petrolíferas do mundo, o que se refletirá em um grande desenvolvimento econômico no país.
1.1 Justificativa
Quando se trata da camada pré-sal, um ponto importante a ser destacado é o de que o Brasil se endividará expressivamente em função do investimento em pesquisa, tecnologia e desenvolvimento de equipamentos novos que será necessário para explorar essa camada. É válido ressaltar, entretanto, que os resultados financeiros advindos da atividade petrolífera são muito grandes e possivelmente agilizarão o processo de abatimento de tais dívidas públicas.
Nesse contexto, destaca-se a importância de que a administração do pré-sal seja feita corretamente e que as decisões tomadas sobre o assunto sejam corretas desde já, caso contrário essa conjuntura poderá representar uma ameaça ao equilíbrio econômico do país. No entanto, a realidade atualmente é outra e é fundamental que os problemas administrativos sejam resolvidos o quanto antes para que os benefícios obtidos com a sua exploração sejam maximizados.
Portanto, considerando a oportunidade trazida pelo pré-sal à economia brasileira e a sua importância, esta pesquisa apresentará informações a respeito dos problemas da administração da exploração desta camada e, ao final dela, é esperado um conhecimento profundo sobre os problemas da administração do pré-sal e formas de resolução do mesmo.
- Objetivos
Serão apresentados os objetivos gerais e específicos deste projeto.
1.2.1 Objetivos gerais
• Analisar as questões que envolvem a administração do pré-sal, tanto do que se refere aos desafios que serão enfrentados quanto às soluções para os problemas diagnosticados atualmente;
• Traçar os prováveis obstáculos sobre como administrar esse novo produto de alto valor no mercado nacional e internacional;
• Listar dúvidas;
• Descobrir respostas a fim de descrever o melhor caminho a ser seguido nessa nova etapa em que o Brasil se encontra.
1.2.2 Objetivos específicos
• Analisar as questões que envolvem a administração do pré-sal;
• Entrevistar os responsáveis pela área administrativa através de correio eletrônico;
• Acompanhar a rotina dos entrevistados durante um período específico de tempo;
• Fazer uma pesquisa teórica por meio de livros e periódicos da área de administração
do pré-sal;
• Analisar o conteúdo encontrado;
• Registrar as informações necessárias para a formação de um resultado sólido referente aos desafios que serão enfrentados e suas soluções;
• Cruzar as informações por meio de tabelas comparativas para obter uma conclusão segura acerca deste tema.
- REVISÃO DE LITERATURA
O pré-sal, do ponto de vista geológico, é constituído de áreas cujos sedimentos foram acumulados antes do depósito da camada de sal no mar. Desse modo, convencionou-se utilizar o termo "pré-sal" para definir as camadas rochosas que ocorrem abaixo de uma espessa camada de sal na plataforma continental brasileira, distinguindo-as das descobertas petrolíferas que ocorrem acima do sal, isto é, no pós-sal (MNE, 2009).
Como é possível verificar, a exploração das camadas petrolíferas do pré-sal são diferentes das outras existentes no Brasil, visto que são extremamente profundas e de difícil acesso em função de se encontrarem antes do depósito da camada de sal no mar. Dessa maneira, a tecnologia utilizada para extrair o petróleo é bastante avançada, necessitando de constantes aperfeiçoamentos para a obtenção de melhores resultados na extração.
A região da província petrolífera chamada pré-sal estende-se do litoral do Estado do Espírito Santo até Santa Catarina em uma área de aproximadamente 149 mil km² sob uma lâmina de água de 800 a 3.000 metros de profundidade e soterramento de 3 a 4 mil metros. Testes indicaram a existência de grandes volumes de óleo leve de alto valor comercial (30° API) com grandes quantidades de gás associado, confirmando a existência de uma área na qual são estimados riscos exploratórios extremamente baixos e grande rentabilidade (PL 5.938/09). Estudos de mercado apontam para um total de 70-100 bilhões de barris em toda a região do pré-sal. Se tal informação for confirmada, essa quantidade seria suficiente para colocar o Brasil entre os dez maiores produtores mundiais de petróleo (IEDI, 2009).
Segundo o Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Indústria, a exploração nas camadas do pré-sal é fundamental para o crescimento da economia brasileira nos próximos anos. Com isso, uma questão muito importante é levantada: como será a distribuição dos royalties do petróleo entre os estados brasileiros que se localizam em regiões fora da área em que o pré-sal é encontrado?
Atualmente, todo o lucro gerado com as explorações petrolíferas é dividido entre a União, estados e municípios que produzem ou possuem instalações como refinamento. Assim, qualquer concessionária exploradora é obrigada a repassar 10% do valor de cada barril extraído, o que é conhecido como royalties. Eles são divididos da seguinte maneira: 47.5% pertence à União, 22.5% aos estados produtores e 30% aos municípios produtores, negligenciando aqueles que não produzem.
Porém, uma nova questão vem à tona. Considerando toda a riqueza que o país irá gerar, como fica a situação de estados e municípios que não podem usufruir da porcentagem? Como serão beneficiados? Tentando reverter esse quadro, o Deputado Federal Ibsen Pinheiro (PMDB-RS) propõe que todos os estados e municípios recebam a mesma quantia, independente se é produtor ou não. Portanto, a União receberia 40% e os estados e municípios, 30%. Todavia, os estados de maior produção como o Rio de Janeiro, por exemplo, deixaria de receber 7,3 bilhões de reais por ano.
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