Produção científica brasileira em conforto térmico: análise das publicações do CONBREPRO, ENEGEP E SIMPEP de 2008 a 2014
Por: Karina Cruz • 7/3/2016 • Artigo • 3.587 Palavras (15 Páginas) • 344 Visualizações
Produção científica brasileira em conforto térmico: análise das publicações do CONBREPRO, ENEGEP E SIMPEP de 2008 a 2014
Gerson Lourenço Junior (UTFPR) lourencojr.g@hotmail.com
Karina Souza Cruz (UTFPR) karinaacruz@hotmail.com
Juliane de Freitas Battisti (UDC) julianedefreitasbattisti@gmail.com
Resumo:
O objetivo deste estudo é analisar a produção científica nacional sobre conforto térmico. Foram analisados os anais do Congresso Brasileiro de Engenharia de Produção (CONBREPRO), do Encontro Nacional de Engenharia de Produção (ENEGEP) e do Simpósio de Engenharia de Produção (SIMPEP) nos anos de 2008 a 2014. Foram selecionados os artigos do CONBREPRO, ENEGEP E DO SIMPEP que apresentaram o termo conforto térmico no título, nas palavras chave ou no resumo. Foram encontrados 31 artigos e realizado análises com relação ao número de autores por artigo, principais autores, instituições de ensino conforme a filiação dos autores, publicações por estado, bibliografia utilizada e metodologia utilizada. Em relação à natureza, a pesquisa se classifica como básica, o objetivo é exploratório e é do tipo bibliográfico, com análise qualitativa e quantitativa. Quanto aos resultados, foram verificados que a maior parte dos artigos publicados foram escritos por 3 e 5 autores, foram desenvolvidos principalmente por instituições de nível superior pública, os autores que mais publicaram são doutores e o sul do Brasil é a região que mais publicou artigos com destaque ao estado do Paraná que é líder em publicações. Ademais, a maior parte das pesquisas foram desenvolvidas com base em livros e a metodologia utilizada foi principalmente a aplicada.
Palavras chave:Conforto térmico, Produção Científica Brasileira, Ergonomia.
Brazilian scientific production in thermal comfort: analysis of CONBREPRO, ENEGEP and SIMPEP publications of 2008 to 2014
Abstract
The purpose of this article is to analyze the national scientific production on thermal comfort. The annals of the Brazilian Congress of Industrial Engineering (CONBREPRO), the National Meeting of Production Engineering (ENEGEP) and Production Engineering Symposium (SIMPEP) in the years 2008 to 2014 were analyzed. Articles of CONBREPRO, ENEGEP AND SIMPEP that presented the term thermal comfort in the title, the keywords or abstract were selected. Were found 31 items and performed analysis on the number of authors per article, authors, educational institutions as the affiliation of the authors, by state publications, bibliography and used methodology. Regarding the nature of the research is classified as basic, the goal is exploratory and is bibliographic, with qualitative and quantitative analysis. Regarding the results, were verified that most of the published articles were written by 3 and 5 writers, were mainly developed by public institutions of higher learning, the authors who have published are doctors and southern Brazil is the region that most published articles, especially the state of Paraná which is leading publications. Furthermore, most of the research has been developed based on books and the methodology used was mainly the applied.
Key-words: Thermal comfort, Brazilian Scientific Production, Ergonomy.
1. Introdução
Uma empresa que deseja ser competitiva atualmente precisa focar nas estratégias de diferenciação de seus produtos e processos sem deixar de lado a preocupação com a qualidade de vida de seus colaboradores, essencial para que a empresa possa atingir seus objetivos (FALCÃO et al, 2011). Nesse contexto, o conforto térmico assume grande importância, pois representa uma parcela significativa no bem-estar dos trabalhadores e na qualidade dos serviços.
Para Bauman (1999), os ambientes termicamente confortáveis favorecem a maximização da qualidade dos serviços; o trabalhador se sente mais motivado pelo posto de trabalho, por sua atividade e pelos resultados positivos das tarefas, tendo em vista a diminuição de reclamações tanto em relação às necessidades individuais quanto as doenças obtidas nesses ambientes, resultando em redução de custos operacionais.
Há tempos busca-se o bem-estar físico, fisiológico e psicológico humano. Contudo, nos últimos anos tem se intensificado o interesse pelos estudos sobre conforto térmico por parte dos pesquisadores (LAMBERTS; XAVIER, 2008).
Os estudos de conforto térmico visam analisar e estabelecer as condições necessárias para a avaliação e concepção de um ambiente térmico adequado às atividades e ocupação humanas, bem como estabelecer métodos e princípios para uma detalhada análise térmica de um ambiente (LAMBERTS; XAVIER, 2008).
Deste modo, este trabalho tem como objetivo analisar a produção científica brasileira sobre o tema conforto térmico nos anais do Congresso Brasileiro de Engenharia de Produção (CONBREPRO), Encontro Nacional de Engenharia de Produção (ENEGEP) e do Simpósio de Engenharia de Produção (SIMPEP) nos anos de 2008 a 2014. Os anais do CONBREPRO, ENEGEP e do SIMPEP são fontes de dados importantes, pois trata-se de eventos reconhecidos. Além disso, são eventos nacionais que abrangem instituições de diversas regiões do Brasil, permitindo a análise de publicações no âmbito nacional.
2. Fundamentação teórica
O conforto térmico em um determinado ambiente pode ser definido como a sensação de bem-estar experimentada por uma pessoa, como resultado da combinação satisfatória da temperatura radiante média, umidade relativa, temperatura do ambiente e velocidade relativa do ar com a atividade lá desenvolvida e com as roupas usadas pelas pessoas. As sensações são subjetivas, ou seja, dependem das pessoas, portanto um certo ambiente confortável termicamente para uma pessoa pode ser frio ou quente para outra. Assim, entende-se como condições ambientais de conforto aquelas que propiciam bem-estar ao maior número possível de pessoas (RUAS, A.,1999).
Conforme Iida (2005), o desempenho e produtividade das pessoas no trabalho, sofre influência direta das condições de temperatura do ambiente, sem contar que também devem ser considerados os riscos de acidentes.
Quando uma pessoa é obrigada a suportar altas temperaturas o seu rendimento cai, a velocidade do trabalho diminui, as pausas se tornam maiores e mais frequentes, o grau de concentração diminui e a frequência de erros e acidentes tende a aumentar significativamente, principalmente a partir de 30°C (LACAZ, F.C 1996).
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