Projeto Integrado Saúde e Segurança " Ergonomia em Frigorifico"
Por: Benita Silva • 13/11/2018 • Trabalho acadêmico • 3.838 Palavras (16 Páginas) • 392 Visualizações
UNIVERSIDADE DE CUIABÁ
GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS
PROJETO INTEGRADO I
BENITA DE SOUZA SILVA
Projeto: SAÚDE E SEGURANÇA
Professora Maria Francisca Moretti
CUIABÁ, MT
2018
1.TEMA E TÍTULO DO PROJETO
1.1 Saúde e Segurança do Trabalho
1.2 Ergonomia para prevenção e diminuição de lesões ocupacionais.
2. JUSTIFICATIVA
Saúde e Segurança estão sempre interligadas e atuam em condições que o colaborador vive. Mesmo sendo de ciências diferente, cada uma com seus instrumentos de intervenções, porém ambas são regulamentadas pelas Normais Regulamentadoras do Ministério do Trabalho. A dinâmica entre essas duas só pode funcionar por que abas estão com o mesmo objetivo comum que é proporcionar o bem-estar de todos os colaboradores.
Atualmente, opera 26 plantas industriais, sendo 11 no Brasil, 6 no Paraguai, 3 no Uruguai, 1 na Colômbia e 5 na Argentina, e conta com 14 Centros de Distribuição, localizados no Brasil, Paraguai, Colômbia, Chile e Argentina. Este projeto será destinado para empresa Mato Grosso Bovinos S/A (Minerva Foods) com cerca de 4,500 funcionários aproximadamente. No entanto o presente projeto apenas será voltado para os 280 funcionários aproximadamente do setor de desossa e será realizado em duas fases.
A primeira fase com duração de 3 meses de pesquisa e estudo de caso.
E a segunda com duração de 6 meses com treinamento e conscientização.
O valor a ser utilizado para realização do projeto vira do setor de gestão pessoal.
3. PROBLEMA
Qual a importância da ergonomia na saúde e segurança dos trabalhadores?
4. OBJETIVOS
4.1. Geral
Implantar meio para diminuir doenças Ocupacionais
4.2. Específicos
- Prevenir Ler/Dort
- Treinamento para uso de EPIS
- Palestra sobre saúde e segurança
- Treinamento NR 36: Segurança do Trabalho.
- Aula de ginastica laboral
5. REVISÃO DE LITERATURA
Mesmo com toda crise econômica de uma pais o setor de frigorifico e abatedouro bovinos continua com seu crescimento em alta. No ano de 2017 a carne brasileira entrou em mais de 135 países, com isso foi totalizado 1,5milhão de toneladas cerca de US$ 6,1 bilhões arrecado. Até o mês de julho desde anos o Brasil já tinha vendido cerca de 884 mil toneladas, um acréscimo de 8,3% uma significância de (+11,1%) a mais que o ano anteriores. (Walger, 2004)
As humanidades vivem sempre em constante movimento de se adequar as mudanças impostas da sociedade, isso não somente no seu cotidiano profissional mais também no ambiente de trabalho, principalmente em função das novas modernidades tecnológicas.(Walger, 2004)
Mendes e Leite (2004), coloca como a tecnologia, sem dúvida, veio para facilitar a vida das pessoas, diminuindo o tempo de qualquer tarefa a ser realizada, a transformação de um esforço muscular em uma simples apertar de botão.
Isso só prova que é de suma importância as indústrias para alavancar a economia do pais. No entanto, existe um indicador que informa, que se a economia da empresa está indo muito bem, por outro lado outro indicador social relacionado aos colaboradores da empresa não está indo muito bem. Dados de estatística do próprio governo mostram que trabalhar em frigorifico é comprovadamente uma atividade de risco a saúde.
Sabendo assim que o modo de trabalho em frigorifico é totalmente capitalista e que os colaboradores são meros complementos da máquina, os donos visam somente os lucros. O trabalho que era para ser a fonte e prazer deste colaborados acaba sendo algo fadigado, pelas doenças e os acidentes de trabalho, que quando não mata, deixam lesões permanentes. (Mendes e Leite (2004).
Weil (1996), dedicou diversos textos à discussão das causas da opressão social e sua forma capitalista de organização do trabalho. No seu texto Diário de vida na fábrica, a autora afirma que o trabalho está intrinsicamente ligado a humilhação social. Segundo a autora, à humilhação é determinada pela pressão de se alcançar uma forte cadência produtiva, pela ameaça constante de demissão caso não se alcance esta meta, pela maneira de suportar as ordens e pela contínua simplificação e fragmentação das atividades.
Mesmo o mundo estando em uma constante evolução tecnológico, o trabalho apresenta um paradoxo de uma combinação de um sistema onde o adoecimento do trabalhador e destruição ambiental. (Evangelista (2011),
A verdade, no entanto, é que todos os problemas causados a esses trabalhadores poderiam ser atenuados ou até mesmo evitados. As leis já existentes e normas que protegem a saúde dos empregados, mas que sem sempre são devidamente cumpridas por ambas as partes. Pelo fato de que isso prejudicaria a linha de produção e encareceria o processo produtivo e baixaria os lucros. Muitas vezes as tarefas que são realizadas neste ambiente, são repetitivas, monótonas e fatigantes e claro isso como já foi citado que vá causar problemas de saúde ao colaborador. (Fernandes (2004)
No que diz respeito às empresas frigoríficas, de modo geral elas têm apresentado uma forma de organização do trabalho composta de equipamentos, máquinas e dispositivos de corte que possuem considerável risco de acidentes de trabalho de seus colaboradores, principalmente nas operações que exigem atividade manual.
Neste ponto de vista da Ergonomia, boa parte dessas atividades realizadas, são vetores de problemas de saúde, conforto e segurança que causaram fadiga muscular e metal e pelas doenças e acidentes. (Evangelista (2011).
Ao constatar a existência desses problemas no ambiente de trabalho do Frigorifico Mato Grosso Bovinos S/A (Minerva Foods), percebe a precisão de se realizar um estudo que busque melhorias neste local. (Evangelista (2011).
Segundo Sardá (2009), pela empresa não se preocupar tão profundamente, são comuns e extremamente prejudiciais aos trabalhadores de frigoríficos as lesões ortopédicas, os distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho, o frio, a umidade das câmaras frigoríficas, os agentes biológicos, como sangue e como riscos específicos, os instrumentos cortantes que são a maioria do risco. As doenças osteomusculares são transtornos funcionais e mecânicos e lesões de músculos e/ou tendões e/ou de fáscias e/ou de nervos e/ou de bolsas articulares e/ou de pontas ósseas nos membros superiores ocasionados pela utilização biomecanicamente incorreta dos membros superiores, que resultam em dor, fadiga, queda da performance no trabalho, incapacidade temporária e, conforme o caso, podem evoluir para uma síndrome dolorosa crônica, nesta fase agravada por todos os fatores psíquicos (inerentes ao trabalho ou não) capazes de reduzir o limiar de sensibilidade dolorosa do indivíduo, tudo isso por que os colaboradores submetidos a longos ciclos de produção, curtos períodos de aprendizagens, fazendo a tarefa como repetitiva e constante movimentos que acaba desgastando, dessa forma aumenta as lesões e distúrbios provocados pela sobrecarga e fadiga.
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