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RESPONSABILIDADE SOCIAL: O Diferencial Está Além do Básico.

Por:   •  14/8/2016  •  Projeto de pesquisa  •  3.396 Palavras (14 Páginas)  •  312 Visualizações

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CENTRO UNIVERSITÁRIO MONTE SERRAT

CURSO DE COMÉRCIO EXTERIOR

BRUNO JORGE LOPES DA COSTA LOBO

RA: 51414506

RESPONSABILIDADE SOCIAL:

O diferencial está além do básico.

Santos

2016

Sumário

TEXTO HSM        3

SÍNTESE        10

ANÁLISE        12

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS        13

        

TEXTO HSM

Lorena de Lima, diretora de Responsabilidade Social para a América Latina da GE (General Electric), fala sobre os conceitos que envolvem a responsabilidade social, passando pela filantropia empresarial e alerta para as empresas não se limitarem apenas ao que pede a lei. Lorena fala ainda sobre as tendências da responsabilidade social e sobre o diferencial das empresas socialmente responsáveis.

Gostaria de começar falando sobre como fui desenvolvendo esse conceito de filantropia empresarial até a responsabilidade social. E bom, a realidade é que, desde sempre, todas as empresas têm feito doações. E há muito tempo, essas doações dependiam um pouco mais dos donos da empresa, para onde queriam doar. E da alta diretoria da empresa, para que obras e causas queriam doar. No começo dos anos 90, surge esse conceito de filantropia empresarial onde, efetivamente, continuam essas doações e contribuições para diferentes organizações, mas de uma maneira um pouco desarticulada, e sem qualquer critério a ser seguido. Foi assim que evoluiu o conceito de filantropia empresarial ao investimento social onde as empresas seguem fazendo doações e contribuições, mas já possuem alguns critérios para escolherem as causas que vão ajudar. E, de alguma maneira, as empresas começaram a se preocupar em medir o impacto que têm as suas doações com base no investimento. Então aí surge esse conceito de cidadania corporativa onde a empresa se dá conta de que é um integrante ativo da sociedade. Mas a cidadania corporativa segue sendo como um termo um pouco incompleto. Porque, bom, qualquer mexicano, a partir dos 18 anos, é um cidadão. Isso não quer dizer que ele é um cidadão responsável, que apoia a sociedade, não quer dizer que ele é um bom cidadão. Então, quando as empresas se dão conta de seu impacto e importância na comunidade, e que a comunidade, por sua vez, tem sobre a empresa. Então se começa a construir esse conceito de responsabilidade social onde, na realidade, vemos que gerar empregos não é suficiente. E que não é suficiente vender os produtos ou oferecer serviços, mas sim que todas as decisões que tomamos enquanto empresa, desde onde vamos colocar nossas construções, como vamos operar dentro das comunidades... Isso tudo tem um impacto dentro da comunidade e, por outro lado, a comunidade pode vestir a nossa camisa, nos beneficiar, ser uma aliada ou não. Por isso se desenvolveu o conceito muito mais integrado de responsabilidade social onde nós - me atreveria a descrevê-lo como um equilíbrio entre o interesse do negócio, porque, afinal, os negócios são o objetivo final de qualquer empresa - mas é o interesse do negócio com o bem-estar da comunidade. Sempre indo um pouco mais além do que exige a lei.

O mais interessante da responsabilidade social é que as empresas não se limitam a cumprir apenas o que lhes pede a lei. Mas que sempre estejam um passo à frente e deem mais.

Para dar-lhes um exemplo, na General Electric, onde eu trabalho, nossa estratégia de responsabilidade social está integrada à estratégia de mercado. Investimos mais de dois milhões de dólares anualmente por toda a América Latina em projetos sociais.

É uma empresa onde o voluntariado corporativo tem uma importância vital, fazemos mais de um milhão de horas de voluntariado a nível global, das quais 250 mil horas são feitas na América Latina, e dessas 250, 75 mil são no México. Temos mais de 200 projetos voluntários na região, 17 projetos financiados por nossa fundação empresarial que atendem questões de saúde, de educação, de desenvolvimento comunitário. A General Electric no México está completando 115 anos, então nossa maneira de celebrar é devolvendo um pouco à comunidade do muito que recebemos dela. Desenvolvemos quatro iniciativas para isso: vamos construir 115 casas para famílias em pobreza extrema, vamos iluminar 115 escolas que não têm luz, vamos fazer 11500 check-ups em mulheres que não têm acesso ao sistema de saúde, e vamos tentar acumular 115 mil horas de leitura, porque evidentemente nosso país tem perdido o hábito de ler. Mas, bom, com certeza o tema da responsabilidade social, sem dúvidas, agora começa a ser algo muito importante dentro das empresas. No discurso de todas as empresas está o tema da responsabilidade social, de uma maneira ou de outra.

Eu me atreveria a dizer que é muito difícil padronizar a responsabilidade social. Sem dúvidas existe um denominador comum no tema da responsabilidade social para todas as empresas.

Mas lhes darei o exemplo de uma camisa. Todas as camisas têm uma abertura por onde passa o pescoço, e duas outras por onde saem um braço em cada uma.

Mas a camisa que você usa, que ele usa e que ela usa são diferentes, de cores diferentes, tamanhos diferentes e estilos diferentes. Por quê? Porque cada empresa tem uma realidade diferente da outra.

Cada empresa tem um tempo distinto, nem todas as empresa têm mais de 100 anos de existência, nem todas as empresas são inovadoras, nem todas as empresas vendem as mesmas coisas. Portanto, cada empresa tem uma realidade distinta. Creio que seja muito importante esse denominador comum que são como os padrões da responsabilidade social, mas que sejam adaptados à realidade e à época da empresa. E isso nos permite ter uma responsabilidade social que necessariamente nos leva a uma melhora contínua, e uma melhora contínua a respeito de nós mesmos. Não a respeito dos nossos vizinhos, ou a empresa da frente, mas sim como nós mesmos podemos evoluir esse conceito dentro de nós mesmos. E acredito que uma das coisas mais importantes é que isso surja de dentro para fora. Porque existem muitas empresas que ligam isso ao conceito de sua imagem. E sim, a responsabilidade social é um tema que está ligado à reputação, à imagem da empresa, mas o importante é viver isso de dentro para fora. Pregar o exemplo, ter funcionários que possuam qualidade de vida na empresa, que a empresa verdadeiramente possua políticas suficientemente sólidas, e robustas, para que isso depois venha a ser semeado em seu entorno, e até mesmo fora.

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