RING, P.S.; VAN DE VEN, A.H. Structuring cooperative relationships between organizations. Strategic Management Journal, v. 13, p. 483-498, 1992.
Por: Nathane Eva • 16/3/2019 • Resenha • 789 Palavras (4 Páginas) • 166 Visualizações
Obra: RING, P.S.; VAN DE VEN, A.H. Structuring cooperative relationships between organizations. Strategic Management Journal, v. 13, p. 483-498, 1992. |
Palavras Chaves: Relações cooperativas, governança |
Objetivo Geral: Analisar as características dos mecanismos alternativos de governança. Discutir a relação entre o critério e a escolha dos mecanismos de governança. Explicar as implicações das análises do artigo para os gestores e pesquisadores. |
Hipóteses: O artigo não trabalha com hipóteses, apenas com proposições. P1: Quanto maior o risco em uma transação, mais complexa é a estrutura de governança, ceteris paribus. P2: Confiança é uma condição necessária, mas não suficiente, para transações de mercado, ceteris paribus. P3: A confiança só surgirá como consequência de repetidas transações de mercado entre as partes, assegurando a observância das normas de equidade por ambas as partes. P4: Quanto maior a habilidade de confiar, menor o risco inerente a uma transação, ceteris paribus. P5: Níveis variados de risco e confiança na confiança explicam as estruturas de governança das transações. P5a: Baixo risco, baixa confiança nas ações de confiança são governadas pelos mercados, ceteris paribus. P5b: Alto risco, baixa confiança nas transações de confiança são governadas por hierarquias, ceteris paribus. P5c: Baixo risco, alta confiança nas transações de confiança são regidsa por contratos recorrentes, ceteris paribus. P5d: Alto risco, alta confiança nas ações de confiança são governadas por contratos relacionais, ceteris paribus. P6: A elaboração de salvaguardas em contratos relacionais reflete o nível percebido de risco em uma transação e a confiança na confiança das partes na troca. |
Variáveis: - Estrutura de mercado - Estrutura hierárquica - Estrutura dos contratos recorrentes - Estrutura relacional |
Metodologia: Trabalho teórico |
RESUMO DO TRABALHO 483 – Mudanças tecnológicas, a competitividade do ambiente, estratégias empresariais e outros fatores levam as empresas a buscar relações de cooperação. Powell (1987) sugere que essas empresas estão buscando um conjunto diversificado de objetivos de negócios que requerem cooperação porque envolvem dependências recíprocas. 483 – A teoria dos custos de transação assume que os atores econômicos são oportunistas. 484 – Williamson (1991) coloca que os custos de transação têm sido criticados por lidar com formas extremas (mercado e hierarquia) e negligenciar o intermediário ou formas híbridas. 485, 486, 487 – FORMAS DE TRANSAÇÕES TRANSAÇÕES DE MERCADO DISCRESTAS: relações de curto-prazo, relacionamento de barganha, ideal para transação de produtos não específicos, com muitos fornecedores no mercado, contrato clássico de governança de mercado. TRANSAÇÕES HIERARQUICAS GERENCIAIS: estrutura de autoridade, ideal para transações incertas, que ocorrem frequentemente e com elevado grau de especificidade dos investimentos, tempo de duração da transação indefinida, contrato de trabalho de governança de mercado. TRANSAÇÕES DE CONTRATAÇÃO RECORRENTE: envolve trocas repetidas de ativos com graus moderados de especificidade da transação. Os termos dessas trocas tendem a ser certos, mas algumas contingências podem ser deixadas para resolução futura. Temporalmente, a duração desses contratos é relativamente de curto prazo. As partes se veem como autônomas, legalmente iguais, mas contemplando um relacionamento mais incorporado. Eles usam a contratação recorrente para explorar resultados impulsionados por outros motivos que não a eficiência, para experimentar salvaguardas e métodos alternativos para resolver conflitos. O direito neoclássico dos contratos fornece o arcabouço legal no qual essas transações predominantemente baseadas no mercado são regidas. TRANSAÇÕES DE CONTRATAÇÃO RELACIONAL: tendem a envolver investimentos de longo prazo que resultam do trabalho de base estabelecido pela negociação recorrente na produção e transferência de direitos de propriedade entre essas partes legalmente iguais e autônomas. As transações envolvem investimentos altamente específicos, em empreendimentos que não podem ser totalmente especificados ou controlados pelas partes antes de sua execução. Como consequência, as partes desses contratos racionais estão expostas a uma variedade muito maior de riscos de negociação do que suas contrapartes que empregam experiência em transações de mercado ou hierárquicas. As disputas são resolvidas por meio de mecanismos internos projetados para preservar o relacionamento e garantir que os resultados de eficiência e equidade buscados no relacionamento de longo prazo sejam realizados. A governança bilateral é empregada em contratos relacionais. 490 – Matriz 2x2 mostra a relação entre o risco a confiança e a estrutura de governança Estrutura de mercado: baixa confiança, baixo risco Estrutura hierárquica: baixa confiança, alto risco Estrutura de contratos recorrentes: alta confiança, baixo risco Estrutura de contrato relacional: alta confiança, alto risco. 495 – O modelo desenvolvido até agora descreve os antecedentes e formas estruturais de contratos relacionais em termos relativamente estáticos. No entanto, nossa análise implica que o surgimento desses contratos relacionais é um processo dinâmico. Os níveis de risco nos negócios e a confiança na confiança entre as partes podem e irão mudar ao longo do tempo, e com essas mudanças as partes alterarão suas escolhas nas estruturas de governança e acompanhando as salvaguardas. 494 - Uma empresa pode passar da governança hierárquica para a governança por contratação recorrente, para a contratação relacional à medida que contrata as funções que antes se considerava serem governadas de maneira mais eficiente por meio da hierarquia. |
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