Relações internacionais
Por: FRANBALDIN • 28/4/2018 • Trabalho acadêmico • 3.904 Palavras (16 Páginas) • 175 Visualizações
RELAÇÕES INTERNACIONAIS
1) A partir do ano de 1990, se passou a falar do surgimento de uma Nova Ordem Mundial. O que isso significa? (1,0)
Durante a Guerra Fria, existiam duas nações principais que dominavam e polarizavam as relações de poder no globo: Estados Unidos e União Soviética. Essa ordem mundial era notadamente marcada pelas corridas armamentista e espacial e pelas disputas geopolíticas no que se refere ao grau de influência de cada uma no plano internacional. Este era o mundo bipolar.
A Nova Ordem Mundial ou Nova Ordem Geopolítica Mundial significa o plano geopolítico internacional das correlações de poder e força entre os Estados Nacionais após o final da Guerra Fria.
Portanto, ao falar de uma nova ordem mundial, estamos nos referindo ao atual contexto das relações políticas e econômicas internacionais de poder.
2) Quais fatores que levaram as nações a despertar para a necessidade de cooperação entre si após a 2ª Guerra Mundial? (1,0)
Rodrigues (2012) coloca que houve veloz interconexão entre as economias, ampliação dos laços de identidade transnacionais (por meio das causas ambientalistas e humanitárias, defesa de direitos de minorias, entre outras) e crescente percepção de que havia temas globais a serem equacionados coletivamente pelos Estados.
Esse conjunto de fatores exigiria que cada Estado, para alcançar seus interesses, reparasse que sua força e suas vulnerabilidades não poderiam mais ser medidas fundamentalmente pelo poderio militar. O mundo, em suma, apresentaria cada vez mais feixes de conexão entre economias e interesses públicos e privados interdependentes que colocariam para os Estados a necessidade de cooperar, gerando com isso um mundo menos conflituoso.
3) O que é, quando e como surgiu o neoliberalismo? Como ocorreu a implementação desse modelo na América do Sul? Por que surgiram movimentos contra o neoliberalismo?
Doutrina, Neoliberalismo é uma redefinição do liberalismo clássico, influenciado pelas teorias econômicas neoclássicas e é entendido como um produto do liberalismo econômico clássico. Desenvolvida a partir da década de 1970, que defende a absoluta liberdade de mercado e uma restrição à intervenção estatal sobre a economia, só devendo esta ocorrer em setores imprescindíveis e ainda assim num grau mínimo.
Esta teoria, que foi baseada no liberalismo, nasceu nos Estados Unidos da América e teve como alguns dos seus principais defensores Friedrich A. Hayeck e Milton Friedman.
Na política, neoliberalismo é um conjunto de ideias políticas e econômicas capitalistas que defende a não participação do estado na economia, onde deve haver total liberdade de comércio, para garantir o crescimento econômico e o desenvolvimento social de um país. Os autores neoliberalistas afirmam que o estado é o principal responsável por anomalias no funcionamento do mercado livre, porque o seu grande tamanho e atividade constrangem os agentes econômicos privados.
O neoliberalismo defende a pouca intervenção do governo no mercado de trabalho, a política de privatização de empresas estatais, a livre circulação de capitais internacionais e ênfase na globalização, a abertura da economia para a entrada de multinacionais, a adoção de medidas contra o protecionismo econômico, a diminuição dos impostos e tributos excessivos etc. Esta teoria econômica propunha a utilização de a implementação de políticas de oferta para aumentar a produtividade. Também indicavam uma forma essencial para melhorar a economia local e global era reduzir os preços e os salários.
Exemplos de governos que adotaram políticas econômicas neoliberais nos últimos anos:
- No Brasil: Fernando Collor de Melo (1990 - 1992) e Fernando Henrique Cardoso (1995 - 2003)
- No Chile: Eduardo Frei (1994 - 2000), Ricardo Lagos (2000 - 2006) e Michelle Bachelet (2006 - 2010)
- Nos Estados Unidos: Ronald Reagan (1981 - 1989), George Bush (1989 - 1993) e George W. Bush (2001- 2009)
- No México: Vicente Fox Quesada (2000 - 2006)
- No Reino Unido: Margaret Thatcher (1979 - 1990)
No Brasil, isso também acontece com Sarney e Collor e atinge seu ponto máximo com FHC com a imposição do Plano Real. Já na Argentina iniciou-se com Raul Alfonsín, um liberal que cria uma nova moeda (o Austral), com a finalidade de congelar preços e salários. Depois ele consolida com Carlos Menem e seu ministro Carvalho que privatiza as empresas, assim faz com que a moeda Argentina acompanhe o dólar e em seguida permitindo importações.
Já no México, essa imagem não se alterou muito comparado às dos países anteriores. O presidente quando percebeu estar diante da situação e considerando as consequências se não houvesse tomado a decisão, adota o Neoliberalismo, começando com a privatização das empresas públicas.
No Chile, foi um pouco diferente, ele adota o neoliberalismo na ditadura de Pinochet e é o primeiro da América Latina a adotar o sistema, assim se destacando entre os outros países da América Latina. No Peru, há uma reforma agrária, mas que é contido pelo general Bermudez que termina submetendo o país ao FMI. Após ele, Fujimori assume o poder, atrapalhando mais a situação do país privatizando empresas e abrindo o mercado para empresas estrangeiras.
4) O que é o G8? Qual a sua formação inicial e a composição atual? Qual a finalidade da formação desse grupo?
O G-8 (Grupo dos 8) é um grupo internacional formado pelos sete países mais desenvolvidos e industrializados do mundo, com a participação adicional da Rússia. Os países são USA, Japão, Inglaterra, França, Itália, Canadá e Alemanha – mais a Rússia. A União Europeia também é representada nos encontros anuais do grupo. O embrião do G8 foi criado em 1975, pelo presidente da França Valéry G. d’Estaing.
Antes chamada de G-7, a sigla alterou-se com a inserção da Rússia, que ingressou no grupo em 1998. O embrião do G-8 foi gerado em 1975, na França, nas proximidades de Paris em um castelo chamado Ramboullet, onde ocorreu uma reunião informal com alguns líderes de países importantes.
Fizeram parte da reunião: EUA, Reino Unido, França, Alemanha, Japão e Itália, para discussões sobre os problemas regionais e internacionais, logo em 1976, houve a inserção do Canadá no grupo, totalizando 7 países, referência que deu origem à sigla G-7, naquele momento. Essa configuração permaneceu até 1998, quando a Rússia integrou o grupo, formando o atual G-8. Apesar do discurso homogêneo dos países membros, fica claro o protecionismo de cada participante.
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