Resenha como fazer amigos e influenciar pessoas
Por: jpfelix7 • 14/9/2017 • Resenha • 3.173 Palavras (13 Páginas) • 1.313 Visualizações
RESENHA CRÍTICA
CARNEGIE, Dale. Como fazer amigos e influenciar pessoas. 48° edição. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2000.
Este trabalho de Dale Carnegie oferece importante contribuição para uma visão sistematizada da abordagem holística em gestão de pessoas, auxiliando a relacionar com pessoas e de influenciá-las na vida cotidiana, nos negócios, no trabalho e nos contatos sociais.
Dale Carnegie, escritor e orador norte americano nascido em 1888, na cidade de Maryville, Missouri. Escreveu vários best-sellers, dentre eles pode-se destacar o livro “Como fazer amigos e influenciar pessoas” como sendo sua grande obra literária. O livro foi um marco na história literária e repercute até os dias atuais, pois a obra explora um ponto sensível no comportamento humano, ensinando lições valiosas sobre a melhor maneira de se relacionar com as pessoas que nos cerca.
Narrado em primeira pessoa pelo próprio Carnegie, o texto relata experiências vividas pelo o próprio autor, além de dezenas de casos reais importantes para a história americana. Inicialmente o texto foi escrito para servir como material didático de um curso de relacionamento pessoal ministrado pelo próprio Carnegie, o sucesso foi tão grande que em 1937 foi lançado como livro, vendendo 3 milhões de exemplares durante seu lançamento.
A essencial do livro de Carnegie é que para se relacionar bem com as pessoas, é necessário colocar-se genuinamente no lugar do outro, deixando de lado as críticas, julgamentos e condenação. Segundo o autor se tais princípios forem colocados em pratica, o leitor terá mais sucesso ao se relacionar, fazer amizades, alianças e vendas.
Ao escrever o livro, Dale Carnegie o dividiu em quatro partes: I - Técnicas para Lidar com as Pessoas; II - Seis Maneiras de Fazer As Pessoas Gostarem de Você; III - Como Conquistar as Pessoas a Pensarem de seu Modo; IV - Seja um Líder. Para cada parte foi sugerido varias técnicas/princípios práticos e simples como: sorrir, lembrar o nome da pessoa, não reclamar etc.
Em vários momentos o autor adverte que suas técnicas não são táticas de manipulação ou bajulação. A bajulação segundo ele faz mais mal que bem, até mesmo comparou a bajulação como um dinheiro falsificado, que poderá causar-lhe transtornos ao tentar passar a diante.
[...] “A diferença entre o elogio e a bajulação? É simples. Um é sincero e a outra é falsa. Um vem do coração; a oura da boca para fora. Um é altruísta; a outra é egoísta. Um é universalmente admirado; a outra universalmente condenada” [...]
Na primeira parte, ‘Técnicas para Lidar com as Pessoas’ são apresentados três princípios, logo no primeiro principio é apresentado o mantra determinista do livro “Não julgue, não critique, não condene. As pessoas são exatamente o que você seria se tivesse sido criado sob as mesmas condições”. Ao falar sobre essa temática alguns ‘vilões’ americanos são citados: Al Capone, Two Gun e Albert Fall, todos eles apesar de serem criminosos, no final de suas vidas culpava a todos, menos a eles mesmos.
[...] “A crítica é fútil porque coloca um homem na defensiva, e usualmente, faz com que ele se esforce para justificar-se. A crítica é perigosa porque fere o precioso orgulho do individuo, alcança o seu senso de importância e gera ressentimentos” [...]
No segundo principio é sugerido fazer apreciações honestas e sinceras, uma vez que os seres humanos são suscetíveis a isso, então, se você tiver a oportunidade de conversar com uma pessoa, esforce por aprecia-la de forma honesta, cada ponto que pode ser elogiado. No segundo principio é abordado a opinião de um profundo filósofo da América, chamado John Dewey, segundo ele a mais profunda das solicitações na natureza humana é o “desejo de ser importante”. Esse desejo muitas vezes não é alcançado por um adulto durante a sua vida, tal frustação pode levar a pessoa a verdadeira insanidade, em um de seus casos verídico, o autor menciona uma mulher que desejava amor, satisfação sexual, filhos e prestigio social, mas graça ao seu marido que não a amava, ela não teve filhos, nem destaque social, tudo isso fez com que essa mulher se tornasse louca. Ainda no tocante do assunto ou autor Dale Carnegie cita:
[...] “De acordo com esta anedota, uma lavradora, depois de um duro dia de trabalho, colocou na mesa, na frente de seus companheiros, um monte de feno. Quando, indignados perguntaram lhe se tinha enlouquecido, ela retrucou: ”Ora como é que eu ia saber que iriam reparar? Faz vinte anos que venho cozinhando para vocês e durante todo esse tempo nunca abriram a boca para dizer que não queriam comer feno”[...]
Dale ao escrever seu livro foi categórico ao abordar seus casos, pois ele não ficava apenas contando história de pessoas frustradas e mal sucedidas, sempre que podia mencionava casos de pessoas que aplicava os seus princípios de forma natural, muitas vezes por instinto ou habilidade própria, como é o caso de Charles Schwab, que trabalhava no ramo do aço, por muitos anos ele foi diretor da Bethlehem Steel Company, ao assumir a direção a empresa estava em má situação, porem ao aplicar sua habilidade de despertar o entusiasmo entre os homens, ele consegui fazer com que a empresa se tornasse uma das empresas mais bem sucedidas dos Estados Unidos. O próprio Schwab revelou “a maior força que possuo, e o meio mais eficiente para desenvolver o que de melhor há em um homem é a apreciação e o encorajamento”.
Ao finalizar a primeira parte do livro, é apresentado o terceiro princípio “Desperte um veemente desejo na outra pessoa”, segundo o autor o único meio existente na terra para influenciar uma pessoa é falar sobre o que ela quer. Tal exemplo de persuasão vem de Stan Novak, um participante do treinamento ministrado por Dale Cargenie, Stan tinha um filho caçula que se recusava a ir para o seu primeiro dia de aula, para resolver a situação Stan imaginou algo que despertaria muito interesse no seu filho caçula, logo lembrou que um dos seu hobbies era pintar, sendo assim, após a janta Stan, sua esposa e filhos mais velhos começaram a pintar, o caçula ficou observando aquilo e demonstrou interesse em participar, porem Stan disse que tal atividade só poderia ser realizado por pessoas que estava estudando ou que já havia passado pela escola, qual o resultado? No dia seguinte o filho caçula acordou primeiro que todos colocou a mochila e ficou esperando seu pai ansiosamente para ir ao colégio.
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