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Uma Motivação Organizacional

Por:   •  13/6/2016  •  Artigo  •  5.834 Palavras (24 Páginas)  •  237 Visualizações

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MOTIVAÇÃO ORGANIZACIONAL: UM ESTUDO DO MODELO DE DAVID MCCLELLAND (1961)[pic 1]

Ricardo de Sousa Lima1

Adhemar Nunes Freire Filho2

RESUMO

O objetivo deste artigo é realizar um estudo do modelo de motivação de David Mcclelland verificando as melhorias no desempenho das pessoas. Descrever os principais conceitos de motivação; apresentar os principais modelos de motivação e verificar como se delineia o funcionamento do modelo de McClelland e conhecer suas propostas de melhoria para a motivação dos trabalhadores. As teorias sobre motivação quando utilizadas de forma eficiente e eficaz, levam o funcionário trabalhar melhor e realizar suas metas individuais, em contra partida, a organização ganha em produção, na queda de absenteísmo e turnover. Pode-se verificar com a pesquisa realizada o fato de que a organização só terá chances de sucesso na implantação das ferramentas motivacionais, quando não se detiver apenas em uma teoria ou forma de pensar devido às peculiaridades dos funcionários e da empresa.

Palavras-chave: Realização. Associação. Poder.

ABSTRACT

The purpose of this article is to conduct a study of David Mcclelland motivation model checking improvements in the performance of people. Describe the key concepts of motivation; present the main models of motivation and see how it outlines the operation of McClelland model and know your suggestions for improvements to worker motivation. Theories about motivation when used efficiently and effectively takes the employee work better and carry out their individual goals in against departure, the organization gains in production, absenteeism and turnover drop . You can check with the survey the fact that the organization will only have chances of success in the implementation of motivational tools when it holds not just a theory or way of thinking due to the peculiarities of the employees and the company.

Keywords: Achievement.  Association. Power.

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  1. INTRODUÇÃO

A Revolução Industrial é vista como um dos precursores do que se conhece como motivação nas organizações, foi um embrião do que se tem hoje. Considerando que as organizações existiam muito antes da Revolução Industrial concluiu-se que a preocupação com o fator humano nas organizações é algo recente. Mas, desde o início os administradores acreditavam ter como função básica a motivação dos seus liderados seguindo a teoria behaviorista de Pavlov e Skinner, que se baseava na premiação e punição.  

Durante o período Pós-Revolução foram surgindo várias linhas de pensamentos, nesse momento todas elas tinham como desafio descobrir o que se deveria fazer para motivar o funcionário, mais recentemente essa preocupação muda de sentido. Descobre-se que cada indivíduo já traz, de alguma forma, dentro de si, suas próprias motivações e dessa forma a organização deve agir de tal forma que as pessoas não percam a sua sinergia motivacional.

Ao longo dos anos surgiram várias teorias. Entre elas destacamos a Teoria das Necessidades de Maslow, a Teoria de Necessidades adquiridas de MaClelland, a Teoria dos Dois Fatores de Herzberg, Teoria X e Y de McGregor e a Teoria de Alderfer – ERC – Existência, Relacionamento e Crescimento. Ao longo do trabalho expõem-se as diversas teorias com ênfase na Teoria de McClelland por ter despertado mais atenção e por ser uma teoria que retrata mais a visão atual do mundo do trabalho.

No estudo das variadas teorias levantou-se um questionamento: Em que o modelo de McClelland propõe melhorar no desempenho das pessoas nas organizações? A pesquisa propõe-se responder este questionamento a partir de uma visão crítica das teorias levantadas por diversos autores.

O objetivo geral deste artigo foi o de realizar um estudo do modelo de motivação de McClelland (1961) verificando as melhorias no desempenho das pessoas, e como, objetivos específicos: descrever os principais conceitos e características de motivação; apresentar os principais modelos de motivação, verificar como se delineia o funcionamento do modelo de McClelland e conhecer suas propostas de melhoria para a motivação dos trabalhadores.

Apresenta-se como justificativa a necessidade de compreender se é preciso motivar os colaboradores de uma organização com o intuito de propiciar um clima agradável resultando em maior produtividade, além de verificar se a teoria evidenciada se presta da melhor maneira a este papel.

Na busca de alcançar os objetivos propostos utilizou-se uma pesquisa bibliográfica estudando as ideias apresentadas pelos diversos autores que dominam o assunto.

O trabalho se organiza em cinco etapas. Esta introdução, seguida do referencial teórico apresentado em relato conceitual sobre motivação, algumas teorias sobre o tema com ênfase no modelo de McClelland (1961) e sua explicação e proposta de melhoria motivacional do trabalhador. No final, nas considerações finais pode-se verificar que motivação para o autor está relacionada com as necessidades da associação, realização e poder das pessoas.

  1. PRINCIPAIS CONCEITOS DE MOTIVAÇÃO

De acordo com alguns autores o estudo sobre motivação é muito complexo, portanto existem diversas definições.

Conforme Bergamini (1997, pg. 38) “não existe uma única teoria que seja capaz de desvendar todas as características próprias da psicodinâmica motivacional de uma só vez”. De acordo com a autora “O caráter motivacional do psiquismo humano abrange [...] os diferentes aspectos que são inerentes ao processo, por meio do qual o comportamento das pessoas pode ser ativado”. A autora afirma que o interesse pela motivação humana pode ser observado já nas obras dos primeiros pensadores da humanidade, onde havia a preocupação de explicar e conhecer o comportamento do ser humano. Tais inquietações podem ser consideradas como indícios de que o interesse pela motivação humana e suas formas de manifestação realmente já existia, embora tenha aparecido sob outras denominações.

Apesar dessas inquietações, a preocupação com o comportamento humano no trabalho levou muito tempo até chegar ás organizações.

Bergamini (2008, pg.67) ressalta:

Antes da Revolução Industrial, a principal maneira de motivar consistia no uso de punições, criando, dessa forma, um ambiente generalizado de medo. Tais punições não eram unicamente de natureza psicológica, podendo aparecer sob forma de restrições financeiras, chegando até a se tornar reais sob a forma de prejuízos de ordem física. Levando em conta que as organizações passaram a existir muito tempo antes da Revolução Industrial, é possível concluir que a preocupação com o aspecto motivacional do comportamento humano no trabalho represente um fato bastante recente.

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