A AUDITORIA EM SAÚDE E APLICAÇÕES

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MBA Executivo em Saúde

Qualidade e Acreditação em Saúde

Rita de Cássia Conceição Ferreira

RESUMO DO CAPÍTULO 4 – AUDITORIA EM SAÚDE E APLICAÇÕES

Profª. Ms. Helidéa de Oliveira Lima

Niterói

2015

Resumo do capítulo 4 – Auditoria em Saúde e Aplicações, do livro Qualidade e Acreditação em Saúde apresentado a disciplina Qualidade e Acreditação em Saúde do Curso MBA Executivo em Saúde da Fundação Getúlio Vargas, orientado pelo Profª. Ms. Helidéa de Oliveira Lima, como requisito parcial para avaliação.

A importância da auditoria em saúde

Entende-se a auditoria como sendo um instrumento que tem a finalidade de aferir o padrão da assistência prestada e apontar as distorções que necessitam ser corrigidas, para melhorar a qualidade do processo assistencial. E tem, o auditor, a função de garantir que o contrato seja cumprido na integra e que o contratante receba toda a assistência contratada.

A introdução de software para apoio a sistemas de gestão tem possibilitado que as analises previas sejam realizadas por meio eletrônico e que as auditorias das faturas médicos-hospitalares sejam feitas on line com economia de tempo, de pessoal e a consequente redução de custos.

Os profissionais que compõem a equipe de auditoria devem ter pleno conhecimento dos processos a serem auditados, dos contratos e tabelas de referência. Devem também possuir capacidade para efetuar busca na internet, para analisar criticamente a literatura especializada, além de conhecimentos de epidemiologia clinica. Portando, devem ter como foco a qualidade e o resultando.

O ato de auditar não apenas resguarda os direitos dos pacientes, mas preserva os gestores, garante uma melhor qualidade na atenção em saúde e uma melhor relação custo-efetividade de todo o sistema.

Breve histórico da auditoria

        Os primeiros registros mesopotâmios datados de 3600 a.C eram realizados pelos escribas, que costumavam preparar sumários das transações financeiras  que depois eram separados da lista dos valores manuseados e colocados pequenas marcas, pontos e círculos que indicavam uma meticulosa comparação com o registro realizados por outra pessoa, sugerindo uma atividade de comparação.

Estas marcas sobreviveram ao longo dos séculos e ainda são usadas para marcar a verificação dos registros. Nascendo, assim, 2 mecanismos de controle usados em todo o mundo. Sendo eles:

• A divisão de tarefas; e
• A preparação para a revisão do trabalho do outro.

Na área da saúde, a auditoria surgiu no estudo realizado pelo médico George Gray Ward, nos EUA, em 1918, no qual foi verificada a qualidade da assistência medica prestada ao paciente por meio dos registros em prontuário. Por conseguinte, o principio da auditoria na área da saúde focalizou na avaliação da qualidade assistencial prestada ao paciente, visto que esta é o cerne para a prática dos profissionais dessa área. Entretanto, hoje, ressalta-se também a preocupação em otimizar os custos.

Na década de 50, o professor Paul A. Lembcke introduziu métodos estatísticos para avaliar a qualidade dos resultados obtidos na assistência à saúde e definiu que o objetivo da auditoria médica é assegurar que os pacientes portadores de condições especificas estejam recebendo os benefícios completos da assistência médica com o mínimo de complicações. Enfatizou a utilização de termos uniformes e objetivos de modo a permitir comparações entre instituições, grupos de pacientes, períodos e padrões de referência.

No Brasil, na década de 70, houve o aparecimento de um sistema de controle e avaliação da assistência médica. Em 1976 o Ministério da Previdência sistematizou a avaliação dos serviços médicos prestados por meio da auditoria médica e administrativa das contas a serem pagas.

Nos anos 90 ocorreu uma intensificação da auditoria na assistência à saúde e houve crescimento progressivo da auditoria hospitalar. E, recentemente, a tendência é a integração das atividades de auditoria aos sistemas de regulação médica, tanto no âmbito do SUS quanto no sistema suplementar da assistência a saúde.

Abordagem da auditoria

        Na visão sistêmica de controle, a auditoria em saúde deve ser inserida dentro das estratégias de acompanhamento de ações e programas no âmbito das organizações, não se constituindo em atividade pontual, desencadeada a partir de demandas isoladas ou eventuais.

        A implementação de ações estruturantes voltadas para assegurar as condições de desenvolvimento, implementação e aperfeiçoamento das práticas de gestão e dos padrões de trabalho é o passo fundamental para a institucionalização de um sistema de auditoria.

        Destaca-se, entre as ações estruturantes, a criação de um núcleo estratégico, vinculado ao dirigente máximo da organização, com a missão de promover os meios para a avaliação consistente dos processos da atenção em saúde quanto aos aspectos da pertinência, regularidade, economicidade e qualidade, objetivando dar mais eficiência e eficácia às ações de trabalho.

Plano estratégico de auditoria

        O plano estratégico é a identidade da organização. Definindo o planejamento de auditoria, considerando os aspectos estratégicos. Tem foco nos ambientes de risco e é alinhado com os objetivos de alta administração.