A Acensão e a Queda da Produção em Massa

A Ascensão e Queda da Produção em Massa

A síntese abaixo tem como objetivo analisar o surgimento do sistema de produção em massa, sua aplicação, seu crescimento, suas fazes de aperfeiçoamento e seu declínio, trazendo importantes nomes da administração cientifica e suas influencias sobre as organizações nesses processos.

Organizações são uma forma de associação humana com a finalidade de executar objetivos predeterminados, mas esse objetivo foi se desmanchando em alguma fase do desenvolvimento capitalista, onde a sociedade se transportou do campo para a cidade, as crenças e hábitos deram lugar a racionalidade e a produção mecânica foi trocada pela produção em massa. No inicio a organização automobilística era descentralizada, o dono é que coordenava e se envolvia diretamente com fornecedores, operários e clientes. O volume de produção era baixo, as maquinas eram de uso geral, a força de trabalho era altamente especializada (perdendo assim funcionários que após alguns anos de experiência montavam seus próprios negócios), os custos de produção eram altos, só os ricos podiam comprar carros que na maioria das vezes eram de baixa qualidade. No final do século XIX um empresário chamado Henry Ford reduziu grandes custos e melhorou notavelmente a qualidade introduzindo seus conceitos de produção. Esse conceito foi chamado de produção em massa, onde o esforço na montagem era reduzido, a produtividade aumentou diminuindo os custos, a facilidade da produção e manutenção era alta, também foi reduzido o tempo de preparação das maquinas executando assim uma tarefa por vez. Foi assim que a Ford se tornou a maior indústria automobilística do mundo e a produção manual foi praticamente extinguida.

Apesar das melhorias que Ford trouxe para a indústria na época, todo sistema tem seu lado bom e ruim, no caso da produção em massa as desvantagens caíram sobre os operários da organização. Os trabalhadores não tinham uma perspectiva de carreira, não sabiam o que acontecia no ambiente em que eles estavam, e devido aos esforços repetitivos os trabalhadores desenvolveram problemas diversos de saúde. Outro problema que assolava Ford foi o fato de não saber gerenciar sua empresa sem ser centralizando suas decisões. A partir desse impasse, Alfred Sloan, da General Motors aperfeiçoou o sistema fordista implantando um rígido sistema de controle e uma linha de 5 modelos de carros, diferentemente de Ford que produzia apenas um modelo unitário (o modelo T). Durante muito tempo o sistema de Ford aperfeiçoado por Sloan dominou o mercado ate que em 1955 o modelo começou a dar sinais de desgaste, e depois de alguns anos chegou ao estado de estagnação.

Durante alguns meses, Eiji Toyoda visitou a fabrica da Ford e percebeu que havia possibilidades de melhorar o sistema de produção para aplica-lo em seu país. Juntamente com seu especialista em produção, Toyoda percebeu que o sistema de produção em massa não daria certo em seu país, e foi a partir dessa conclusão que foi criado um dos sistemas mais eficientes do mundo, o método da produção flexível ou Sistema Toyota de Produção, fazendo com que o sistema criado por Ford fosse deixado de lado.

Com o fim da Segunda Guerra, a Toyota determinou que estava na hora de introduzir a produção em larga escala. Devido a diversos problemas pós-guerra, houve a necessidade da criação da Qualidade, com o propósito de aumentar a produtividade, lucros e maior duração dos negócios. Toyoda se baseou no conceito de qualidade que foi criado pelos Gurus da Qualidade, mestres que buscavam soluções dos problemas atingidos dentro das organizações, definido como a adequação ao uso e satisfação do cliente, relacionando produto, cliente e uso. A partir do conceito de Qualidade, houve o surgimento da TQM (Total Quality Management), no qual é um sistema que busca a satisfação do cliente e melhorias da qualidade dentro da organização. E essas mudanças e inovações fizeram com que o Sistema Toyota de Produção fosse modelo para todos os tipos de organizações.