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A Ascensão e Queda da Produção Em Massa

Por:   •  16/4/2017  •  Trabalho acadêmico  •  5.891 Palavras (24 Páginas)  •  415 Visualizações

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PONTIFICIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO

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Ascenção E Queda Da Produção Em Massa

Alexander Howard

Eduardo Akkari

Felipe Cruz

Guilherme Machado

José Augusto Almeida

Vinicius Silva

Administração FEA - PUC

São Paulo

2016


Introdução

Ascensão e Queda da Produção em Massa. Hoje em dia é difícil acreditar que em algum período da história a produção de todos os bens de consumo que eram comprados e usados não seguiam nenhuma forma de padronização, ou pelo menos que era falha ao ponto de ser quase inútil.

Antes de Taylor, de Fayol, de Ford ou da produção em massa; tudo que era produzido era basicamente produzido de forma artesanal – tudo era feito pela mesma pessoa seguindo as suas preferências. Um exemplo dado logo no início do texto exemplifica uma fábrica automobilística que produzia por volta de 200 mil carros por ano, porém seu preço unitário por carro quase não variava independentemente de quantos carros eram produzidos.

Após a introdução do Taylorismo e da linha de produção isso tudo mudou, a produtividade se elevou e o custo baixou e a produção artesanal foi substituída pela produção em massa. Parece quase bom demais para ser verdade, talvez por que é. Por mais que a produção em massa tenha feito algo quase inexplicável – aumentado a produção e diminuindo os gastos – trouxe consigo uma série de problemas socioeconômicos cujas ramificações hoje não podem ser mais claras.

Nesse projeto discutiremos a produção em massa e seu ápice, suas limitações, a contribuição necessária de Sloan e finalmente a difusão da produção em massa.

Produção Em Massa

Diferente do que muitos acreditam, o sucesso da produção em massa usada por Ford na criação do seu modelo de carro T, não estava na linha de produção – pelo menos não era isso o componente mais importante – o que Ford havia insistido era que o verdadeiro segredo da produção em massa tinha a haver com intercambiabilidade das peças – o fácil manuseio ou a facilidade de ajustá-las entre si. Uma combinação entre a intercambiabilidade e a linha de produção foram o que fez com que Ford tivesse tanto sucesso na sua produção.

Além disso Ford havia investido em adquirir ferramentas para que iriam cortar e formatar o aço – que até então era muito difícil de formatar com exatidão – para que a padronização das peças fosse mais exata ainda.

No final foi esse o resultado das suas alterações na fábrica (Tabela tirada do texto: Ascensão e Queda da Produção em Massa):

Minutos para montar

Produção Artesanal

Produção em Massa

Redução De Esforço

Motor

594

226

62%

Gerador

20

5

75%

Eixo

150

26,5

83%

Componentes Principais do Veículo Completo

750

93

88%

Ainda depois dessas alterações, Ford insistiu que seus carros fossem o mais simples possível levando em consideração seu público alvo – pessoas que não tinham dinheiro para motoristas e mecânicos – e o tipo de ferramentas que eles teriam para que pudessem consertar seus carros independentemente.

Força De Trabalho

Analisando a organização da fábrica da Ford em “Highland Park”, constatou-se que os operários tinham uma diversidade linguística muito grande, havia mais 50 tipos de línguas diferentes dentro da empresa, e poucos sabiam o inglês, que era a língua nativa. Esta empresa conseguiu manter um alto nível de produção pelo simples fato de usar a ideia da divisão do trabalho a suas ultimas consequências.

O montador da Ford de 1908 organizava e checava se estava tudo em ordem antes de começar o seu trabalho, tudo o que era necessário para a perfeita execução deste. E antes de enviar para a próxima etapa do processo, ele checava se estava tudo correto. Este trabalhador, tinha a tarefa de, no máximo, parafusar dois parafusos, ou, colocar apenas a roda no carro. Ele não ia atrás de peças, reparar ferramentas, inspecionar a qualidade. Apenas abaixava a cabeça e se concentrava no seu trabalho. O fato de saber falar a língua ou não, em ralação aos outros operários é irrelevante para esse sistema de produção. Tendo atrás destes operários, um supervisor, acelerando os lentos e acalmando os apressados.

A parte pensante do processo ficava para uma profissão recém-criada, a de engenheiro de produção. Faxineiros eram responsáveis pela a limpeza do local de trabalho. Os mecânicos qualificados circulavam para verificar as ferramentas usadas. E por final, haviam especialistas que cuidavam dos reparos necessários. Pelo fato de o Engenheiro de Produção e o supervisor controlarem as melhorias do processo, Ford achava normal os seus trabalhadores não darem informações ou sugestões sobre aperfeiçoamentos do processo.

Ele dividia o trabalho não apenas na fábrica, mas em toda a organização. Engenheiros industriais ao lado         dos engenheiros de fabricação, que estão ao lado do engenheiro de produto, e assim por diante. A partir disso, cada engenharia foi se separando em uma especialidade especifica da sua parte. E estes novos “trabalhadores do conhecimento” substituíram os donos de oficinas qualificados e os supervisores. Aonde antigamente, estes, tomavam conta de praticamente todo o processo, enquanto os novos especialistas projetavam todo o envolvente do processo e o grosso da força de trabalho para os trabalhadores desqualificados.

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