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A Comunicação nas Ong's

Por:   •  26/11/2019  •  Trabalho acadêmico  •  2.246 Palavras (9 Páginas)  •  276 Visualizações

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1. COMUNICAÇÃO

O processo de comunicação é dado no momento em que o emissor – que tem a intenção comunicativa - emite uma mensagem ao receptor – a quem se dirige a mensagem -, mediante a um dos elementos constituintes da comunicação verbal, denominado canal. Segundo Pinho (2006) “O receptor decodificará a mensagem que pode chegar até ele com algum ruído (bloqueio, filtragem) e, então, a partir daí, produzirá o feedback, a resposta àquilo que lhe chegou”. A comunicação é dada através de códigos, esses códigos são constituídos por um conjunto de signos, ou seja, a forma com que essas mensagens são transmitidas, podendo ser verbais – onde um emissor transmite a informação a um receptor e ambos podem compartilhar suas ideias, experiências, emoções - ou não verbais – como expressões faciais, gestos, imagens e até mesmo o silêncio. (CAPELLO; MURASHIMA, 2016).

Como tomado pelos autores (id, 2016), a eficácia da comunicação depende de diversos fatores, como por exemplo, o nível de conhecimento e/ou domínio sobre o assunto abordado, a falta de clareza do emissor devido ao uso de gírias – variedade linguística de acordo com a classe e/ou região do emissor -, jargões – vocabulário específico de determinadas áreas profissionais -, ambiguidade durante a fala, o uso adequado de conectivos, a seleção e variação vocabular, e etc.

Este processo não é apenas observado entre os seres humanos, mas sim entre todos os seres, e é fundamental para a interação entre os semelhantes, podendo resultar na aprendizagem e evolução como povo e espécie.

1.1 Comunicação humana

Com o passar dos anos a comunicação humana evoluiu de simples gestos para palavras ditas e escritas. Isso se passa pela necessidade de interação desenvolvida pelos povos para representar um pedido, um desejo, um pensamento, entre outros. O ser humano precisa desse modo de interação.

A interação entre os seres humanos está evoluindo cada vez mais. O autor Junior (1998) ressalta que

O uso de materiais, ferramentas e instrumentos os mais diversos – com a intenção de criar mensagens – permitiu o surgimento das inscrições e pinturas rupestres e, finalmente, abriu as portas para a escrita e seus desenvolvimentos posteriores, o livro, o jornal, os cartazes, etc.

A comunicação humana traz vários componentes para expressar as intenções de cada um, e por detrás de cada componente há funções adicionais. Também deve-se levar em conta a demonstração artística, como a dança, a música, o teatro, desenhos e pinturas e várias outras formas de arte como formas de comunicação.

A comunicação nos dias atuais também influencia nossas escolhas, nossos sonhos, e muitas vezes o modo como enxergamos as coisas.

1.2 Comunicação empresarial

A comunicação empresarial é uma ferramenta estratégica que a empresa utiliza para se relacionar com o púbico interno (funcionários) e externo (consumidores/fornecedores), por meio de uma junção de métodos, técnicas, meios, canais e intenções. Como toda comunicação, a empresarial também necessita de uma eficiência, que utilizará a otimização, afim de que esta atinja amplamente o corpo social, de forma que haja uma aceitação por todos os envolvidos, conquiste os objetivos da intenção comunicativa e, além disso, faça com que todas as ações, interações e rendimentos sejam maximizados. (GAUDENCIO, 1986).

Uma empresa bem-conceituada, com excelentes gestores, irá ter domínio de influenciar, esse exemplo de poder pode ser uma possiblidade de uma entidade ou pessoas gerarem influência de uma pessoa para outra, essa função quando exercida corretamente, pode levar a uma motivação organizacional, caminhada com os mesmos valores institucionais e sucesso comunicativo nas empresas. (DEUTSCH, 1979).

2. COMUNICAÇÃO VOLTADA PARA ONGS

“As ONGs caracterizam-se por serem organizações sem fins lucrativos, voltadas para o atendimento de necessidades da sociedade civil, algumas vezes complementando a ação do Estado e de agentes econômicos”. (LANDIM, 1988).

De acordo com Fernandes (1994) e Civicus (1995), as ONGs, organizações não governamentais, fazem parte do Terceiro Setor e são definidas como algo que nem é o Estado e nem o Mercado. Elas são instituições públicas, mas privadas, formada por instituições, fundações e filantropias empresariais que tem por motivação o interesse público e a construção do bem comum.

São ainda, conforme Castillo (1982), genéricas, pois podem abranger centros de pesquisa, partidos, igrejas, universidades, órgãos de setores populares, associações de cooperação financeira, internacionais ou situadas no terceiro mundo, entre outros, dedicadas a produzir projetos de desenvolvimento.

2.1 A importância da comunicação nas ONGs

A importância que a comunicação vem ganhando, tanto no primeiro e segundo setor, como no terceiro, está diretamente ligada à construção da credibilidade e promoção da imagem da organização como fonte de referência e modificadora social (KOPPLIN; FERRARET, 2000).

Vieira (2004, p.37) reforça essa ideia, dizendo que a comunicação organizacional é “um complexo de atividades, ações, estratégias, produtos e processos desenvolvidos para reforçar as ideias e a imagem organizacional junto aos seus públicos de interesse ou, até mesmo, junto à opinião pública”.

Segundo Chaves (2012) a comunicação é, e deve fazer, parte da identidade das organizações sociais, principalmente das ONGs, já que a divulgação do trabalho desenvolvido por uma ONG pode garantir a sua sobrevivência, que muitas vezes está relacionada com a obtenção de recursos oriundos da sociedade, que serão investidos na causa defendida.

No Terceiro Setor, a comunicação é tida como umas das áreas fundamentais para o alcance de vários objetivos: busca por voluntários, captação de recursos, comunicação interna efetiva, alcance do público-alvo da organização, entre outros. Todos esses objetivos têm um mesmo fim: fazer com que a missão das ONGs seja cumprida. Essa não é uma tarefa fácil e, por isso, necessita de uma estrutura comunicacional adequada. A comunicação torna-se, portanto, estratégica, como nos outros setores. Por isso, as ONGs têm desenvolvido táticas de marketing fortes (MORRIS; PITT, 1993) e, cada vez mais, vem abrindo espaço para profissionais de marketing e comunicação em suas atividades de promoção (BISSELL, 2003).

Em conformidade com Adulis (2002), é de suma importância que a organização

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