A Corrosão do Carácter - Capítulo 2 Rotina

UNICURITIBA – CENTRO UNIVERSITÁRIO CURITIBA

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

DISCIPLINA: TEORIAS DE ADMINISTRAÇÃO II

ALUNOS: ELISAMA FRAGOSO, EVERTON DA SILVA NUNES, GUSTAVO XAVIER

DATA: 21/08/2017

ROTINA

Diderot

 Para Diderot, a rotina no trabalho não era degradante, ao contrário, era igual a qualquer outra forma de aprendizado, quanto mais você pratica, mais você adquire a capacidade de aperfeiçoar, acelerar e modelar aquela atividade executada diariamente. Em um momento, Diderot compara a repetição das atividades a um musico que encontra as notas em um seu instrumento, enfatizando que quanto mais o trabalhador repete sua tarefa, melhor ela será executada, desenvolvendo melhores práticas, acelerando o seu ritmo e aperfeiçoando o seu método. Através da repetição, o trabalhador identifica seus erros e acertos criando um acervo mental, procurando melhorar seu ritmo de trabalho.

Os funcionários da fábrica de papel de Diderot não eram supervisionados, pois ele acreditava em uma unidade fraterna e cooperativa, onde cada trabalhador possuía o controle dos seus afazeres, pois no momento em que o trabalhador dominava seu ritmo de trabalho ele passava a executa-lo com maior tranquilidade. A cobrança por metas existia, porem estava implícita nas rotinas de trabalho.

Adam Smith

Já Smith via a rotina de forma negativa, como fonte de ignorância devido à pessoa tornar-se especialista apenas na atividade que foi designada a executar, sem se perguntar por que faz aquilo, se gosta de fazer, ou lhe falta de conhecimento de como atuar em outras áreas, pois muitas vezes é designada a executar apenas uma tarefa sem nenhuma mudança de cargo.

        Smith tem uma percepção de que a estrutura ideal de trabalho não aumenta proporcionalmente o número de funções de uma empresa ao número de cargos, vários funcionários podem e devem executar a mesma tarefa. Por exemplo, caso a empresa cresça, haverá a contratação de novos empregados, mas não há a necessidade de criação de novas funções. Trabalhar com esse modelo, garante ao presidente da empresa uma menor margem de erros caso ocorra algum imprevisto com seus funcionários (ex.: faltas, doença, morte).

        Smith compara as fábricas de papel e de alfinetes abordados no livro, pautando o controle de horas trabalhadas e pausas durante o expediente e também a separação do ambiente de trabalho e doméstico para os funcionários.

        O pensador também destaca diferenças entre as funções operacionais e intelectuais, onde os que mais trabalham obtém menos rentabilidade. Isso ocorre porque as funções mais operacionais possuem atividades muito simples e os funcionários são especialistas apenas naquelas determinadas tarefas, já as funções intelectuais atuam de forma mais estratégica dentro da empresa e são executadas por pessoas com maior conhecimento do negócio.

        Smith defendia as virtudes da simpatia, ele afirmava que a simpatia é algo moral espontâneo e que a divisão do trabalho manifesta esses sentimentos entre as pessoas de forma negativa ou positiva.

Frederick Taylor e Elton Mayo

        O pensador Frederick Taylor criou o conceito de tempos e movimentos, onde os trabalhadores poderiam executar suas atividades com maior eficiência em menor tempo. Taylor alancava que a complexidade do processo não era de interesse para a execução de atividades fabris, pois estes funcionários precisavam apenas fazer as operações, não entender a complexidade das máquinas. Com isso, os trabalhadores não compreendiam a utilidade de suas funções, apenas a executavam; aceitando passivamente tudo que lhes era imposto. Com o tempo, este modelo resultou numa escravidão rotineira e os funcionários passaram a ignorar e sabotar os métodos e processos propostos.