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A Distribuição Alimentar

Por:   •  6/1/2020  •  Monografia  •  1.496 Palavras (6 Páginas)  •  162 Visualizações

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Introdução

No âmbito da unidade curricular de Distribuição Comercial, lecionada pelo Professor José António Rousseau, durante o 2º semestre do 2º ano da licenciatura em Marketing e Publicidade, foi proposta a realização de um trabalho de grupo que tem como tema central, os grandes visionários da distribuição.

Sabendo que a Jerónimo Martins é o líder da distribuição alimentar em Portugal, surgiu o interesse e a curiosidade de conhecer esta empresa, que já conta com mais de 225 anos de experiência.

Com este trabalho, o objetivo principal será consolidar melhor os temas lecionados em aula e compreendê-los em contexto real, através de uma análise e pesquisa detalhadas sobre este grande especialista alimentar.

Palavras-chave: Jerónimo Martins, distribuição,

A distribuição

O negócio da grande distribuição está associado às grandes superfícies (centros comerciais, hipermercados e lojas) e é conhecido por apresentar uma diversidade de produtos distribuídos por áreas de grandes dimensões. Segundo António José Rousseau, “A Distribuição é uma actividade global, dinâmica e multifacetada que se manifesta através das mais diferentes formas no dia-a-dia de todas as pessoas, tentando permanentemente interpretar as suas necessidades e satisfazer os seus desejos.”

A Distribuição Alimentar é a principal área de negócio da Jerónimo Martins e representa mais de 95% das vendas consolidadas.

O Grupo Jerónimo Martins é o 64.º maior retalhista do mundo no ranking Global Powers of Retailing 2017, um estudo realizado pela consultora Deloitte em parceria com a revista norte-americana “Stores.

Em Portugal, lidera o segmento de Supermercados através da cadeia Pingo Doce e o de Cash & Carry, com o Recheio. Na Polónia, a Biedronka é a maior cadeia de Distribuição Alimentar no país, com mais de 2.800 lojas.

Com uma presença mais recente na Colômbia, onde entrou em 2013 com as lojas de proximidade Ara, são o líder de vendas no Eixo Caféeiro, tendo recentemente entrado na região de Bogotá que, com 14 milhões de habitantes, representam 40% do PIB do país.

Em 2014, foi lançada uma nova área – Agro-alimentar – com o objectivo de apoiar a operação de Distribuição Alimentar em Portugal, garantindo o acesso directo das insígnias a fontes de abastecimento de produtos estratégicos, como a carne, o peixe e os lacticínios.

O principal compromisso do grupo é desenvolver produtos e soluções alimentares convenientes, de elevada qualidade, a preços competitivos. Acreditam que as suas insígnias de distribuição alimentar se distinguem por:

1. soluções alimentares

2. preços competitivos

3. localizações de proximidade

4. eficiência operacional

5. excelência nos frescos

6. marcas próprias de qualidade

O Grupo Jerónimo Martins apresentou no seu total, por referência ao exercício de 2017, um volume de negócios de Euro 16.276 milhões, 3.677 lojas e ainda 104.203 colaboradores.

Em Portugal, os supermercados e hipermercados com área de venda compreendida entre 1.000 m2 a 2.500 m2 continuam a ser o formato em maior crescimento. Neste contexto, o Grupo tentou adaptar-se às novas preferências do consumidor português, que, nos últimos anos, se tornou mais racional e objetivo, reforçando a sua sensibilidade ao preço e sendo mais seletivo na compra.

Como principal marca do Grupo, o Pingo Doce estende-se por 422 lojas em Portugal. Com vendas de Euro 3.667 milhões em 2017 e com área de venda total de 503.897 m2.

Segundo a estratégia divulgada, o Grupo Jerónimo Martins oferece soluções alimentares orientadas para as tendências de consumo, preços competitivos, localização de proximidade, foco de excelência nos frescos, marcas próprias e qualidade.

Durante as primeiras visitas à Polónia Luís Costa anteviu logo as potencialidades daquela economia. Luís, em tom de brincadeira, diz conhecer melhor a Polónia que Portugal, dadas as viagens que fez pelo país à descoberta das melhores localizações para as lojas do Grupo e análise do mercado. Os quilómetros percorridos e o conhecimento acumulado valeram-lhe o cargo de diretor-geral de operações naquele país.

Neste contexto, importa detalhar os mecanismos de distribuição e a sua aplicação ao caso específico do setor do retalho alimentar. O conceito de distribuição inclui a distribuição física de bens com um ou mais intervenientes no respetivo circuito de distribuição, enquadrado numa política de marketing de uma empresa ou numa estratégia de negócio do distribuidor (Paixão, 2008).

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A estratégia de expansão internacional-case study

 

A Jerónimo Martins opera no sector alimentar à mais de 225 anos. Uma das razões que explica o seu longínquo sucesso é a estratégia bem definida para a criação de valor. Visa promover continuamente um crescimento sustentável, gerir de forma cuidada o risco na preservação de valor dos activos e no reforço da solidez do balanço, maximizar o efeito de escala e sinergias e fomentar propostas de diferenciação como garantia de vantagens competitivas (Jerónimo Martins, 2010). Os principais objectivos estratégicos são: conquistar e consolidar uma posição de liderança nos mercados onde actua; construir e desenvolver insígnias e marcas fortes e responsáveis e assegurar o   crescimento equilibrado das suas unidades de negócio em vendas e rentabilidade. (Jerónimo Martins, 2010).

O grupo introduziu algumas estratégias que permitiram que este permanecesse à frente das tendências do mercado, como o facto de se ter internacionalizado para a Polónia e de ter formado uma parceria com a Unilever, que garantiram o crescimento e equilíbrio da empresa.

De modo a assegurar a empresa, Jerónimo Martins decidiu entrar em mais mercados internacionais definindo três condições para essa mesma internacionalização. Em primeiro lugar, decidiu evitar os mercados de nicho e atingir os consumidores em grande escala. A sua estratégia consistia no marketing de massa e melhorar a rentabilidade através das economias de escala. Em segundo lugar, optou por utilizar a grande experiência da empresa como uma vantagem competitiva e não explorar fora das competências essenciais da empresa. Em terceiro lugar, decidiu manter o perfil de risco e desenvolver projetos a longo prazo (Jerónimo Martins, 2010).

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