A Economia Brasileira

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

DISCIPLINA: ECONOMIA BRASILEIRA
Luciano Braz Teixeira (17301049)

Atividade 2

Resumo do capítulo intitulado “Assimetrias no processo de internacionalização da economia brasileira no século XXI” de autoria de SARTI, Fernando; HIRATUKA, Célio, presente no livro organizado por LASTRES, Helena M. M. et al.  Denominado O futuro do desenvolvimento: ensaios em homenagem a Luciano Coutinho, editorado pela Unicamp.

Introdução

Este resumo tem como objetivo apontar os principais impactos da ampliação da abertura econômica e da internacionalização desequilibrada e assimétrica do Brasil nos últimos
20 anos. Analisando os fatores geradores de falhas que não permitiram o Brasil alcançar os resultados esperados no desenvolvimento produtivo do setor tecnológico.

Resumo

Iniciou no Brasil, a partir da década de 1990, um rápido programa de abertura econômica conduzido pelo governo Collor. Por meio da redução de alíquotas de importações, desregulamentação do Estado, privatizações das empresas estatais e diminuição de subsídios, mudanças profundas foram introduzidas na estrutura industrial do país. Mesmo estimulando a competitividade, muitas pequenas e médias empresas não obtiveram suporte técnico e financeiro para se adaptarem a essas transformações. Até os dias de hoje, a principal dificuldade enfrentada pelos pequenos e médios empreendedores no Brasil é que os investimentos em tecnologia e o crédito necessário para a realização de qualquer base de estruturação produtiva ainda dependem do suporte estatal. Portanto, o país adotou o neoliberalismo econômico como política de Estado.
Diante disso, observa-se que não houve um ajuntamento de forças entre os órgãos governamentais e as empresas na intenção de definir uma política setorial direcionada a projetos de ampliação substancial do aporte produtivo e ao desenvolvimento de novos produtos de maneira escalada e organizada, objetivando resguardar os seguimentos ameaçados pela competição externa. Nesse cenário, cada empresa buscou isoladamente alternativas de ajustes modernizantes, visando buscar aceleradamente uma posição de destaque no mercado internacional. Contudo, muitas empresas tiveram como resultado crises e falências devido á atitude desorganizada em buscar soluções.
Em relação aos investimentos realizados por empresas brasileiras, embora o

Mercosul e a América Latina tenham uma pequena representatividade no total dos fluxos econômicos, em termos estratégicos, os investimentos na região latina são muito importantes, visto que a abertura de filiais em países vizinhos representa o primeiro passo em direção a um avanço internacional que vá além de exportações. Esses investimentos encaminham um maior envolvimento das empresas brasileiras com os mercados regionais, uma vez que desenvolve uma interação mais direta com o mercado e com os fatores de produção das nações de destino.

Em termos prospectivos, é possível esperar que os investimentos diretos sejam um vetor importante do processo de integração regional. Vale atentar que, apesar do discurso a

favor da integração econômica na América Latina, a integração “de facto” tem avançado lentamente. Mesmo no Mercosul, a união aduaneira teve impacto limitado sobre o processo da integração e complementação produtiva entre os países membros. Muitos especialistas veem a limitação aos avanços no fato da união aduaneira ser ainda incompleta.

É fato, porém, que o movimento de integração regional, baseado na complementação

produtiva e na especialização intrassetorial, não depende apenas das reduções das barreiras comerciais. Os fluxos de investimentos diretos também têm peso importante e devem ser mecanismos cada vez mais fundamentais, tanto para aumento da competitividade dos países da região, como para a integração e aprofundamento da

complementação produtiva intrarregional.
Nas duas décadas estudadas neste capítulo, observa-se que, em paralelo ao