A Filosofia e Ética - APU/CEDERJ/UFF

ATIVIDADE À DISTÂNCIA (AD) – AULA 2

Nome da Instituição: Universidade Federal Fluminense

Nome do curso: Administração Pública

Disciplina: Filosofia e Ética

Nome do aluno: Erika Ramos Mello

Polo: Volta Redonda

Matrícula: 18213110082

1. Sobre as Teorias a respeito da origem da filosofia, explique por que ela não é nem oriental nem um milagre grego.

Nem oriental nem um milagre grego, a filosofia é considerada uma mescla entre as duas coisas, pois, apesar de ter seu berço nas colônias gregas da Ásia Menor, na região da Jônia, entre o final do século VII e início do século VI antes de Cristo, ao longo do tempo, sofreu diversas influências do oriente. Inicialmente, a teoria de uma filiação oriental da filosofia grega era defendida na época do Império Romano como uma tentativa dos pensadores judaicos de demonstrar a relação entre a filosofia e o Egito (origem do pensamento de Moisés) e dos padres da Igreja de mostrar a relação do pensamento filosófico com as correntes de pensamento cristão (místico e oriental). Mais tarde, no século XIX, a filosofia foi considerada um milagre grego, considerando que esta teria surgido de forma inesperada e sem precedentes na Grécia e que o povo grego, um povo excepcional, teria criado a filosofia de forma independente e autônoma. Somente entre o final do século XIX e o século XX, foram feitas as devidas correções e atribuídos os créditos a ambas as afirmações: os gregos, através do intercâmbio cultural promovido pelas grandes viagens, teriam adquirido conhecimentos sobre mitos e religiões orientais (além da influência anterior das civilizações que precederam à grega); porém, os gregos receberam esta influência e as modificaram de tal maneira e com qualidade tão louvável que imprimiram uma marca própria aos conhecimentos existentes.

1. Quais eram as questões dos filósofos pré-socráticos?

O período pré-socrático aconteceu entre o final do século VII até o final do século V antes de Cristo. Este período também é conhecido como período cosmológico, justamente por, nesta época, o foco dos filósofos ter sido na busca de uma explicação racional e sistemática sobre a origem, ordem e transformação da Natureza. Considerava-se, ainda, o homem como parte integrante da Natureza, assim, tudo que explicasse a Natureza explicaria também o homem. Houve ainda a criação do conceito de physis, que seria o elemento primordial da Natureza, imperecível, início da criação de todas as coisas (coisas as quais seriam perecíveis, estando no constante movimento do mundo, o devir, e cuja matéria nunca acabaria, somente acabando a sua forma). Os filósofos deste período se dedicaram, então, a questionar-se sobre a origem do mundo e as causas das transformações na Natureza.

1. Explique o que é e como funciona a maiêutica socrática.

Sócrates, o patrono da Filosofia, foi descrito por Platão, seu discípulo, como um grande indagador. Ele percorria a Grécia fazendo perguntas às pessoas sobre ideias e valores em que elas acreditavam e conheciam e percebeu que, na maioria das vezes, as pessoas não sabiam responder às suas perguntas e devolviam o questionamento. Sócrates, então, afirmava também desconhecer a resposta. Com esta atitude, ele tinha a intenção de provocar uma reflexão nas pessoas, a busca pelo autoconhecimento. Ele procurava suscitar a essência verdadeira da coisa, o conceito (verdade universal e intemporal) e não apenas a opinião (variável) daquela determinada pessoa sobre aquela coisa. Desta forma, Sócrates criava uma incerteza nas pessoas acerca do que antes parecia evidente (suas ideias, valores, práticas e comportamentos), fazendo-as pensar sobre si mesmas e sobre a polis. Esse exercício de pensar elaborado por Sócrates para aflorar o conhecimento nas pessoas ficou conhecido como maiêutica socrática.