A Gestão Estratégica

UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE GESTÃO E ECONOMIA

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

CARLOS HENRIQUE PEREIRA DA ROSA

CONSTRUÇÃO DE UM CENÁRIO PARA A INDÚSTRIA DE REFRIGERANTE SITUADA EM CURITIBA LEVANTO EM CONTA A CRISE DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA PARA O ANO DE 2025

 

Atividade Prática Supervisionada

CURITIBA

2017

UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE GESTÃO E ECONOMIA

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

CARLOS HENRIQUE PEREIRA DA ROSA

CONSTRUÇÃO DE UM CENÁRIO PARA A INDÚSTRIA DE REFRIGERANTE SITUADA EM CURITIBA LEVANTO EM CONTA A CRISE DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA PARA O ANO DE 2025

 

Atividade Prática Supervisionada

Atividade prática supervisionada apresentada à disciplina de Gestão Estratégica do Curso Superior em Administração do Departamento de Gestão e Economia da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, como requisito para obtenção de nota.

Profº Paulo Daniel Batista de Sousa  

CURITIBA

2017

1 INTRODUÇÃO

As empresas estão querendo sempre estar um passo à frente em seu negócio, investindo em várias áreas para conseguir alcançar esse objetivo. A área de estudos e planejamentos estratégicos está sendo bastante utilizada como uma alternativa de alcançar o sucesso.

Entre todas as técnicas de previsão conhecidas na área estratégica, a de construção de cenários, apesar de não ser uma ferramenta muito nova, vem a cada dia ganhando mais força e se estabelecendo como uma opção segura frente às instabilidades e incertezas das projeções a médio e longo prazo. A elaboração e compreensão de cenários oferecem sustentação para o processo de decisão, mostrando a visão de futuro e desenvolvendo caminhos estratégicos para a busca do futuro almejado para a organização.

Sabe-se que a indústria de refrigerantes tem um grande desafio nos próximos anos, além da pressão popular por produtos mais saudáveis e colocando na mira o fato de que refrigerantes fazem muito mal à saúde, o setor irá ter que se preparar para outro empasse: A crise hídrica prevista para os próximos anos.

Em 2002 um relatório da ONU alertou que caso os padrões de consumo continuarem sendo mal administrados cerca de 2,7 bilhões de pessoas deverão sofrer com a falta de água. Isso impactaria também as indústrias que dependem desse recurso como a de refrigerante por exemplo; já que a composição básica do volume final é 88% água (LIMA; AFONSO, 2009). REFERÊNCIA 

Menos de 3% da água da Terra é potável, sendo que a maior parte disso está na forma de gelo polar ou se encontra em camadas profundas e inacessíveis do planeta. A quantidade de água potável que está acessível – seja em lagos, rios ou represas – representa menos de 0,25% do total.

Diante disso, quais estratégias as empresas deverão adotar para minimizar estes impactos? Ou, como o consumidor se comportará em 2025? Ou, como a indústria de refrigerantes estará daqui a 8 anos? Como a responsabilidade social pode auxiliar nesse processo? É essas perguntas que o trabalho juntamente aos estudos de cenários tentará resolver.

2 OBJETIVOS

2.1 OBJETIVOS GERAIS

        Montar cenários que mostrem como a indústria de refrigerantes irá se comportar mediante à crise hídrica prevista pela ONU em até 2025; mais especificamente uma unidade localizada em Curitiba e que faz parte de uma grande rede mundial; também realizar levantamentos das tendências do mercado para o ano de 2025.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

        Os objetivos específicos deste trabalho são:

• Se colocar no papel de gestor da área de planejamento e criar cenários;
• Criar cenários baseados nos estudos de mercado atuais;
• Mostrar o desenvolvimento desses cenários (otimista, realista e pessimista);
• Possibilidade de ações que poderão ser realizadas.

3 EMPRESAS BASE

        

        Como devemos nos colocar no papel de gestor de uma grande empresa, realizei este trabalho analisando duas grandes indústrias do ramo, a AMBEV e a Coca-Cola. Ambas são referências em suas respectivas bebidas e também possuem ações imediatas voltadas à sustentabilidade. Quando a água é o assunto, criaram programas que visam diminuir o impacto causado na sua produção e no meio ambiente, diante disso, optei por usar o material do relatório de sustentabilidade das duas empresas somados as minhas percepções de mercado.

        Levando em consideração que o alerta da ONU sobre a crise hídrica foi em 2002, muitas ações já foram realizadas pelas empresas para minimizar esses impactos e ajudar para que isso não aconteça. O programa de sustentabilidade de ambas empresas possui cronogramas e metas bem estabelecidas, algumas atingidas antes mesmo do previsto, que abrange tanto a questão da diminuição do uso da água na fabricação dos produtos como também o investimento em tecnologia para criar bebidas sem água.

        A Coca-Cola possui normas e metas estabelecidas em uma plataforma global de ações, e no relatório de 2011 a empresa já registrava uma queda no uso da água na fabricação dos produtos (1,91 litro de água por litro de bebida) de 23% comparado à 2002 (2,47 litro de água por litro de bebida); a meta até então era que o número fosse reduzido até 1,47 litro até 2020, mas o número foi reajustado no relatório de 2015 para 1,68 litro.

IMAGEM 1 – Evolução do consumo de água utilizado na fabricação de 1 litro de bebida.[pic 1]

FONTE: Relatório de sustentabilidade Coca-Cola, 2015.

        

        A explicação para a mudança na meta é que:

        As razões para essa revisão estão relacionadas a mudanças no nosso portfólio de produtos e embalagens, como a maior participação de sucos e chás, que consomem mais água na sua linha de produção. Houve também o aumento da participação de mercado das embalagens de vidro e PET retornáveis, que, apesar de contribuírem positivamente para redução de emissões de gases de efeito estufa (GEE) e geração de resíduos, apresentam consumo médio de água maior do que as linhas convencionais. (Relatório de sustentabilidade Coca-Cola 2015, p 24).