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A Governança Corporativa FGV

Por:   •  14/8/2021  •  Trabalho acadêmico  •  1.245 Palavras (5 Páginas)  •  2.299 Visualizações

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Atividade individual        

Matriz de atividade individual

Disciplina: Governança Corporativa  

Módulo: MBA Executivo: Gestão com Ênfase em Gestão Financeira

Aluno:  Daniela Barbosa da Silva

Turma: ONL020V3-ENFINSP02T2

Tarefa:  Governança Corporativa em empresas familiares de capital fechado (não inseridas na B3)

Contexto atual da sociedade indicada

Como consultor contratado pelo IBCG Instituto Brasileiro de Governança Corporativa, tenho como principal papel atuar na implementação das boas práticas de Governança Corporativa em empresas familiares de capital fechado, trazendo melhorias e mudanças internas a fim de auxilia-las à enfrentarem ou minimizarem os efeitos das crises economica, politica ou sanitaria como a que estamos vivendo devido ao Covid-19.

Infelizmente ao longo dos anos, identiquei que tais empresas possuem uma deficiencia com relação a sua estrutura (diretoria e conselho de administração) assim como a falta de transparência, equidade e ausencia de órgãos de fiscalização e controle para prestação de contas.

Diante do exposto, é essencial a adoação das boas praticas de governança corporativa não somente para evitar riscos de fraudes e desvios devido ao crescimento do faturamento, estrutura fisica (instalações) e atividades, mas para geração de valor para os seus stakeholders.

Portanto nesse momento gostaria de contextualizar a situação atual dessas empresas, evitando citar nomes de quaisquer sociedades listadas ou não na B3; pois como mencionado acima a minha principal responsabilidade é difundir a importância do sistema de Governança Corporativa nesse momento de crise.

Boas práticas de governança corporativa e obrigatoriedade de adoção dessas práticas por parte das sociedades empresárias

Primeiramente gostaria de salientar que a adoção das boas práticas por empresas familiares de capital fechado tem caráter voluntário, conforme trecho citado abaixo extraido do Caderno de Governança Corporativa:

“Lembramos que a adoção das boas práticas tem caráter voluntário e cabe aos principais agentes das organizações – sócios, conselheiros de administração ou consultivos, se existentes, e diretores-executivos – se familiarizarem com as políticas e boas práticas de governança e compreenderem seu alcance e a melhor forma de sua implementação, considerando a realidade de cada empresa” (IBCG, 2014, p11)

Portanto, se tais empresas optarem por esse sistema é primordial a  implantação de 4 principios,  sendo um dos mais importantes o Principio da Transparencia, onde a empresa precisará de uma arquitetura de Governança Corporativa através de alguns modelos já praticados no mercado (modelos Japonês e Françês etc).  Dessa forma ela evitará conflito de interesses entre a propriedade a qual possui interesses econômicos e a gestão a qual possui interesses sociais.

Além disso, Equidade entre os acionistas, proprietários, administradores etc. e todos os stakeholders deverá ser praticada a fim de manter os interesses inclusive dos pequenos investidores na formação do conselho de administração, conselho fiscal, conselho familiar etc.

Em paralelo deverá adotar o Princípio da Accountability, ou seja, compartilhar não somente com os proprietários ou membros do conselho familiar as Demonstrações Financeiras, mas traduzi-la a todos os stakeholders inclusive compartilhar as mesmas com os Auditores Independentes a fim de validarem a veracidade delas. 

Por último o Princípio da Responsabilidade corporativa que gerará valor social da empresa, da marca ou do produto perante a sociedade. É imprecindivel que o Conselho Familiar ou de Administração nomeie comitês para criação de polticas como anticorrupção, remuneração dos administradores, ética e conduta de funcionários, clientes e fornecedores etc., poltica de meio ambiente e responsabilidade social.

Todos esses princípios gerarão valor para a empresa seja à médio ou longo prazo.

Impacto gerado na governança quando da presença da família no controle da companhia e como isso pode vir a ser trabalhado pela estrutura de governança na sociedade escolhida

A governança corporativa contribui para a segregação entre Familia, Propriedade e Gestão algo confuso em empresas familiares de capital fechado. Portanto, essas empresas necessitam identificar quais são os papéis de cada integrante dentro da sua estrutura, ou seja, há acúmulo de papeis/ funções entre os membros do Conselho Familiar, Conselho de Administração, Conselho fiscal ou Conselho Consultivo?

Como consultora posso recomendar que a seja criado um Conselho de Administração para um melhor direcionamento estratégico da empresa especialmente em momentos de crise, podendo inclusive ser os mesmos membros do Conselho Familiar já existente, mas as questões mencionadas acima deverão ser respondidas antes de qualquer implementação de boas práticas de governança corporativa.

Portanto a fim de evitar impactos tais como conflitos de interesses na empresa, a Governança Corporativa pode vir a ser trabalhada evitando com que o CEO, Presidente ou Proprietario exerça diferentes papeis/funções dentro da estrutura como por exemplo, ser membro do Conselho de Administração em paralelo a sua atividade principal visto que o mesmo deverá delegar e monitorar as atividades desse e de demais órgãos.

Preservação de interesses de pequenos investidores na sociedade empresária

Com a criação do Conselho de Administração é necessário identificar quem será o responsável por cada decisão seja para definição dos objetivos estratégicos, acompanhamento da gestão, monitoramento dos riscos etc.  

Portanto os pequenos investidores também possuirão seu respectivo papel dentro da estrutura seja como membros do Conselho de Administração, Conselho Fiscal, Comiês etc , visto que um dos conceitos principais da Governança Corporativa é a equidade entre os acionistas, investidores e demais stakeholders.

A delegação de papeis e responsabilidades de tarefas será através de uma Gestão Compartilhada o que poderá contribuir significativamente para o enfrentamento de crises como a COVID-19.  

A Assembelia Geral tem um papel importante nesse tema, pois definirá o Conselho de Administração (o qual poderá ser formado por pequenos investidores) e estes  o Conselho Consultivo, Fiscal etc.

Auxílio apresentado pelo Conselho de Administração para a superação da crise

Minha recomendação ao Conselho de Administração que no caso apresentado refere-se ao Conselho Familiar por se tratar de empresas familiares de capital fechado, será estabelecer quais são as prioridades diante da crise do COVID-19 a fim de identificar quais poderão ser adotadas.

Portanto os membros do conselho deverão decidir com base nos relatórios e dados informados pela Gestão, quais os recursos e ativos serão utilizados no momento tais como pessoas, máquinas, estrutura física etc? Como está e qual será o crescimento do mercado vs planejamento estratégico definido anteriormente? Poderá ser feito desinvestimentos? Serão necessárias mudanças na estrutura societária (ingresso de novos sócios, investidores etc.)?   Há medidas que poderão contribuir para a manutenção da empresa no curto e médio prazos (renegociação de contrato de locação, revisão de contratos com fornecedores, suspensão contratual, redução de jornada, férias coletivas, etc)?

Essas e muitas outras perguntas deverão ser analisadas por esse Conselho Familiar com o suporte do Controller ou da área de Controladoria assim como dos demais executivos da empresa, entretanto é nesse momento que empresas familiares muitas vezes não possuem uma visão holística visto que não implmentaram a Governança Corporativa e, portanto, não conseguem ter subisidios para tomada de decisão.

É em um momento de crise que as empresas familiares se veem em um dilema para entender o cenário atual e compará-lo com o seu historico, pois não cultivar o “desejo” de comunicar seus números através de indicadores assim como a  ausência da  prestação de contas  e responsabilidade social ao longo dos anos contribuiu para que no momento de crise as mesmas se sentissem desamparadas ou desprepardas em comparação a empresas com Boas Particas de Governança.

Resumidamente ter uma estrutura definida como Conselho de Administração, Conselho Consultivo e Comitês diversos inclusive para crises ajudará a antecipar-se a eventos esogenos como a COVID-19.

Referências bibliográficas

Sites : https://www.ibgc.org.br/blog/metrica-2019 

          https://conhecimento.ibgc.org.br/Paginas/Publicacao.aspx?PubId=22057

          https://glaucodinizempresario.com.br/2016/06/02/sem-governanca-corporativaempresas-fadadas-ao-fracasso/

https://capitalaberto.com.br/canais/deloitte/reforco-na-governanca-de-empresas-de-capital-fechado/

        

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