A Liderança e Motivação
Por: Bárbara Civalsci • 11/6/2023 • Trabalho acadêmico • 1.558 Palavras (7 Páginas) • 56 Visualizações
ATIVIDADE INDIVIDUAL
Matriz de análise |
Estudante: Bárbara Civalsci de Brito |
Disciplina: Liderança e Motivação |
Turma: ONL022Z3-POPRJSP20T2 |
Introdução |
Este trabalho tem como objetivo realizar uma análise da atuação da liderança e formas de motivação apresentados no filme escolhido, bem como ao final da análise realizar um paralelo com as experiências profissionais que possuo, ao final realizando considerações finais com pontos relevantes identificados e benefícios e pontos de melhorias que poderiam ser aplicados ao modelo identificado no filme. Para esta análise foi selecionado o filme O Diabo Veste Prada (2006), no qual conta a história da jornalista recém-formada Andy, que na busca por aprimorar seu currículo decide arriscar uma vaga como assistente na conceituada revista de moda Runaway. No entanto, Andy se depara com diversos desafios quando nota que além de ter que se aprofundar e conhecer melhor a nova área, também terá que se adaptar ao estilo de liderança “difícil” de sua nova chefe Miranda. Tais desafios a fazem questionar se está de fato apta a ocupar o cargo e se vale realmente o esforço para ter em seu currículo esta experiência. Durante o decorrer da história, é possível observar os impactos do líder na forma em que as equipes diretas trabalham e como a vivencia neste ambiente diretamente com este lider transforma o estilo de trabalho da protagonista do filme, que até o momento, possuía conhecimentos organizacionais somente teóricos. Para realizar esta análise, será utilizado como base o as modernas teorias de gestão. |
Desenvolvimento |
A partir da análise realizada do filme, a personificação do líder é apresentada através da personagem Miranda que é a editora chefe da organização e responsável por coordenar diversas áreas distintas da revista. Miranda é apresentada no filme como líder de uma organização de cultura vertical, no qual presa por suas hierarquias e todas as tomadas de decisões são realizadas isoladamente e repassadas de cima para baixo na instituição, não há um comum acordo entre a gestão e a equipe, uma vez que a decisão foi tomada pela alçada superior, as alçadas inferiores devem acatar de forma unânime para garantir o bom funcionamento da empresa. Dado o cenário organizacional, o líder apresentado e que dentro deste modelo de instituição possui maior sucesso é o tipo de líder autocrático coercitivo e de ritmo (IBE, 2016). Em O Diabo Veste Prada, o líder apresentado por Miranda Priestly, é responsável por coordenar as áreas de produção, publicidade e vendas da revista e já durante os primeiros minutos do filme já é possível observar o modelo coercitivo no qual Emily (assistente direta de Miranda) a descreve como uma pessoa difícil de agradar e que possui um nível de exigência alto para entregas das demandas solicitas, e durante todo o filme a mesma é descrita como “a uníca opinião que realmente importa” na empresa. Como um líder de ritmo, durante diversos momentos é possível observar a demanda de atividades e tarefas que todos na instituição devem desempenhar, sempre cumprindos os prazos solicitados, e para que todos cumpram com o solicitado, é sempre aplicado um modelo de pressão coercitivo em que por tratar-se de uma solicitação de Miranda (diretora chefe), todos os subordinados devem acatar sem questionar. O modelo de liderança de Miranda é centrado no trabalho, sendo ela descrita como uma pessoa fria, extremamente capacitada (referencia da área), metódica, que não gosta de ser questionada ou contrariada (perfil autocrático coercitivo) e que raramente faz reconhecimentos aos funcionários de sua equipe, o que no filme é apresentado como uma qualidade e defeito, uma vez que a falta de reconhecimento é um desencorajador e desmotivador, sendo necessário a compensação do trabalho de outras formas, como a visibilidade do cargo, remuneração e benefícios. Porém, ao mesmo tempo, por não ser um hábito frequente da liderança, observa-se que os funcionários buscam constantemente sua aprovação e quando ocorre o reconhecimento, ele é recebido como um motivador potente uma vez que faz com que o funcionário acredite que embora possua enorme pressão durante sua jornada de trabalho pelas entregas, se ele fizer seu trabalho bem-feito, em algum momento ele pode ser finalmente reconhecido. O estilo de liderança de ritmo associado ao modelo coercitivo, trata-se de uma forma extrema de liderança, no qual possuí maior efetividade durante o curto prazo, porém quando observada ao longo prazo, pode-se tornar um modelo desmotivador e que leve aos funcionários da equipe a questionarem suas motivações para o trabalho, uma vez que possuem baixa participação nas tomadas de decisões, são altamente cobrados e pouco reconhecidos. Este problema surge no filme através de comentários de Emily (assistente de Miranda, e responsável por realizar o treinamento de Andy), no qual ela informa tratar-se de uma vaga com alta rotatividade e durante o desenvolvimento de Andy dentro da empresa, no qual nota-se que sua motivação intrinseca de buscar realização profissional e adquirir experiencia, é substituída pela motivação extrínseca, buscando recompensas, medo de punições, e buscando agradar a liderança da empresa. Esta substituição faz com que com o passar do tempo Andy se questione sobre seus objetivos e o que a tem motivado, e assim como descrito ao inicio do filme, ela deixa o cargo em busca de sua realização pessoal e novamente a vaga abre para que uma nova assistente seja admitida. Este tipo de situação para a liderança pode ser uma desvantagem, pois ao mesmo tempo que com o alto nível de exigência eles consigam moldar um profissional de alta qualidade, eles não conseguem manter o mesmo dentro da instituição por muito tempo, devido a falta de estímulos e motivação do mesmo. Dentro do cenário apresentado, podemos apontar como pontos positivos no estilo de liderança autocrático a manutenção da ordem dentro da empresa, associado ao filtro de responsabilidades, as alçadas superiores assumem maiores tomadas de decisões centralizando as informações de forma sigilosa (fusões,problemas internos, trocas de cargos e promoções), sendo repassado a equipe somente as tarefas operacionais de forma que toda energia da equipe seja canalizada para a máxima entrega de resultados no menor tempo. Em empresas que possuem grande número de funcionários, diversas filiais e coligadas, este modelo de liderança pode ser eficaz, uma vez que devido o grande número de pessoas envolvidas no ciclo de produção, não é possível repassar e ponderar as informações e opiniões de todos os funcionários envolvidos, e neste caso, a motivação deverá ocorrer através do reconhecimento, bonificação salarial, e promoções avaliadas por tempo de casa e desempenho. Como ponto de melhoria, a centralização de tomadas de decisões podem fazer com que o funcionário não faça parte da mudança e melhorias da instituição, sendo um fator desmotivador, assim seria necessário dentro deste modelo autocrático, que fosse periodicamente ponderado pontos de melhoria sugeridos pela equipe e pesquisas de satisfação do funcionário como formas de mapear áreas que podem estar sofrendo com a insatisfação dos funcionários e consequentemente pode vir a ter problemas de entrega de resultados. Realizando um paralelo com a análise do filme e minha experiencia profissional, atualmente trabalho em uma instituição financeira multinacional como analista financeira, e assim como a empresa abordada no filme, ambas são organizações de hierarquia vertical em que seus líderes possuem um perfil autocrático. Apesar das semelhanças no modelo organizacional e ambas possuírem lideranças autocráticas, na instituição em que trabalho observo que vem ocorrendo mudanças no modelo de liderança e vêm-se buscando um modelo de liderança democrático, no qual para para algumas tomadas de decisão são realizados reuniões e pesquisas periódicas solicitando sugestões da equipe e para que decidam em comum acordo possíveis alterações no trabalho desempenhado, Com essas mudanças foi possível notar maior motivação da equipe e melhora no índice de satisfação da equipe. Também vale ressaltar que o caso apresentado no filme é de 2006, época em que muitas das teorias de liderança e motivação estavam em desenvolvimento e o modelo de organização verticar e autocrático era o mais ultilizados nas instituições. |
Conclusão |
Através da análise do filme O Diabo Veste Prada, é possível observar um modelo claro de liderança autocrática em que durante diversos momentos Miranda (editora chefe e personificação do líder no filme) usa de uma autoridade e posição dentro da empresa para que todos atendam suas solicitações sem questionar e quando o fazem, como a protagonista Andy, são relembrados a todo momento que ocupam cargos privilegiados em uma empresa renomada e isto por si só deve justificar e servir de motivação para que os funcionários se esforcem ao máximo para realizar a entrega de resultados. Este modelo atualmente vem sendo substituído por um modelo de liderança democrático, e em muitos casos, organização horizontal de liderança e distribuição de responsabilidades. Esta mudança vem ocorrendo principalmente com o surgimentos de startups e fintecs (no ramo financeiro), empresas menores no qual a divisão de responsabilidades e tomadas de decisão são por muitas vezes realizadas em conjunto pela equipe, além de uma mudança comportamental nas novas gerações que ao integrarem o mercado de trabalham buscam não só a motivação financeira (via salários e benefícios) mas também a realização pessoal (tempo livre para viajar, passar tempo com a família, e trabalhar na área da qual possui afinidade). Esta mudança observada reflete a sociedade atual e como os líderes devem atentar-se a sua equipe de forma a equilibrar disciplina e produtividade com motivação e mentoria. |
Refefências bibliográficas |
5 estilos de liderança e quando eles funcionam melhor. [S. l.], 5 out. 2016. Disponível em: https://www.ibe.edu.br/5-estilos-de-lideranca-e-quando-eles-funcionam-melhor/. Acesso em: 13 jan. 2023. BORTOLIN, Adriana. Liderança e Motivação. [S. l.], 2023. E-book. |
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