A Motivação e Liderança

[pic 1]   FACULDADE CATÓLICA DE ANÁPOLIS

                               

Curso sequencial de gestão de segurança – Motivação e liderança

Anderson de Jesus Costa

                                                               Danilo Araújo Ferreira

                                                                  Eduardo Moreira Lovina

                                                        Filipe Silvério Dias

                                                              Mikael de Sousa Gama

                                                              Lucas Vieira de Freitas

                                                                              Wagner Igor Rodrigues de Paula

ANÁPOLIS

2015

1. Liderança visionaria 

A liderança visionaria parte da crença de que a capacidade de criar a visão de futuro é condição fundamental para a atuação bem-sucedida de todo líder, pois o papel que desempenha para a organização vai além de ser uma orientação para uma meta. Essa foi a conclusão a que chegaram Bennis e Nanus (1988), como resultado de um longo trabalho de pesquisa desenvolvido com 90 líderes que dirigiam as novas tendências em seus negócios, pessoas que mudaram o metabolismo de suas organizações. 

Pesquisa semelhante foi desenvolvida por Pacheco (2002) com 50 líderes brasileiros, em diferentes ramos de atividades. Os pontos em comuns entre todos os pesquisados referem-se ao fato de serem os melhores, no Brasil, no que fazem, trabalham duro, não desistirem diante dos obstáculos e preocuparam-se com valores superiores de solidariedade, ética e justiça. Todas essas pessoas tinham um interesse sem paralelo em resultados, tinham sonhos, eram profundamente apaixonadas por sua visão de futuro, acreditavam em si mesmas e no sucesso de sua visão. 

Mas o que é a visão? Para Albrecht (segundo Boyett e Boyett, 1999:34), visão “é uma imagem compartilhada do que queremos que a empresa seja ou se torne (...) ela (...) nos dá um ponto que objetiva uma futura orientação”.  Wheatley (segundo Boyett e Boyett, 1999) compara visão a um campo de força que permeia a organização como uma onda de energia. Bennis e Nanus (1988:75), Como Albrecht, descreveram a visão como a construção de uma imagem mental clara e intensa de um possível e desejável estado futuro de da organização, a ponto de torna-la presente em todas as ações do líder.  

Uma visão, portanto, é um alvo e seu papel torna-se central para o sucesso da liderança à medida que captura a imaginação de todos os que com ela entram em contato. No entanto, não basta acreditar nos próprios desejos. É preciso conseguir que os outros reconheçam e aceitem sua visão; portanto, é necessário comunicá-la. Assim, os líderes se destacam por serem capazes de projetar e construir instituições, tornando-se os arquitetos da organização (Nanus, 2000). 

Podemos então dizer que, quando a empresa consegue selecionar e articular a visão certa, ela já estará a caminho da realização de seus objetivos maiores, pois existem algumas forças poderosas que desencadeiam este processo.  

Embora a visão possua a capacidade de direcionar a energia de todas na mesma direção, torna-se importante para as empresas verificarem, constantemente, a sua validade, por meio do que Nanus (2000) denominou “auditoria da visão”. Promover a “auditoria da visão” implica avaliar se há necessidade de fazer correções no rumo da visão.  

Além de criar a visão, dois outros ingredientes tornam-se essências para que o líder consiga realiza-la: paixão e integridade. 

Paixão 

Prazer pelo que a vida pode oferecer, amor pelo que faz, combinados com trabalho duro e persistente em direção aquilo em que acredita – isso é o que dá ao líder a disposição para romper com a rotina, não se acomodar com o que já conquistou, querer ir sempre mais adiante e não desistir diante dos obstáculos, além de transmitir esperança. 

Integridade 

Alguns elementos compõem o segundo ingrediente: autoconhecimento, sinceridade e maturidade. 

• Autoconhecimento – “conhece-te a ti mesmo” continua sendo uma tarefa difícil para qualquer pessoa. Para o líder, conhecer suas forças e reconhecer suas fraquezas representa um passo importante para a conquista da confiança em si mesmo. Ao mesmo tempo em que o líder deve acreditar e confiar em suas competências e habilidades, é necessário que ele esteja aberto para questionar, desafiar e colocar em xeque suas ações e decisões. 
• Sinceridade – a beleza de ser o eterno aprendiz é uma lição importante para quem tem a missão de mostrar o caminho a seus seguidores. Compreender a dinâmica que nos leva a ser líder e liderado, ensinar e aprender, dar e receber, exigir e servir possibilitará ao líder o amadurecimento tão necessário ao desempenho do seu papel. 

O que não podemos esquecer é que, para criar um clima de significado, não só para a organização como para a equipe, antes de tudo o líder precisa acreditar em alguma coisa, estar fortemente motivado por aquilo em que acredita e se comportar de forma coerente com o que sente, diz e faz. 

A crescente consciência, por parte das empresas, da importância das pessoas no alcance dos resultados organizacionais nos conduz à abordagem da liderança transformacional.

2. Teoria da Liderança Servidora

Acreditar que liderar compreende somente em delegar seus liderados resulta no pensamento primário, sem muito questionamento sobre o que vem a ser de fato o ato de liderar.

A Liderança Servidora descreve que essa atividade consiste em determinar um propósito maior, algo que realmente seja importante. Assim, o líder vem a ser chamado de servidor por perceber seus liderados como fonte prioritária para conseguir chegar algo grandioso que será compartilhado por todos. Sua real meta consistirá em priorizar as pessoas, por isso necessita inspirar confiança ao transmitir seus valores e competências, estimulando através de um espírito sustentador o apoio de seus liderados, que passam a serem considerados seguidores que apoiam na obstinação da busca do objetivo almejado.