A Não Relação Entre Jornada de Trabalho e Produtividade
Por: Rayana Gomes • 7/12/2017 • Artigo • 1.891 Palavras (8 Páginas) • 283 Visualizações
Universidade de Pernambuco
Faculdade de Ciência e Tecnologia de Caruaru
Unidade de ensino Gov. Miguel Arraes de Alencar
Rayana Larissa de Freitas Gomes
A Não Relação Entre Jornada de Trabalho e Produtividade
Caruaru, 2017
Universidade de Pernambuco
Faculdade de Ciência e Tecnologia de Caruaru
Unidade de ensino Gov. Miguel Arraes de Alencar
Não Relação Entre Jornada de Trabalho e Produtividade
Anteprojeto apresentado como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Administração, do curso de Administração com ênfase em Marketing de Moda, da Universidade de Pernambuco
Orientador(a): Prof (a) Paula Gonçalves
Caruaru, 2017
Sumário
Resumo
Introdução
Justificativa
Objetivos
Referencial Teórico
Metodologia
Cronograma
Orçamento
Referências
Resumo
Este trabalho visa apresentar a importância de uma maior flexibilização nas jornadas de trabalho, mostrando as desvantagens advindas das longas horas de labuta e as vantagens da sua diminuição mostrando que com mais horas de trabalho as pessoas ficam mais suscetíveis a doenças, estresse, fadiga, acidentes e, devido esses fatores, a produtividade diminui. E jornadas mais curtas melhoram a qualidade de vida do trabalhador e gera mais empregos. Analisando historicamente a diminuição destas horas. O que nos leva a perceber que longas jornadas não estão diretamente associadas ao aumento da produtividade. O que faz com que ela aumente é a disposição e capacidade mental do trabalhador.
Palavras-chaves: Jornada de trabalho; Produtividade; Tempo; Emprego; Qualidade.
- Introdução
No início da era industrial, as jornadas de trabalho eram longas e com atividades repetitivas, tudo se resumia na maior quantidade que poderia ser produzida em menor tempo. As jornadas eram de 24h/7d das indústrias e as pessoas cumpriam em média de 17 a 20 horas diárias.
A utilização cada vez maior da máquina, que poderia ter acarretado a diminuição das jornadas de trabalho e a elevação dos salários, como consequência do maior rendimento do trabalho produzido, teve, paradoxalmente, efeitos diametralmente opostos. Num retrocesso que afrontava a dignidade humana, a duração normal do trabalho totalizava, comumente, 16 horas diárias; o desemprego atingiu níveis alarmantes e o valor dos salários decresceu. Para complementar o orçamento da família, a mulher e a criança ingressaram no mercado de trabalho, acentuando o desequilíbrio entre a oferta e a procura de emprego. E, assim, ampliada a mão-de-obra disponível, baixaram ainda mais os salários. Nem a liberdade formal nem a máquina libertaram o homem (SÜSSEKIND, 2010)
Mas com toda essa atividade desgastante, muitos trabalhadores morriam e se mutilavam, devido ao esgotamento sofriam. Eles desmaiavam em máquinas e muitas vezes eram mortos por elas. Então, começaram a quebrar as máquinas na tentativa de acabar com aquilo que os fazia sofrer, mas depois perceberam que o problema não estava nelas, mas sim em seus donos, a partir de então começaram a fazer greves e protestos para que se diminuísse o tempo e a intensidade de trabalho.
Um desses trabalhadores chamado Robert Owen, começou uma campanha para que as pessoas trabalhassem nada mais que 8 horas diárias. Tendo observado esse movimento, Henry Ford percebeu ser mais válido reduzir as 16 horas para 8 horas reivindicadas, não que ele se importasse com o trabalhador, mas ele percebeu que “um operário pouco usaria um automóvel se tivesse de permanecer na fábrica desde o alvorecer até o anoitecer” (FORD, 1926). Aumentando assim a capacidade produtiva da Ford Motor Company. Quando as demais indústrias viram que esse sistema era bom e funcionava, resolveram implementar esse plano de jornada de trabalho. A partir desse momento essa nova tendência, de diminuição do tempo da jornada de trabalho, vem sendo aplicada.
O Brasil definiu, a partir da Constituição de 1988, que o tempo de trabalho deveria ser reduzido de 48h para 44h semanais (este sendo o tempo máximo que poderia ser exigido do trabalhador pela empresa). Mas com o capitalismo como modelo vigente e as relações trabalhistas sendo orientadas pelo sistema de troca, passou-se a valorizar as horas extras. As pessoas passaram a trabalhar cada vez mais para ganhar mais, além do fato que com o grande avanço tecnológico, os colaboradores tanto internos quanto externos estão buscando atender a suas necessidades de forma muito mais rápidas e a qualquer hora. E-mails tem que ser respondidos em minutos, quase que instantaneamente. Viu-se então que com o passar dos anos, o tempo e o valor associado ao trabalho foi mudando.
Mesmo com essa necessidade surgida devido ao capitalismo vemos hoje pessoas trabalhando em sua própria casa, fazendo seu horário. Para alguns que gostam mais do horário da manhã, tem a oportunidade de chegar mais cedo, enquanto para aqueles que são melhores à noite, podem ficar até mais tarde.
Como cada pessoa tem certa facilidade em trabalhar bem por determinado tempo e em determinado horário, compete a organização perceber e flexibilizar de forma a melhorar a qualidade do trabalho. Como Tony Schwartz diz, deve-se administrar a energia, não seu tempo. Ou seja, é necessário analisar o estado de saúde, humor, nível de concentração e compreensão do quê e o por quê de estar fazendo aquela atividade. O desemprenho produtivo do indivíduo depende de diversos fatores e em como cada ser humano aplica suas particularidades e ações no desempenho de sua função no espaço corporativo.
- Objetivo geral:
- Analisar a não relação entre horas de trabalho e produtividade.
- Objetivos específicos:
- Verificar a relação entre jornada de trabalho e desempenho produtivo.
- Descrever as consequências advindas das longas horas de tarefas.
- Destacar a importância da flexibilidade das horas de trabalho.
- Problematização:
Diante disso, esse estudo pretende responder a seguinte pergunta: O tempo de jornada de trabalho equivale ao desempenho?
- Justificativa
É importante lembrar que há uma grande diferença entre jornada de trabalho e horas trabalhadas. A jornada é o tempo que o empregado passa disponível para atender as demandas exigidas do empregador ou da empresa, enquanto que horas trabalhadas está relacionado ao horário que marca o início e o fim do trabalho.
Este tema deve ser analisado, pois desta forma pode-se formular maneiras mais eficazes para aprimorar e desenvolver o potencial produtivo do indivíduo. De acordo com a OIT (Organização Internacional do Trabalho) longas jornadas de trabalho estão associadas a fadiga, sonolência e desatenção, estes fatores favorecem a baixa produtividade e aumentam as chances de que ocorram erros.
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