A Organização da Sociedade Civil
Por: Hellen Mota • 19/6/2023 • Resenha • 593 Palavras (3 Páginas) • 57 Visualizações
Os artigos escolhidos para estudo foram “Criar pontes entre o solidário e o mercantil: riscos e benefícios de um trabalho colaborativo" e "Colaboração entre governos e organizações da sociedade civil em resposta a situações de emergência". Podemos perceber que embora tenham enfoques diferentes são relacionados ao proporem que diversos setores da sociedade (seja falando de Portugal ou de Brasil) podem e devem trabalhar de forma a colaborar criando parcerias entre esses setores no intuito de promover a melhoria da sociedade como um todo, bem como possibilitar que empresas do setor privado passem a ter papel significativo como agentes ativos na sociedade e possibilitar também que as entidades que já nasceram como agentes transformadores possam ter meios de continuar fornecendo essa transformação através dessas parcerias não só com o setor privado, mas com o Estado buscando tornar sua contribuição de forma mais ativa. O artigo “Criar pontes entre o solidário e o mercantil: riscos e benefícios de um trabalho colaborativo”, evidencia que é de conhecimento de todos estudiosos da área que a sustentabilidade é um objetivo crucial para as organizações solidárias inseridas no setor da Economia Social. Em contextos em que o nível de intervenção social do Estado é insatisfatório e as desigualdades de renda são elevadas em níveis alarmantes, as organizações solidárias desempenham um papel fundamental no combate à pobreza e na promoção do bem-estar social.
No entanto, sabemos também que alcançar a sustentabilidade financeira e operacional pode ser um desafio para essas organizações. Uma abordagem interessante proposta pelos autores no artigo é que as organizações solidárias podem se posicionar como beneficiárias dos ativos disponibilizados por entidades privadas, por meio de programas de cidadania organizacional. Esse tipo de sociedade se refere a práticas de responsabilidade social corporativa adotadas por essas empresas, onde elas investem recursos em ações e projetos sociais. Ao estabelecer parcerias com essas entidades, as organizações solidárias podem ter acesso a recursos financeiros, tecnológicos, conhecimentos que contribuam para sua sustentabilidade e ampliação de impacto. Essas parcerias devem e podem ser mutuamente benéficas. As organizações privadas podem fortalecer sua imagem corporativa ao se associarem a causas sociais relevantes e ganhar maior envolvimento dos funcionários e clientes. Por sua vez, as organizações solidárias podem obter os recursos necessários para desenvolver e expandir suas atividades, alcançando um público maior e melhorando a eficácia de suas iniciativas.
No entanto, é importante salientar que parcerias entre organizações de âmbitos tão distintos também envolvem riscos. É necessário estabelecer acordos transparentes, garantindo que os valores e objetivos das organizações solidárias não sejam comprometidos. Além disso, é essencial que as organizações solidárias preservem sua autonomia e independência, evitando dependência excessiva de recursos externos.
Concluindo o que abordamos no início, embora os artigos tenham focos diferentes, ambos os podem estar relacionados ao tema de colaboração e parcerias entre diferentes setores da sociedade. O artigo, "Criar pontes entre o solidário e o mercantil: riscos e benefícios de um trabalho colaborativo"propõe a possibilidade de
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