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A Pratica Politica

Por:   •  4/6/2021  •  Resenha  •  780 Palavras (4 Páginas)  •  94 Visualizações

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Segundo Max Weber há uma relação entre o saber especializado e práticas. A sua famosa confrontação entre poder dos funcionários e liderança política presta-se a separação restrita entre funções dos peritos e as funções do político. O agir político não se pode fundamentar racionalmente, mas antes leva a efeito uma decisão entre ordens de valores e convicções de fé, que se subtraem a argumentos concludentes e permanecem inacessíveis a uma discussão vinculante. Quanto mais a competência do especialista pode determinar as técnicas da administração racional e da segurança militar e assim forças também seguindo as regras científicas os meios da prática política, tanto menos a decisão prática numa situação concreta se pode legitimar suficientemente pela razão.

Se é possível racionalizar a decisão de questões práticas como uma escolha em situações de insegurança até ao ponto de ficar eliminada a simetria da perplexidade (Rittle) e assim gradualmente também a problemática da decisão em geral, então a atividade decisória que resta efetivamente ao político no Estado técnico é apenas fictícia.

Já Dewey explicaria a possibilidade de que a introdução de técnicas continuamente acrescentadas e melhoradas não só permanece ligada a orientações de valores indiscutíveis, mas também submete, por seu lado, os valores delegados pela tradição a uma prova, por assim dizer, pragmática de verificação. É verdade que Dewey não atendeu a distinção entre o controle das recomendações técnicas por meio dos seus resultados e uma verificação prática das técnicas, no contexto hermeneuticamente esclarecido das situações concretas; mas, de qualquer modo, insiste num exame pragmático e assim na explicação racional da relação entre as técnicas disponíveis e as decisões práticas, explicação que foi ignorada na consideração decisionista.

Parece antes ser possível e necessário uma comunicação recíproca, de modo que, por um lado, os especialistas científicos “aconselhem” as instâncias que tomem decisões e, por outro, os políticos “encarreguem” os cientistas segundo as necessidades da prática. Controla-se assim aqui, por um lado, o desenvolvimento de novas técnicas e estratégias, e por outro, controlam-se igualmente os interesses sociais refletidos em sistemas de valores pela comprovação nas possibilidades técnicas e meios estratégicos da sua satisfação.

Citando novamente Max Weber, sua teoria se tornaria obrigatória para a nova sociologia política, que reduz em última instância o processo de formação da vontade democrática a um procedimento regulado por aclamação a favor das elites chamadas alternadamente à governação.

A comunicação entre os mandatários com poder político e os cientistas competentes nas diversas disciplinas que pertencem aos grandes institutos de investigação caracteriza a zona crítica de tradução de questões práticas para problemas que se põem em termos científicos e a retroversas das informações científicas para respostas às questões práticas. A comunicação não deve interromper-se até se ter, em princípio, encontrado a solução do problema, pois só com a solução em princípio previsível é o que o objetivo do projeto fica definitivamente circunscrito. A comunicação entre os dois interlocutores é estendida entre a práxis e a ciência.

A compreensão situacional

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