A Psicologia Organizacional
Por: kcroner • 27/4/2015 • Trabalho acadêmico • 1.246 Palavras (5 Páginas) • 209 Visualizações
Psicologia Organizacional.
Atividade Avaliativa 1 (Ad1) – Prazo Máximo de Postagem: 14/02/2014
Tendo em vista o que foi lido sobre a teoria de Taylor aplicada às fábricas no início do século XX, disserte sobre a relação da Psicologia Organizacional (denominada Psicologia Industrial àquela época) com esse contexto taylorista.
Procure usar artigos científicos, livros, reportagens, revistas científicas e afins de modo a enriquecer seu texto.
Não esqueça de fazer as devidas citações e lembre-se que esse texto não deve se basear em “achismos” ou pensamentos do senso comum. Você deverá se basear nos veículos literários descritos acima.
Mínimo de três páginas.
OBS: ao corrigirmos as ads estaremos atentos a qualquer tentativa de plágio ou uso abusivo de produção alheia.
Bom Trabalho!!
No inicio do seculo XX a revolução industrial já estava em plena consolidação, e é nesse cenário que a Psicologia Organizacional surge associada ao interesse das industrias, instrumentalizando algumas suposições Taylorista, mas para entendermos esse contexto vamos inicialmente compreender o modelo de administração desenvolvido pelo norte-americano Frederick Winslow Taylor (1856 – 1915) , Engenheiro Mecânico que é considerado o pai da administração científica. Ele acreditava que cada trabalhador produzia apenas um terço daquilo que realmente poderia produzir. Assim Taylor desenvolveu um sistema de organização e divisão de tarefas dentro de uma empresa ,sendo que o planejamento, a verificação do trabalho, o conhecimento do processo produtivo e as ações corretivas só poderiam ser executadas pela administração, que também seria o fiscal do tempo destinado a cada etapa da produção a fim de obter o máximo de rendimento e eficiência com o mínimo de tempo e atividade, devendo o empregado exercer sua tarefa no menor tempo possível durante o processo produtivo, de forma resumida esse sistema visava à racionalização extrema da produção e, consequentemente, à maximização da produção e do lucro.
“Desta maneira, ele contribui para a desumanização do processo de trabalho, transformando homens em máquinas, afastando-se profundamente da lógica de otimização da organização produtiva. Ampliou o abismo entre uma elite administrativa pensante e um proletariado "ignorante", reforçando a divisão social e técnica do processo produtivo, levando à degradação do trabalho” (KATZ, 1995).
Uma outra característica foi a padronização e a realização de atividades simples e repetitivas. Só que este modelo recebeu uma forte oposição dos sindicatos que acusava Taylor de exercer uma exploração desumana do empregado aumentando a intensidade do seu trabalho, com a automatização dos movimentos e retirando deles qualquer controle sobre seu próprio processo de trabalho. Taylor Também elaborou a famosa “Lei da fadiga”, segundo ele existe uma relação inversa entre uma carga erguida e o tempo em que esta mesma carga é suportada. Essa lei tem um caráter simplista, além de não levar em conta diferenças entre os indivíduos, ele com esta lei reduz a fadiga a um problema exclusivamente fisiológico, quando na verdade se trata de um fenômeno psicofisiológico.
Ainda no âmbito da engenharia, Frank(1868-1924) & Lilian Gilbreth ( 1878-1972) , casal que estudava junto com Taylor, aperfeiçoaram as ideias de Taylor, estudando maneiras de desempenhar tarefas eficientemente,nos seus estudos eles observaram que um pedreiro abaixava, pegava o tijolo, levantava e colocava no lugar devido. Para melhorar o tempo, eles colocaram algo na altura da cintura da pessoa, assim ela não precisaria se abaixar para pegar o tijolo, além de produzir mais em menos tempo, também contribuíram para que a fadiga física fosse menor.
É nesse contexto que a Psicologia Organizacional (Industrial) começa a tomar impulso, inicialmente se resumia a utilização de teste psicológicos para a seleção dos profissionais, além da orientação vocacional que visava aumentar a produtividade fundamentado em testes e em estudos sobre condições de trabalho. Alguns estudos buscavam também medir o limite de esforço dos trabalhadores, para elaborar quotas de produção. Sobre este aspecto surge o primeiro livro de Psicologia Industrial : Psychology and industial efficiency, de Hugo Münsterberg, e apresentava o estudo da produtividade em função do esforço.
Em 1924, em Hawthorne, Chicago, a fábrica da Western Eletric Company,uma fabricante de equipamentos telefônicos,financiou uma pesquisa em suas instalações industriais, como parte de uma ampla assessoria para ajudá-la a sanar problemas comportamentais e de queda de produtividade. Assim o Sociólogo Georges Elton Mayo (1880-1949), teve a grande chance de liderar uma experiência sem igual. A experiência de Hawthorne, como ficou conhecida, tinha o objetivo de detectar a relação entre a intensidade da iluminação e a competência dos operários, medida por meio do ritmo de produção.
Segundo a sua tese, quanto maior fosse a iluminação maior seria a produtividade do trabalhador. Então para a pesquisa instalou lâmpadas com várias intensidades em diferentes salões onde estavam os equipamentos de trabalho. Em alguns salões a iluminação era intensa, enquanto em outros era reduzida até a penumbra. O objetivo era estudar a relação entre a eficiência do trabalho e a iluminação.
Mayo se surpreendeu com o resultado, pois foi constatado que a produtividade do trabalhador tinha muito pouco ou nada a ver com o grau de iluminação. A produtividade cresceu tanto com a iluminação intensa quanto com a penumbra, pior foi constatar que nos salões onde a iluminação permaneceu inalterada que e o desempenho também tinha aumentado. Por fim se constatou um efeito onde, o simples fato dos trabalhadores terem o conhecimento de que estavam participando de uma pesquisa, já melhoravam o desempenho. Esse efeito ficou conhecido como efeito Hawthorne. Essa pesquisa foi um marco na Psicologia Organizacional pois acabou sendo uma resposta ao Taylorismo. A ideia principal da chamada Teoria das Relações Humanas era que os fatores humanos influenciavam na linha de produção da empresa.
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