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A Psicologia Organizacional

Por:   •  13/6/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.821 Palavras (8 Páginas)  •  190 Visualizações

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Psicologia Organizacional

Profª. Denise

RH U

Grasielle Matos                  RA 7853348

Heliane Crepaldi                 RA 7854431

Jociara Pereira                 RA 7864270

Leila Aquino                         RA 7862852

Lílian Vitoriano                 RA 7869163

Mariana Angélica                 RA 7860331

Alcoolismo

O consultor Jefferson Lima, de 44 anos, é dependente de álcool. Durante vários anos, bebia dentro e fora do trabalho. Começou nas baladas com os amigos e, anos depois, desenvolveu até uma estratégia para driblar os chefes. Quando cometia algum deslize, passava uns tempos sem colocar uma gota de bebida na boca. Com isso, achava que tinha controle da situação.

Quando se sentia seguro de novo, voltava a beber. Com o tempo, os altos e baixos tornavam a situação insuportável. Então, Lima mudava de emprego. Nesse ritmo, passou por três empregos em quatro anos. Até que foi parar na Embraer, em São José dos Campos, sua cidade natal.

Lá, o enredo, pelo menos no início, foi o mesmo. Certa vez, seu chefe direto o escondeu no banheiro para que ninguém o visse embriagado. "Vivia isolado da equipe e meu humor era inconstante", diz. Até que, durante uma discussão com um colega, Lima, alcoolizado, o ameaçou de morte. O caso foi parar na diretoria e Lima, encaminhado para um tratamento. Ele não está sozinho. Segundo Luis Ricardo Botelho, presidente da agência de medicina Corplus, de São Paulo, em média 1% da população corporativa consome regularmente algum tipo de droga. No entanto, no último ano a situação piorou. "Hoje, há empresas em que 5% dos funcionários são dependentes", afirma Botelho. É bastante: são 50 pessoas numa empresa de 1.000 funcionários.

A história de Lima é apenas um exemplo de como alguns profissionais têm tido dificuldades em driblar a pressão à sua volta. Cobrados por resultados, estressados com excesso de trabalho, inseguros em relação ao futuro e às mudanças, muitos acabam apelando para as drogas. Qualquer fórmula que, em tese, prometa algum alívio acaba sendo bem-vinda. E o mais surpreendente é que esse pessoal se agarra ao trabalho não como estratégia de carreira ou desenvolvimento profissional, mas para sustentar o vício. Prova disso é que, segundo Botelho, sete de cada dez americanos que usam drogas estão no mercado de trabalho. "A maior parte dos dependentes brasileiros também está trabalhando", diz o médico Sergio Nicastri, coordenador do Programa Álcool e Drogas, do Hospital Albert Einstein, de São Paulo.

Quando encontram ajuda na empresa, os dependentes obtêm, em geral, tratamento médico, suporte psicólogo e atenção permanente. Jefferson Lima, o consultor citado no início desta reportagem, faz parte desse grupo. Aceitou fazer o tratamento sugerido e pago pela Embraer. Ficou internado durante um mês e recebeu pós-tratamento por mais seis meses. Depois disso, parou de faltar ao trabalho e virou um exemplo na companhia, ajudando outros dependentes. Atualmente auxilia empresas a desenvolver programas de prevenção e tratamento contra drogas. Ou seja, ele está ganhando dinheiro com a doença que quase o derrubou. "Dei a volta por cima e a Embraer me ajudou”, diz Lima.

Os programas contra drogas, alcoolismo e tabagismo estão se tornando comuns nas corporações. A Embraer foi uma das pioneiras ao lançar seu programa em 1984. "Pelo menos 6% dos nossos funcionários eram dependentes, principalmente de álcool", diz João Bosco dos Santos, gerente de administração de pessoal e benefícios da Embraer. Psicólogos, psiquiatras, assistentes sociais e médicos fazem parte da equipe que tem a responsabilidade de apoiar os gestores e os parentes do dependente. O programa é confidencial -- e a empresa espera que o problema não evolua.

Todos os dias, 30% dos 12.000 funcionários são sorteados para fazer exames toxicológicos. "Não há qualquer aspecto punitivo", afirma o diretor de recursos humanos da Embraer, Júlio Franco. Tanto que, não raro, depois do tratamento, o dependente pode ocupar um cargo de liderança dentro da empresa. O programa, que é extensivo à família dos funcionários, custa 150 000 dólares por ano para a Embraer e hoje apenas 1% dos seus trabalhadores têm problemas com drogas.

De qualquer forma, o resultado dos programas de reabilitação costuma ser positivo para os dois lados. Profissionais recuperados se tornam gratos aos seus empregadores para o resto da vida. As faltas diminuem, a produtividade aumenta, a equipe fica mais unida. "E a empresa acaba revertendo tudo isso em dinheiro", diz Myrtes Matos, consultora de recursos humanos da Embratel, empresa que também tem um programa de prevenção e tratamento contra drogas para os funcionários. Trata-se, portanto, de uma estratégia ganha-ganha.

Stress

Nas análises das relações entre trabalho e saúde, quanto mais se procura compreender o universo complexo do trabalho, mais ganham destaque as questões relacionadas à saúde mental. No caso dos bancários, é senso comum que se trata de trabalho estressante, enlouquecedor ou qualquer outra expressão de uso corrente que possa traduzir a idéia de que trabalhar em Banco, particularmente no caixa, é possível fonte de distúrbios psíquicos. Neste trabalho, aborda-se a função de caixa bancário em suas relações com o sofrimento psíquico dos trabalhadores em agências bancárias, na cidade do Rio de Janeiro. Em primeiro lugar, apresenta-se um quadro sinóptico de algumas das principais abordagens das relações entre trabalho e saúde mental, buscando-se situar o objeto deste estudo o sofrimento psíquico relacionado ao trabalho de grupos de trabalhadores. Em seguida, analisa-se especificamente a atividade de caixa de banco, caracterizando-se as situações de trabalho que se traduzem em situações de risco para a saúde mental. Examinar o trabalho de caixa com vistas a revelar situações de risco para a saúde mental dos trabalhadores, foi um dos objetivos de um processo de investigação realizado de 1997 a 1999 (Rego, 1999). Os resultados desta pesquisa são apresentados aqui.

Nas teorias que tomam o estresse como categoria mediadora entre o trabalho e a saúde, há uma grande preocupação com a doença cardiovascular por um lado, e por outro com o esgotamento e o "burnout" que são manifestações psicopatológicas diretamente vinculadas ao estresse. É importante ressaltar que o estresse em si não é patológico. É uma reação natural do organismo humano quando colocado diante de alguma situação de ameaça. Dentre os diversos modelos teóricos que assumem esta linha interpretativa, o de Karasek (Jones & Fletcher, 1996) centra-se no par demandas latitude de decisão. Situações de trabalho onde exista grande demanda e estreita latitude de decisão, levam ao esgotamento dos trabalhadores. Ao contrário, condições com alto nível de demandas, porém oferecendo aos trabalhadores ampla latitude de decisão, induzem menores taxas de esgotamento. O suporte social media essa relação, por exemplo; a coesão da equipe, que representa um forte fator de proteção à saúde dos trabalhadores.

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