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A Pós-modernidade O caso Nietzsche

Por:   •  19/8/2019  •  Resenha  •  423 Palavras (2 Páginas)  •  107 Visualizações

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Acadêmico: Gabriel Fernandes Luciano

A pós-modernidade – O caso Nietzsche

O autor, Luc Ferry, neste capítulo dá início as suas indagações filosóficas fazendo um adendo a respeito da crítica dos filósofos pós-modernos ao humanismo moderno e seus precursores. Conforme visto nos capítulos anteriores, o humanismo rompeu com as grandes cosmologias da Antiguidade e foi pioneiro na crítica à religião. Entretanto, suas ideias ficaram obsoletas, e assim como fizeram com o cosmos, serão alvos de críticas dos pós-modernos, que atacarão dois principais postulados dos Modernos: aquela que o ser humano seria o centro do mundo, e aquela em que a razão é tratada como um formidável poder libertador.

Ainda segundo o mesmo, o grande porta-voz dos ideais pós-modernos será o filósofo Nietzsche, que tecerá duras críticas ao humanismo e ao racionalismo.

O texto ressalta que o humanismo não chegou a acabar com as bases de sustentação dos dogmas religiosos. A ciência moderna somente enfraqueceu as bases da autoridade religiosa, o que realmente foi destruído quase que em sua totalidade, foram as cosmologias. Por isso, Nietzsche diz que os humanistas iluministas não são verdadeiramente ateus ou materialistas, pois ainda insistem em acreditar que alguns valores são superiores à vida. Para ele, o progresso da ciência e das técnicas iria proporcionar um futuro melhor, em decorrência de uma humanidade sem ídolos.

Além de tecer críticas ao humanismo, também faz o mesmo com o estado democrático, que se intitula laico, quando na verdade trata-se de uma ilusão religiosa. Para o filósofo pós-moderno, trata-se apenas de uma organização política degenerada. Assim, os pensadores pós-modernos vão se dedicar a desconstruir as ilusões que embalaram o humanismo clássico.

Seguindo no capítulo, Ferry explica a necessidade de compreender os conceitos centrais propostos por Nietzsche, começando pelo “niilismo”. Nietzsche considera que todos os ideais, religiosos ou não, partem de uma estrutura teológica, que cultiva valores transcendentes à vida. Para ele, a construção desses ideais possui interesses escusos que negam o verdadeiro real em nome de um ideal. Essa é a tese central do pensamento nietzschiano, de que essa ficção de pretensos ideais e utopias é prejudicial à sociedade, e que não há transcendência alguma na vida, a realidade é imanente.

Portanto, compreende-se no capítulo 5 do livro Aprender a viver, de Luc Ferry, a extensa citação que o autor faz sobre o trabalho de Nietzsche e o pensamento nietzschiano. Aborda os ideais pós-modernos de um importante filósofo da época, que confronta os preceitos humanistas da Modernidade, concluindo sua tese de que a realidade é imanente na medida em que segue os ideais niilistas de negação de quaisquer valores.

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