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A Teoria Clássica

Por:   •  17/8/2020  •  Ensaio  •  942 Palavras (4 Páginas)  •  102 Visualizações

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No período da revolução industrial, o crescimento econômico se deu a partir da

exploração de mão-de-obra, das condições inadequadas de trabalho, através do “custo

social”. Os princípios da administração científica se aplicam à padronização das tarefas,

onde o operário acompanha a máquina, realizando tarefas repetitivas e limitadas.

Taylor, através da administração científica substitui o sistema tradicional por estruturas

burocráticas, chave para a funcionalidade e eficiência do processo produtivo.

Por meio do pensamento da Escola Clássica, para ser um bom administrador,

as ações deverão ser planejadas, organizadas e controladas racionalmente. Fayol

contribuiu para a divisão das funções de planejar, organizar, coordenar, comandar e

controlar. (MOTTA; VASCONCELOS, 2006).

Para Braverman (1998), essa capacidade de pensar o trabalho, planejar e

executá-lo ou poder transmiti-lo por meio da linguagem é o substrato do sistema

capitalista, possibilitando a divisão do trabalho. Pois esta divisão hierarquiza o

trabalho coletivo, determinando relações particulares de trabalho, especializando o

trabalhador em uma única atividade. Esta especialização aumenta as suas

habilidades e, incide sobre a sua produtividade. Contudo, para o trabalhador, esta

divisão se torna negativa, tendo em vista que este perde a noção do trabalho como

um todo, fazendo uma atividade rotineira e repetitiva, o que reduz sua capacidade

criativa e aliena-o do trabalho.

Assim, o papel da força de trabalho no sistema capitalista é concebido

enquanto um meio de produzir riquezas, por meio da exploração do trabalhador, o

qual obedece ao ritmo de produção capitalista. Nesse trabalho, o valor se determina

pelo tempo de trabalho socialmente necessário para que seja possível produzir a

mercadoria. A esse respeito, uma grande quantidade de trabalhadores passa a

produzir para fortalecer o capitalismo.

Buscando aperfeiçoar o sistema capitalista e aumentar as taxas de lucros, as

ideias de Taylor foram incorporadas ao processo de trabalho pautado no controle e

na diminuição de gastos de tempo, material e recursos humanos. Frederick Taylor foi

responsável por desenvolver a Teoria da Administração Científica. Este se preocupou

em aumentar a eficiência da indústria através da racionalização do trabalho.

Henry Ford foi discípulo de Taylor, sendo suas ideias aplicadas, na atualidade,

em muitas organizações. “Taylor elevou o conceito de controle a um plano

inteiramente novo quando asseverou como uma necessidade absoluta para gerência

adequada a imposição ao trabalhador da maneira rigorosa pela qual o trabalho deve

ser executado” (BRAVERMAN,1998, p. 86).

Na cadeia Taylorista, gerir tem como função organizar o trabalho e os métodos,

“[...] não apenas no sentido formal, mas pelo controle e fixação de cada fase do

processo, inclusive no seu modo de execução” (BRAVERMAN, 1998, p. 94). Tal

gerência nominada de científica pauta-se em três princípios construídos por Taylor.

O primeiro nominado de dissociação do processo de trabalho das

especialidades dos trabalhadores, afirma que o processo do trabalho independe do

ofício, tradição ou conhecimento, dependendo das políticas gerenciais.

O segundo princípio está associado à separação do trabalho intelectual do

trabalho manual “[...] este poderia ser chamado o princípio da separação da

concepção e da execução do trabalho” (BRAVERMAN, 1998, p. 104).

O terceiro princípio é representado pelo monopólio do conhecimento para

controlar cada fase do processo de trabalho e o seu modo de execução.

[...] o elemento essencial seria o pré-planejamento e o pré-cálculo de todos

os elementos do processo de trabalho, que já não existe como processo na

imaginação do trabalhador, mas tão somente como um processo na mente

de uma equipe especial de gerência (BRAVERMAN, 1998, p. 108).

Dentre os princípios baseados nas ideias de Taylor (1982), destacam-se:

1. Estudo de Tempos e Movimentos (Motion-Time Study) – análise do trabalho,

divisão e subdivisão dos movimentos necessários à execução de uma tarefa.

2. Divisão do trabalho e especialização – estrutura as operações industriais,

onde cada operário se especializa em uma única tarefa. A ideia básica é que a

eficiência aumenta com a especialização.

3. Desenho de cargos e tarefas

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