A Teoria da administração Pública
Por: Leandro Costa • 3/9/2023 • Trabalho acadêmico • 1.273 Palavras (6 Páginas) • 107 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE(UFF)
Curso de Administração Pública
Disciplina: Teoria da administração Pública
Nome do Aluno: Leandro Costa Pereira Fernandes
Polo: Belford Roxo
Matrícula: 21213110056
AD1
1- O patrimonialismo é um modelo de administração pública que possui origens históricas profundas e está associado a uma forma de dominação de poder que permeia as relações entre o Estado, seus agentes e a sociedade. Essa abordagem administrativa baseia-se em uma estrutura de poder onde o governante ou o líder político detém o controle absoluto sobre os recursos públicos, agindo como se esses recursos fossem de sua propriedade pessoal. O termo "patrimonialismo" deriva de "patrimônio", e o sistema é caracterizado pela instrumentalização dos recursos e bens do Estado para benefício pessoal ou para favorecer grupos próximos ao governante.
No contexto do modelo patrimonialista de administração pública, a dominação de poder é uma característica central. O líder governante ou a elite no poder detém um controle autoritário e pessoal sobre as instituições estatais, o que lhes permite tomar decisões arbitrárias, sem considerar as normas ou leis estabelecidas. Esse poder discricionário é usado para consolidar a lealdade dos seus seguidores, estabelecendo relações de clientelismo e nepotismo. O acesso a recursos, cargos públicos e benefícios é concedido em troca de apoio político, criando uma rede de relações hierárquicas de dependência em que o líder central mantém o controle.
O texto explora como o patrimonialismo afeta a vida dos cidadãos e como eles percebem essa dinâmica em sua comunidade. Nesse contexto, é provável que os cidadãos observem o uso inadequado dos recursos públicos em benefício próprio por parte dos líderes locais ou agentes do governo, em vez de serem utilizados para o bem comum. Eles podem sentir que são reféns de um sistema em que o acesso a serviços, benefícios e oportunidades depende de conexões políticas e relações de clientelismo, em vez de serem tratados como cidadãos com direitos iguais.
O patrimonialismo cria um ambiente em que a transparência, a imparcialidade e a accountability são frequentemente comprometidas, minando a confiança nas instituições estatais. Os cidadãos podem sentir que não têm voz na tomada de decisões e que suas necessidades e interesses não são priorizados pelo governo. Essa percepção pode levar a sentimentos de frustração, alienação e descrença nas instituições democráticas.
Em resumo, o patrimonialismo como modelo de administração pública está associado a uma dominação de poder caracterizada pelo controle autoritário dos recursos públicos por líderes políticos. Essa dinâmica cria relações de clientelismo, nepotismo e dependência, onde o bem-estar da sociedade é subordinado aos interesses pessoais da elite no poder. A compreensão desse fenômeno pode ajudar a identificar os desafios enfrentados pelas comunidades afetadas e a buscar alternativas mais transparentes, justas e participativas para a administração pública.
2- A dicotomia entre mérito e favor é uma questão central no contexto da compreensão do patrimonialismo. Ela se refere à forma como os recursos, benefícios e oportunidades são distribuídos em uma sociedade sob a influência do modelo patrimonialista de administração pública. Essa dicotomia é especialmente evidente em sistemas onde o acesso a esses recursos é baseado não em mérito, competência ou igualdade, mas sim em relações pessoais, conexões políticas e favores concedidos por aqueles que detêm o poder.
O texto aborda essa dicotomia ao explorar como os cidadãos percebem a distribuição de recursos e benefícios em sua comunidade. No contexto do patrimonialismo, a alocação de recursos muitas vezes não é feita com base em mérito, ou seja, na competência, habilidades ou realizações individuais, mas sim por meio de favores pessoais concedidos por aqueles no poder.
No modelo patrimonialista, os líderes governantes têm o poder discricionário de escolher quem receberá os benefícios e recursos públicos. Isso pode levar a um sistema em que as pessoas são recompensadas não por suas qualificações ou esforços, mas sim por sua lealdade política, conexões ou relações pessoais com os detentores do poder. Isso cria uma situação em que o mérito é frequentemente negligenciado em favor de relações de patronagem e clientelismo.
A dicotomia mérito versus favor pode ser observada quando os cidadãos percebem que, para obter serviços públicos, empregos ou oportunidades, eles precisam recorrer a contatos políticos ou favores pessoais, em vez de serem avaliados com base em suas capacidades e qualificações. Isso pode gerar uma sensação de injustiça e desigualdade, além de minar a confiança na administração pública e nas instituições democráticas.
Em um sistema baseado no mérito, os indivíduos são recompensados com base em suas habilidades e realizações, promovendo a igualdade de oportunidades e a eficiência na alocação de recursos. No entanto, o patrimonialismo cria um cenário em que o acesso a recursos e benefícios é determinado por quem você conhece e pelas relações pessoais que você possui.
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