A Teoria das Organizações
Por: manoelricardo • 7/5/2017 • Resenha • 598 Palavras (3 Páginas) • 205 Visualizações
RESENHA – Teoria das Organizações
Tema – Organizações em Ambientes Dinâmicos (inovação e tecnologia)
A Sociedade em Rede – Manuel Castells (1999)
Concorrência Schumpeteriana – Mário Possas (2013)
Comportamento de firmas industriais em fluxos de conhecimento: uma análise para dois aglomerados produtivos – Ruffoni. J. & Suzigan, W., 2015
Em “A Rede e o Ser”, Prólogo do livro “A Sociedade em Rede” de Manuel Castells (1999), o autor faz uma contundente crítica às características contemporâneas da economia mundial, cuja dinâmica é possível devido ao avanço da tecnologia de informação (presentes no processo de produção e comercialização), que tornam as relações mercadológicas cada vez mais interdependentes, mas que “conectam e desconectam indivíduos, grupos […] até mesmo países, de acordo com sua pertinência na realização dos objetivos processados na rede, em um fluxo contínuo de decisões estratégicas”. As sociedades estão cada vez mais estruturadas em uma oposição bipolar entre a Rede e o Ser (apud Castells, 1999, p. 23).
Busca fundamentar sua análise centrada no chamado informacionalismo – nova base material, tecnológica, da atividade econômica e da organização social desenvolvido nas últimas décadas do século XX, no contexto da globalização capitalista. Ao longo da análise estabelece distinções e definições teóricas do capitalismo, estatismo – nos modos de produção e o industrialismo, informacionalismo – os modos de desenvolvimento.
De acordo como o autor, a tecnologia é uma ferramenta criada pela sociedade de acordo com sua cultura, suas circunstâncias em diferentes momentos e conforme sua relação com o Estado. Ressalva, entretanto, que ela também modifica a sociedade, seus costumes, ou seja, há uma interação mútua, que é sintetizada pela máxima “a tecnologia é a sociedade, e a sociedade não pode ser entendida ou representada sem suas ferramentas tecnológicas” (Bijker et al. apud Castells, 1999, p. 25).
Em Concorrência Schumpeteriana, Mário Possas (2013) analisa o entendimento sobre inovação elaborado por Schumpeter, como componente da concorrência empresarial, na busca incessante de lucros extraordinários através da obtenção de vantagens competitivas entre agentes do mercado (empresas), por meio da “diferenciação”, ou seja, por intermédio da diferenciação entre empresas no processo competitivo, seja tecnológico ou de mercado (processos produtivos, produtos, insumos, organização, mercados).
O autor destaca que o modelo Schumpeteriano de concorrência traduz de forma irrefutável a dinâmica de mercados internos e externos. Essa realidade dos mercados revela uma busca recorrente por agentes “criadores de preços” (“price-makers”) e não atomizados (“price-takers”) por lucros extraordinários mediante a evolucionária e incessante transformação qualitativa dos produtos e/ou serviços e dos próprios mercados no chamado processo de “destruição criativa” característica que deve ser inerente às empresas no capitalismo através da constante e incessante inovação empreendedora.
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