A Teoria das Organizações
Por: amandm • 17/10/2020 • Resenha • 897 Palavras (4 Páginas) • 168 Visualizações
Esta resenha baseia-se, no texto “A ascensão e queda da produção em massa” do livro “A máquina que mudou o mundo” de autoria de James P. Womack, Daniel T. Jones e Daniel Roos, publicado em 1990 que causou grande impacto no cenário automotivo mundial. Ele traz grande detalhamento sobre o estudo feito durante cinco anos nas principais indústrias automobilísticas globais europeias, norte-americanas e japonesas. Baseia-se também no texto “As organizações vistas como máquina” do livro “Imagens da organização” do autor Gareth Morgan.
O termo produção em massa é a expressão utilizada para denominar uma estratégia de produção para estoque, também conhecida pela expressão inglesa make-to-stock. A ideia é a empresa produzir o suficiente para ter sempre o produto em estoque e, dessa forma, diminuir o prazo de entrega aos clientes. Essa estratégia é mais viável para produtos padronizados com grandes volumes e previsões razoavelmente precisas, como ocorre nas montadoras de veículos, por exemplo.
A produção em massa, surgiu no início do século XX, quando o empreendedor estadunidense Henry Ford introduziu em suas fábricas as chamadas linhas de montagem combinando-a com a divisão do trabalho e a alta padronização para atingir grandes volumes de produção a baixos custos. As empresas que adotam essa estratégia em geral apresentam um ambiente estável e previsível. Por conta disso, costumam ter uma organização mais burocrática. Os trabalhadores geralmente executam tarefas bem definidas, repetitivas e possuem péssimas condições de trabalho. Quando uma empresa adota a produção em massa, é usualmente porque sua estratégia competitiva está focada na qualidade consistente e baixo custo.
O modo de fabricação em larga escala ficou conhecido como fordismo, método desenvolvido por Henry Ford com o intuito de acelerar a produção fornecendo novas estratégias para aprimorar desde o processo de montagem até a comercialização do produto. Dessa forma, é válido salientar que essa nova estratégia desenvolvida auxiliou no melhor aproveitamento do tempo e do ambiente nas indústrias, trazendo também a divisão de tarefas e a busca de especialização por meio dos operários que com isso realizavam um trabalho mais sólido e competente.
Por consequência, a participação dessas inovações possibilitou o crescimento tecnológico nas indústrias, onde esse momento foi palco do início da diversificação das máquinas, aumentando dessa forma o rendimento no ambiente industrial que resultou em um tipo mais complexo de organização para aquele determinado local. Podendo assim, ter uma maior rotatividade do produto e uma elevação nos lucros da empresa que aderiu ao método fordista, com isso trouxe reconhecimento global e um interesse maior no investimento de novos meios tecnológicos.
O autor Gareth Morgan, inicia o texto “As organizações vistas como máquina” com uma história de comparação entre o trabalhador artesanal de um senhor que irrigava a horta fazendo um esforço enorme e o trabalho mecanizado proposto por Tzu-gung. Este percebe o tamanho esforço que o senhor faz para poder irrigar a terra e propõe um método mecanizado e economicamente mais viável e produtivo, na qual poderia irrigar dezenas de sulcos por dia fazendo menos esforço. Mas o homem ressalva que o artesanato tem um brilho especial quando é feito pelas mãos e com o coração e fica muito orgulho de ver o resultado.
Pode-se perceber por esta história que o momento em que se passa é chamado de Revolução Industrial, onde ocorreram grandes mudanças como a invenção da máquina, fazendo com que os artesãos se comportassem como operários e a divisão do trabalho. Com isso, observa-se a gigantesca transformação que a sociedade daquela época havia passado, tudo foi transformado e apresentado para os trabalhadores que antes desempenhavam funções artesanais uma nova forma de trabalho automática e mecanizada.
Em busca do método perfeito para a produção em massa no setor automobilístico, Henry Ford percebeu que só conseguiria realizar tal feito através da intercambialidade ou padronização das peças e, consequentemente, da presença de uma “mão visível”, em contrapartida à teoria de Adam Smith. Dessa forma, passou a produzir em suas próprias fábricas todas as peças necessárias para a sua indústria transformando-a em um empreendimento global. Em contrapartida, diante da magnitude deste empreendimento, Ford enfrentou alguns problemas gerenciais pois não cedia às dificuldades de centralizar todas as decisões em suas mãos diferentemente de Alfred P. Sloan que revolucionou a indústria automobilística, no início da década 1920, investindo no marketing e na descentralização das decisões delegando mais autonomia às gerências especializadas.
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