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A definição de conhecimento e aprendizagem organizacional

Tese: A definição de conhecimento e aprendizagem organizacional. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  1/6/2014  •  Tese  •  1.797 Palavras (8 Páginas)  •  481 Visualizações

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Gestão do Conhecimento

Tema 1: Definindo o conhecimento e a aprendizagem organizacional

Ouvimos cada vez mais expressões como “a única constante hoje é a mudança” ou que “entramos na era do conhecimento”. O que essas frases querem dizer?

Na esfera das empresas, que existem imensos desafios pela frente: suportar a concorrência cada vez mais acirrada de outras empresas, prospectar novos mercados, buscar soluções para problemas novos, lidar com cenários que se modificam continuamente. Na esfera pessoal, significa, por exemplo, que precisamos aprender o tempo todo, e também que precisamos saber compartilhar o que aprendemos, porque, ao compartilhar, aprendemos ainda mais. Tal valorização do aprendizado é algo relativamente novo. Ao longo dos séculos, a sociedade evoluiu da era pastoril e agrícola para a era industrial. Nas últimas décadas, da era industrial para a era da informação. Desde então, o que produzimos de mais importante passou a ser intangível, não pode mais ser “tocado”.

Mas se no passado recente ter informações significava ter poder, hoje, acessar a informação está fácil demais, talvez a algumas “googladas” de distância. Por isso, o poder se deslocou de ter informação para o que fazer com a informação: o poder está nas mãos das pessoas e das empresas com conhecimento; entramos na era do conhecimento. Assim, precisamos saber como criar, disseminar e utilizar conhecimentos novos, o que facilita o desenvolvimento das empresas, das instituições de uma forma geral e do próprio país. Para nós, indivíduos, significa também elevar nossa capacidade criativa e pensante, significa exercer melhor a cidadania, ter mais recursos para enfrentar os desafios que estão por vir, tanto no terreno profissional quanto no pessoal.

TEXTO E CONTEXTO

Vivemos uma época de overdose de informações graças, em grande parte, à internet.

Diariamente, temos que domar uma avalanche de e-mails, filtrar notícias, consultar websites, ao mesmo tempo que aparecem novas ferramentas, como twitter, blogs, facebook e outras. Essas ferramentas trazem novas formas de interação e relacionamento entre as pessoas que ninguém poderia imaginar há menos de duas décadas.

Por outro lado, depois de horas na frente do computador podemos ter a sensação de que não aproveitamos tudo ou até de que perdemos tempo. Isso ocorre porque as tecnologias de comunicação lidam com dados e informações, e não exatamente com conhecimento, ou seja, nem sempre o que lemos, vemos ou ouvimos em telas de computador é significativo para nós. E quanto às empresas?

Estão imersas também em um ambiente turbulento, carregado de informações, contradições e paradoxos. As empresas necessitam evoluir e inovar, isto é, aprender e gerar conhecimentos novos, para suportar mudanças e a concorrência. Estudiosos da gestão de empresas debruçaram se sobre essas questões e deram início a um ramo novo de pesquisas, denominado Gestão do Conhecimento. A Gestão do Conhecimento existia antes nas empresas, talvez com o nome de gerenciamento de informações, mas era preciso dar mais foco e atenção ao conhecimento.

A área de Gestão do Conhecimento está relacionada a temas como gestão de pessoas, capital humano, gestão estratégica de informações, sistemas de informação, inovação, entre outros.

Uma definição para Gestão do Conhecimento, entre inúmeras possíveis, é a seguinte: “uma tentativa sistemática de criar, reunir, distribuir e usar conhecimentos” (DAVENPORT; PRUSAK, 1998).

Neste curso daremos especial atenção aos modelos de criação de conhecimento nas empresas, baseados nos estudos de Ikujiro Nonaka e Hirotaka Takeuchi, autores de uma importante teoria. A teoria está em nosso Livro-Texto, que foi aclamado no mundo inteiro como uma das publicações mais importantes dessa área, virou clássico em poucos anos e referência obrigatória nas empresas e universidades.

Em certa medida, falar de conhecimento é falar de inovação. Entende-se por inovação um conjunto amplo de intervenções, decisões e processos, com certo grau de intencionalidade e sistematização, que tratam de modificar atitudes, ideias, culturas, conteúdos, modelos e práticas (CARBONELL, 2002). Criatividade não tem o mesmo significado que inovação porque criatividade não gera diretamente novos produtos ou novos processos, mas sem criatividade não é possível inovar.

Nonaka e Takeuchi observaram que o conhecimento na empresa é criado pelos indivíduos, dos funcionários mais simples aos mais altos executivos. Notaram também que a experiência humana e certos tipos de conhecimento internalizados nas pessoas (na forma de experiências que ela viveu, mas não declara, por exemplo) são importantes na criação de conhecimentos novos para a empresa. Esses estudos nos ajudam a compreender como se dá o processo de criação do conhecimento em grandes organizações no mundo inteiro e como podemos criar uma cultura de inovação que traga benefícios a nossas empresas e à sociedade.

A empresa viva é aquela que aprende e se transforma com o que aprende.

Como dissemos antes, e você verá repetidas vezes, a empresa deve saber transformar informações (tanto aquelas que provêm do ambiente externo quanto do ambiente interno) em conhecimentos novos. Com isso, a empresa transforma a si mesma como se fosse um “organismo vivo”.

A transformação de dados e informações em conhecimento para a empresa ocorre, por exemplo, no aumento de “ativos”.

Vamos então esclarecer! Conhecimento nas pessoas é a utilização da informação e dos dados ajustada ao potencial que possuem, suas competências, ideias, intuições, compromissos e motivações. Conhecimento nas empresas está, por exemplo, na forma de ativos intangíveis. Ativos estão associados a bens de uma empresa, como estoques, caixa, equipamentos e prédios (ativos tangíveis), e também a bens não físicos (ativos intangíveis), como patentes, capacidade de inovação e até capacidade de aprendizado. Os ativos intangíveis formam o “capital intelectual” da empresa, que depende da capacidade de seus colaboradores de transformar informação em conhecimento.

Assim, o conhecimento organizacional está ligado ao conhecimento dos colaboradores! Em uma empresa, a criação do conhecimento novo se dá, por exemplo, por meio de projetos inovadores. A grande questão nesse sentido é: como aumentar essa capacidade, tipicamente empreendedora, no contexto da globalização, das mudanças tecnológicas e do conhecimento? Esse é, justamente, o ponto principal da nossa discussão. Mas,

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