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A importância e a dificuldade no planejamento na vida cotidiana

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Por:   •  17/9/2014  •  Artigo  •  1.947 Palavras (8 Páginas)  •  347 Visualizações

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Atualmente, com tantas informações ao nosso dispor, parece que estamos, de algum modo, atrasados ou perdendo tempo e isso talvez decorra, um pouco, pela falta de um listar de tarefas. A tal falta de planejar afeta nossa vida como um todo, deixamos de fazer certas atividades e ainda ficamos com a impressão da perda de tempo. No Brasil, somos deficientes em educação básica e educação financeira então, nem se fala, o que talvez pudesse ajudar muito e a todos. A grande maioria não planeja seu dia, seu número de filhos, a educação desses filhos, muito menos a carreira profissional, enfim, a vida. Como esperar que se lide com imprevistos financeiros, perda de emprego ou compra de um produto fora do orçamento no final das contas, quando alguém não honra seus compromissos com relação a dinheiro irá deixar outro com essa defasagem.

Exemplo disso são os pequenos comerciantes da chamada “cadernetinha”, muitos fecharam as portas por perderem clientes de anos. O sujeito presta o serviço, deixa de receber por ele, consequentemente não realizará outro investimento desse mínimo capital e por aí vai, causando prejuízos a toda uma sociedade, deixa-se de gerar riqueza e acaba muitas vezes desestimulando os demais. O planejamento financeiro se faz necessário desde o cidadão com menos renda até os grandes empresários.

Para a maioria das pessoas, esta é uma pergunta que poderia ser uma resposta também: Porque é tão difícil planejar? E mais, quando e como aprenderemos?

No dicionário: planejamento é uma ferramenta administrativa que possibilita perceber a realidade, avaliar os caminhos, construir um referencial futuro, estruturando o trâmite adequado e reavaliar todo o processo a que o planejamento se destina. Sendo, portanto, o lado racional da ação. Tratando-se de um processo de deliberação abstrato e explícito que escolhe e organiza ações, antecipando os resultados esperados. Esta deliberação busca alcançar, da melhor forma possível, alguns objetivos pré-definidos.

Nas empresas brasileiras o índice de mortalidade das micro e pequenas empresas, nos primeiros anos de vida, segundo pesquisa, atinge os percentuais de 70% e estudos revelam que a falta de planejamento aparece em primeiro lugar como a principal causa para o insucesso.

O Brasil sempre teve problemas com obras e serviços advindos de mal planejamento, agora isso ficou escancarado para quem quiser ver. Tivemos sete anos para nos preparar para a Copa do Mundo e Olímpiadas e o que estamos vendo é a cultura do improviso, do tal “jeitinho brasileiro” e isso ocorre na maioria da obras públicas.

No que diz respeito às famílias brasileiras, uma boa parcela está endividada, graças ao descontrole nas compras, principalmente com cartões de crédito.

A dificuldade em planejar parece estar relacionada com o pensar e as pessoas talvez não gostam de pensar, preferem logo o agir, são movidas pela emoção e urgência dos fatos resultando em ações sem planejamento e conseqüências impensadas

Já imaginaram construir um arranha-céu com os detalhes todos guardados na memória? O tamanho exato de cada degrau de cada escada, a altura exata de cada pé direito, de cada porta, janela, largura dos corredores, elevadores, tubulações de água, energia elétrica, gás, telefone, internet, TV, ar condicionado, detalhes de acabamento de cada ambiente, etc, etc.

Para isto existe o projeto onde se detalha cada item e se evita esquecimentos graves capazes de comprometer a própria realização da obra. Esta é a verdadeira dimensão da necessidade de planejamento para qualquer outro tipo de obra de qualquer área e não é por acaso que vive-se ouvindo expressões do tipo: Projeto Cultural, Projeto Social, Projeto Educacional, Projeto Político, Projeto de Vida…

Planejar não significa apenas buscar o registro dos detalhes para evitar esquecimentos. Ë bem mais do que isso. Planejar é ordenar as ações. É estabelecer o passo-a-passo de maneira a se ter uma seqüência lógica na realização de qualquer trabalho. Apesar de, até aqui, termos apenas arranhado o conceito pleno de Planejamento, já se pode perceber a inexorável necessidade de fazê-lo por escrito e o mais completo possível.

Não é difícil entender que cada minuto consumido na elaboração minuciosa de qualquer projeto é capaz de economizar horas, dias, semanas, anos na fase de sua implementação. Um bom planejamento consegue minimizar todos os tipos de perdas de tempo, de espaço, de dinheiro. O tempo que se “perde” planejando é reconquistado com juros e correção monetária no momento de se dar a partida para a construção da idéia.

A importância do Planejamento é tal que, se não for feito, melhor será nem começar a realizar qualquer sonho. Melhor mantê-lo como sonho do que teimar e transformá-lo num pesadelo. Afinal de contas, na verdade, planejar acaba ficando mais barato do que improvisar compulsivamente.

Planejar é algo de tamanha importância que em todos os governos do mundo, independente dos diferentes tipos de regime, um dos principais ministérios é o dito cujo do Ministério do Planejamento. Planejar é antecipar soluções, é evitar problemas, é otimizar investimentos e é a melhor forma de utilizar os melhores e mais seguros caminhos e atalhos para o sucesso.

Talvez a tarefa mais difícil do dia-a-dia seja a de decidir, o processo de decisão é solitário e por vezes doloroso, por vezes uma tarefa árdua, mas não se pode, e nem se deve, desestimular nem postergar o planejamento.

“A falta de planejamento é um problema recorrente e cultural no Brasil. Não estamos acostumados a planejar, no sentido exato da palavra, as nossas atividades. É muito comum observar grandes projetos que usualmente apresentam atrasos na sua entrega por ausência de um cronograma bem estruturado e, principalmente, de um orçamento bem definido. Como consequência, citando o exemplo das obras para a Copa do Mundo e Olimpíadas, temos estádios, aeroportos, estradas e, principalmente, a desconfiança do investidor internacional abalados. O grande prejudicado é o cidadão, dada a baixa qualidade da entrega das obras e da melhoria da qualidade de vida outrora prometida.”

“...planejado há mais de dois mil anos os sistemas de esgoto, de abastecimento de água, de escoamento das chuvas, do império romano, servem até hoje.”

(Em entrevista ao Instituto Millenium, Hugo Ferreira Braga Tadeu, professor do Núcleo de Inovação e Empreendedorismo da Fundação Dom Cabral, analisa o andamento das obras públicas no Brasil)

Aliás, há mais de 150 anos, quando recém se criavam os primeiros automóveis, o prefeito Haussmann planejou Paris com esgotos, águas, estações de trem e grandes avenidas que servem com folga até hoje.

Já a

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