A INFLUÊNCIA DO DESENHO INDUSTRIAL NA VIDA COTIDIANA
Seminário: A INFLUÊNCIA DO DESENHO INDUSTRIAL NA VIDA COTIDIANA. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: karolinny123684 • 23/9/2013 • Seminário • 980 Palavras (4 Páginas) • 446 Visualizações
A INFLUÊNCIA DO DESENHO INDUSTRIAL NA VIDA COTIDIANA
A Escola de Bauhaus
Mais do que uma escola que revolucionou o ensino da arte, do design e da arquitetura, Bauhaus foi um movimento de transformações no campo da arte e da arquitetura que marcou o século XX.
Fundada na Alemanha em 1919, sob a direção do arquiteto Walter Gropius e artistas de vanguarda como Oskar Schlemmer, Paul Klee, Wassili Kandinski, Josef Albers, Johannes Itten, Lyonel Feininger e o arquiteto Mies Van der Rohe, foi responsável por fixar diretrizes estéticas que se difundiram em outros países do ocidente. A harmonia entre forma e função, sem detalhes decorativos supérfluos na arquitetura e nos objetos da vida cotidiana, era um princípio da nova era funcionalista.
Essa estética racionalista estava aliada à ideologia progressista de organizar o ambiente da vida social e torná-lo compatível com a realidade industrial, mas ia de encontro aos ideais da antiguidade clássica defendida pelos nazistas. A escola, por exercer forte influência sobre a sociedade local, com suas utopias sociais e idéias avançadas passou a incomodar os setores conservadores. Acusada também de propagar uma arte degenerada, foi perseguida, a Bauhaus passou por três diferentes cidades até o seu fechamento definitivo em 1933, quando o partido Nazista assumiu o poder.
A meta da Bauhaus era a arquitetura. "A arquitetura é a meta de toda a atividade criadora”, palavras de Walter Gropius, no primeiro manifesto redigido em 1919. Mas esta só aparece depois das artes plásticas, do design e do exercício do artesanato. Além de revolucionar a didática do ensino de arte e arquitetura, com o objetivo de preparar um profissional ligado aos fenômenos culturais e sociais mais expressivos do mundo moderno. Tinha uma proposta clara e inovadora de integração entre arte e sociedade, a criação de uma estética humanista do mundo moderno, com uma vontade mais ampla de adequar a sociedade à realidade tecnológica do século dominado pela revolução industrial. Enfim, ordenar do espaço moderno de convivência.
Bauhaus abriu o campo para o desenho industrial como: móveis, luminárias, pesquisas de tecido, artes gráficas. Definiu um estilo para seus produtos despidos de qualquer ornamento, que levasse em conta o lado prático e econômico, cujos protótipos saíam de suas oficinas para a execução em série na indústria. Os objetos produzidos pela indústria deveriam ser um misto de engenharia e arte, beleza e funcionalidade, dentro do compromisso arte / sociedade, de convocar a participação do trabalho do artista para construir uma alternativa racional a fim de humanizar o novo ambiente comprometido com a máquina. Um sonho logo absorvido pela sociedade capitalista e transformado em dispositivo de acionar a competição e o consumo.
As duas principais ramificações do abstracionismo geométrico, a holandesa de Mondrian e o construtivismo russo de Tatlin, Malevitch e El Lissitzky, fundiram-se e foram incorporadas ao currículo da escola alemã. A Bauhaus é também responsável pela divulgação dessas linguagens e foi um momento representativo das ideologias construtivistas, na primeira metade do século XX.
Quando os soldados de Hitler fecharam as suas portas, grande parte de professores e alunos já haviam partido para outros países divulgando suas idéias até chegarem à América como os arquitetos Walter Gropius que lecionou em Harvard e Mies Van der Rohe um dos principais arquitetos da remodelação de Chicago. O ensino inovador da escola já havia se difundido nos principais centros de arte. A Bauhaus exerceu uma influência extraordinária sobre a arquitetura do século XX no mundo ocidental, um estilo marcante pelas linhas retas dos prédios, ambientes claros, espaços bem aproveitados e pela ausência de adornos. Estilo que chegou também ao Brasil através de ex-alunos da antiga escola, hoje esquecidos, como o alemão
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