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A organização e seu ambiente

Por:   •  22/6/2017  •  Artigo  •  2.463 Palavras (10 Páginas)  •  314 Visualizações

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Faculdade Presbiteriana Gammon

A Organização e Seu Ambiente: Teoria dos Custos de Transação

Waliston William de Souza

Julieder Dutra

Professor: Gustavo Clemente Valadares

1 INTRODUÇÃO

        A teoria da organização e a teoria da administração são conceitos proximamente relacionados, e um administrador deve entender os trabalhos da organização para ser eficaz nos seus papéis administrativos. O modo de pensar sobre as organizações é baseado em padrões e regularidades no projeto organizacional e no comportamento.

        Para Bizzi (2015), a teoria dos custos de transação vem sendo considerada a “nova ortodoxia” da teoria da firma e, seus pilares teóricos são constituídos pelos supostos atribuídos ao “homem contratual” de racionalidade limitada, oportunismo e busca da eficiência, que interage economicamente através de transações.

No ambiente organizacional, está tendo muitas mudanças, pois o mundo está se modificando rapidamente. Ao invés de administradores vamos necessitar de facilitadores, orientadores, instrutores e mentores.

Muitas forças diferentes fora e dentro da organização influenciam o desempenho administrativo. Essas forças são originadas no ambiente geral, ambiente das tarefas no ambiente interno das organizações.

O ambiente geral consiste em todos os fatores externos a uma organização. Esses fatores representam restrições dentro das quais todas as organizações negócios, sindicatos, universidades, etc. Os elementos do ambiente geral são tecnológicos, econômicos, políticos, legais, socioculturais e internacionais.

O ambiente das tarefas é constituído pelos seguintes elementos: Clientes, Competidores, Fornecedores, Reguladores.

Os elementos do ambiente interno da organização são os proprietários, empregados, administradores e o ambiente físico.

No ambiente global as organizações modernas são moldadas por componentes do seu ambiente. A estrutura organizacional é definida como um sistema de suporte de relacionamentos consistentes entre as várias posições dentro de uma organização.

2 REFERENCIAL TEÓRICO

        Esta seção apresenta alguns conceitos existentes na literatura sobre a teoria dos custos de transação bem como alguns conceitos e estudos feitos por alguns autores.

        Degani (2009) diz que a característica marcante que distingue a Nova Economia Institucional (NEI) de outros estudos de ciências econômicas é a insistência na ideia de que as transações raramente podem ser realizadas sem custos, tornando-se a análise neoclássica pouco adequada.

Degani (2009), ainda completa que os custos de transação surgem devido ao fato de os agentes não disporem de plena informação para tomarem decisões e, que nos modelos mais frequentemente utilizados pela economia neoclássica, adota-se o pressuposto da racionalidade plena, inexistindo custos de transação.

Degani (2009) define que os custos de transação, são aqueles com quais os agentes se defrontam toda vez que necessitam recorrer ao mercado, e estes custos, seriam, do modo mais formal, os custos de negociar, redigir e garantir que um contrato será cumprido.

Já para Bizzi (2015), a teoria dos custos de transação foi emergida nos estudos de Williamson (1973, 1979, 1985) e foram baseados nas publicações de Coase (1937) e pode ser definida como custos que os agentes enfrentam quando recorrem ao mercado para adquirir equipamentos, insumos, ou serviços, ou quando se estabelece uma interface com outro agente (Williamson, 1975).

        Para se entender melhor, Bizzi (2015) cita que se pode utilizar como exemplo de custos de transação os custos devidos a falhas na execução da transação como no caso de uma transação não acontecer da maneira desejada.

3 DESENVOLVIMENTO

        Na prática, segundo Willamson (1985), os custos de transação podem ser verificados quanto à diferença entre preços pretendidos pela organização (ex-ante) e os preços de mercado (ex-post) que, de modo simplificado, se há custos de transação de forma geral, o mercado produz de forma eficiente.

        Seguindo o pensamento de Williamson (1985), os custos de transação tornam evidente os aspectos da diferença entre os preços pretendidos que são internos à organização e os preços efetivamente praticados pelo mercado.

[pic 1]

FIGURA 1 – Custos ex-ante e ex-post Willliamson (1985)

        Para Coase (1937), os custos de transação derivam essencialmente da tentativa de aquisição das informações de mercado e, ainda pressupõe que tal processo é particular para cada organização, e da negociação e estabelecimento dos contratos, como por exemplo, custos de monitoramento das cláusulas acordadas.

        Falando ainda sobre custos de transação, Williamson (1975) ainda diz, que além dos custos ex-ante e ex-post, existem outros fatores que podem originar custos de transação como a racionalidade limitada, a incerteza, o comportamento oportunista e especificidade de ativos que podem ser verificados de acordo com a FIGURA 2.

[pic 2]

FIGURA 2 – Fatores que podem originar custos de transação, Williamson (1975).

        

Falando sobre os fatores que originam custos de transação, entende-se que racionalidade limitada quer dizer que os agentes agem racionalmente, mas se defrontam como limitações na hora de acessar ou processar informações e com isso gera um ambiente de incerteza e que esse ambiente, implica em mais espaço para atitudes oportunistas, aumentando assim, a necessidade de relação mais contratuais e assim elevando os custos de transação.

Tjalling Koopmans (1957), define que a incerteza primária é um tipo de contingente ao estado, advém de atos aleatórios da natureza e mudança imprevisíveis na preferência dos consumidores. Já a incerteza secundária surge na falta ou na falha de comunicação que é um tomador de decisão não ter certeza nem forma de encontrar decisões concorrentes ao plano feito pelos outros. A incerteza secundária é um tipo inocente ou não estratégico de incerteza Tjalling Koopmans (1957, apud Williamson, 1985).

Já o oportunismo para Williamson (1985), pode ser visto como um comportamento baseado na esperteza que na maioria das vezes abarca formas sutis de enganação, que podem ser tanto formas ativas como passivas e também formas ex-ante e ex-post.

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