AAnalise documentário; " The corporation"
Por: BA85 • 30/5/2017 • Relatório de pesquisa • 961 Palavras (4 Páginas) • 392 Visualizações
O filme apesar de ser em outra língua é compreensível a sua linguagem através de imagens e legenda, mostra o desenvolvimento dos negócios realizados pelas corporações nas sociedades contemporâneas, considerando-as como uma "pessoa" com direitos constitucionais e com funções públicas específicas. Com a construção de um direito comercial as corporações possuem a maioria dos direitos de uma pessoa, tornando-as aptas a todo tipo de ações e a violações da legislação ambiental e de direitos civis. Poucos de nós tínhamos percebido as conexões, as implicações, e o sofrimento real que a ação de inúmeras grandes empresas fizeram e têm feito em todos os cantos do mundo. E pior, como tornaram pessoas comuns cúmplices de dor, escravidão e eventualmente a morte de outras pessoas, em outros países, longe do olhar da população consumidora. As Corporações podem ser acusadas criminalmente e condenadas à pena de medidas corretivas, algo que seria impossível se a responsabilidade fosse a de indivíduos que não tem ativos suficientes para corrigir grandes violações.
1- Bens semipúblicos
As corporações geralmente não visavam lazer, bem estar e comodidade a sociedade ao não ser o retorno financeiro das atividades principais, essas atitudes despertaram as pessoas a lutarem por essas conquistas e retribuição a seu favor. Essa recente mudança de perfil em diversas empresas, apostando em atitudes a favor do meio ambiente e evitando explorações, pode aparentemente se tratar de uma maior conscientização sobre a sociedade como um todo, mas na verdade é mais um meio de obter lucro máximo. A partir do momento que parte dos consumidores se dispôs a protestar contra as corporações, e boicotar seus produtos, isto passou a manchar seu currículo. Para evitar isto, e recuperar o consumidor perdido, foi necessária uma mudança de postura. É o capitalismo, mais uma vez, se mexendo para manter-se de pé. Nada, além disto.
2- Externalidades
Quando compramos uma camisa, um par de tênis ou um automóvel, atos aparentemente banais para a vida de milhares e milhares de pessoas mundo afora não percebemos que podemos estar financiando a continuidade da exploração da mão de obra de pessoas que nada mais têm a oferecer para garantir sua sobrevivência senão sua mão-de-obra barata. E é justamente em busca de oportunidades de maximizar seus lucros e ganhar cada vez mais e mais dinheiro que grandes corporações multinacionais se estabelecem em países em desenvolvimento. Um dos mais assustadores temas do vídeo diz respeito à privatização da água em Cochabamba na Bolívia. Um terrível drama, que foi resolvido num processo de guerra civil em 2000, pelo povo boliviano. Parece ter sido um assunto de pouca repercussão no Brasil. A empresa envolvida foi uma das maiores da área de construção, a Bechtel Enterprises,. Resumidamente, a Bolívia foi aconselhada pelo Banco Mundial a privatizar a água. A Bechtel foi a empresa vitoriosa para o processo. Só que a água é um bem traiçoeiro, pode vir do céu, pela chuva. O governo privatizou também a água da chuva. Nenhuma água poderia chegar à população sem que a empresa ganhasse com isso. Naturalmente a população não aceitou isso com muita simpatia. E se iniciou um movimento de subversão que, no final de contas deu certo para o povo. Chegou-se a conclusão de que não percebemos mais a interferência frequente e diária dessas empresas em nossas vidas. Não apenas a partir dos produtos e serviços que elas nos oferecem, mas também a partir das “externalidades” que também são por elas legadas ao grande público. Entenda-se que esse conceito refere-se ao custo de suas operações que nos é transferido através da destruição do meio-ambiente, das guerras promovidas para suster seus rendimentos ou ainda pela fome e miséria causada entre os pobres trabalhadores do mundo não desenvolvido.
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