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ABORDAGEM SOBRE A PARTICIPAÇÃO DO COORDENADOR PEDAGÓGICO FRENTE À GESTÃO

Por:   •  16/9/2018  •  Trabalho acadêmico  •  4.701 Palavras (19 Páginas)  •  196 Visualizações

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UMA ABORDAGEM SOBRE A PARTICIPAÇÃO DO COORDENADOR PEDAGÓGICO FRENTE À GESTÃO DEMOCRÁTICA

CAMILA LARANJEIRA GRANJA[1]

MARIA JAQUELINE LOPES DOS SANTOS[2]

PRISCILA IRIS DE CASTRO[3]

THAISE LORENA ANTUNES SILVA[4]

RESUMO: O presente artigo busca através de o referencial teórico refletir sobre a atuação do Supervisor escolar, discutindo assim, alguma consideração sobre o percurso histórico e seu atual papel frente a gestão democrática.

PALAVRAS CHAVES: Supervisor Educacional: Coordenador Pedagógico; Gestão Democrática.

  1. INTRODUÇÃO

Esta pesquisa foi fruto de um trabalho interdisciplinar entre as disciplinas de Coordenação Pedagógica e Estágio Supervisionado III, do VII período do Curso de Pedagogia, da Universidade de Pernambuco, Campus Petrolina, com o tema; uma abordagem sobre a participação do coordenador pedagógico frente à gestão democrática, que permeou importantes estudos voltados à área pedagógica com a finalidade de compreender o papel do coordenador na gestão escolar.

O objetivo da pesquisa é apresentar os dados coletados através da observação, visando verificar se o seu papel é executado de acordo com as funções que lhes são inerentes. A priori tinha como pretensão do trabalho; conhecer as atividades e identificar as responsabilidades desenvolvidas pelo coordenador pedagógico no cotidiano escolar; bem como conhecer o envolvimento do mesmo na melhoria da aprendizagem do aluno.

Sendo assim, o objetivo geral desta pesquisa é analisar as funções do coordenador pedagógico visando o auxílio que este profissional pode proporcionar ao trabalho do professor em sua formação continuada e sua atuação em sala de aula, favorecendo o aprendizado do aluno. Ao apresentar e analisar fragmentos do cotidiano escolar de uma escola de Petrolina, busca-se: Diagnosticar o contexto histórico da função do coordenador pedagógico e suas implicações para a formação continuada de professores; identificar as funções do coordenador pedagógico com vistas às discussões nos horários de coordenação, e investigar estratégias que auxiliem o professor, na facilitação do aprendizado de seu aluno em sala de aula.

Esta pesquisa tem como problema a seguinte questão: Como o coordenador pedagógico pode ser um agente articulador dos processos de formação continuada do professor com vistas à facilitação do aprendizado do aluno?

Nossa hipótese inicial dá indícios de que o trabalho do coordenador pedagógico pode ser um facilitador no apoio ao professor, influenciando de forma positiva na organização pedagógica da escola e na formação dos professores.

Esse trabalho tratou-se, portanto de uma pesquisa de cunho qualitativa e de estudo de caso. A coleta de dados foi realizada por meio de observação participante e bibliográfica. Visando assim conhecer o desempenho deste profissional no processo de supervisão participativa e nas atividades didático-pedagógica com os professores.

Assim, partiu-se do pressuposto de que o Coordenador Pedagógico é o profissional que possua formação específica numa área de conhecimento e dedicasse a ela no seu trabalho, estando, nos embates do cotidiano e reconstruindo a sua prática de ação e reflexão. Ao fazer essa opção, esse profissional enfrentará o desafio de romper com a cultura escolar fragmentada e propor mudanças na cultura profissional, o que significa promover a emergência de novas relações entre os professores. Isso representa um desafio: faz emergir um novo modo de pensar e fazer a coordenação coletiva.

Durante as observações pesquisamos diversos textos sugeridos na disciplina sobre as várias etapas do processo de gestão, para entender melhor como nos portar frente a emersões de problemas, por isso, decorremos diante dos documentos com a finalidade de aprimorar a nossa qualidade profissional.

  1. UM OLHAR HISTÓRICO SOBRE A ORIGEM DA SUPERVISÃO EDUCACIONAL NO BRASIL

        Ao tratarmos da educação no Brasil, não podemos perder de vista que, inicialmente no período colonial ela chegou ao pais através dos jesuítas e a Companhia de Jesus com a missão de catequisar e converter a alma dos índios a fé cristã. Para Azevedo (1976) um dos principais objetivos da Companhia de Jesus era converter os pagãos e formar um exército de soldados da Igreja Católica capazes de combaterem a heresia.

O trabalho de catequização e conversão do gentio ao cristianismo, destinava-se à transformação do indígena em “homem civilizado”, de acordo com os padrões culturais e sociais dos países europeus do século XVI, o intuito seria formar uma nova sociedade. Segundo Teixeira Soares (1961) a Companhia de Jesus surgiu como “uma explosão de pensamento religioso transvertido ao campo das atividades práticas. Refazer o homem, infundir-lhe espírito novo, arqueia-lo em finalidade sociais e religiosas, foi a ação da Ordem. ”

        Nesse contexto, em 1599  foi adotado um plano de ensino pelos jesuítas, o Ratio Studiorum, esse se tratava de uma coletânea de regras e prescrições práticas e minuciosas a serem seguidas pelos  professores ou seja,  os padres e os jesuítas em suas aulas, ideia de supervisão educacional adotada nesse plano estava contida na figura do Prefeito de Estudos a ele era imposto o papel de ouvir e observar os professores, assistir suas aulas, observar os alunos e relatar ao reitor qualquer comportamento indevido dos professores. Para Saviani (1999) essa era a função de maior destaque dente as demais funções educativas.

Em 1759 houve a expulsão dos jesuítas pelo Marques de Pombal na reforma Pombalina, por consequência disso, também a extinção desse sistema de ensino junto com todos os cargos administrativos que nesse existia. Porém segundo Saviani (1999) a ideia de supervisão continuou presente nos aspectos políticos e administrativos da educação.

Para Teixeira Soares (1961), as reformas elaboradas pelo Marquês de Pombal, em seu mandato como Ministro, visavam a transformar e adaptar a sociedade portuguesa aos movimentos sociais, econômicos e políticos que estavam ocorrendo na Europa do século XVIII.

A primeira lei de educação do Brasil foi a lei de 15 de outubro de 1827 essa deu origem a educação elementar, pela qual determinava a criação das escolas de primeiras letras. Nesse deveria ser adotado o método de ensino multou, onde segundo Saviani (1999) o professor além de lecionar suas aulas também cabia a ele função de supervisão.

Nessa perspectiva, ao professor-supervisor era delegada a função de instruir os monitores e supervisionar as atividades de ensino e aprendizagem dos alunos. Já ao Inspetor Geral era dada a missão de supervisionava e fazer visitas corretivas em todas as escolas, colégios, casas de educação, realizando registros permanentes para confecção de relatórios a serem encaminhados aos órgãos centrais.

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