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ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA EMPRESARIAL: UMA NOVA VISÃO DO TRABALHADOR

Por:   •  17/5/2015  •  Trabalho acadêmico  •  5.455 Palavras (22 Páginas)  •  323 Visualizações

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ATPS Teorias da Administração[pic 1][pic 2]

Gabrielle Ribeiro de Paula

Paulo César Martins

Simone Lima Rodrigues

Sueli Barbosa da S.  Cavalcante

[pic 3]


ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA EMPRESARIAL: UMA NOVA VISÃO DO TRABALHADOR.

RESUMO

Administração é o ato de trabalhar com e através de pessoas para realizar os objetivos tanto da organização quanto de seus membros. Para isso é necessário que as empresas tenham estratégias para se destacar o mercado competitivo. Com base na evolução das Teorias Administrativas a na adequação das propostas aos novos problemas existentes no ambiente empresarial, abordaremos as principais tendências para a administração no futuro, onde as pessoas são o principal recurso organizacional.

Palavras-Chave: Competências; competitividade; conhecimento; gestão; administração.


  1. INTRODUÇÃO

Em um mercado onde a competitividade se acirra a cada dia, as empresas precisam inovar e criar alternativas viáveis para se sobressaírem a essa situação. Assim como no passado, onde foram criadas as teorias administrativas para sanar uma necessidade do momento, hoje temos que lidar com os novos problemas que acontecem a cada dia. Com isso, várias propostas surgem e evoluem em busca de um caminho onde se consiga aliar os interesses da empresa e do funcionário.

Desta forma, passamos a utilizar novos elementos que fazem parte da estratégia administrativa das novas empresas. Ressaltaremos então, a nova visão que a empresa tem do trabalhador que até então era visto apenas como um recurso para a o processo de produção e que passa a ser ferramenta principal no ambiente organizacional. Surgem dessas empresas, ideias que visam o aprimoramento do trabalho com base no conhecimento e na gestão do mesmo, onde o administrador é ponto crucial para que essa integração seja feita de forma a beneficiar ambas as partes.

  1. A MUDANÇA DE PERSPECTIVA
  1. Contexto Histórico

Para que possamos traçar o perfil dos novos modelos de gestão e estratégia empresarial, precisamos entender o contexto histórico que nos trouxe até aqui. A moderna teoria geral da administração que conhecemos hoje surgiu em resposta a duas consequências provocadas pela Revolução Industrial:

  •  Crescimento acelerado e desorganizado das empresas que passaram a exigir uma administração cientifica capaz de substituir o empirismo e a improvisação;
  • Necessidade de maior eficiência e produtividade das empresas, para fazer face à intensa concorrência e competição no mercado.

A passagem para o século XX marcou o início de um grande avanço para a administração, que foi estimulado pela expansão da Revolução Industrial no Novo Mundo, que criou uma nova realidade para as organizações. O crescimento das empresas industriais exigiu o desenvolvimento de métodos totalmente novos de administração, pois era necessário começar a se produzir em larga escala, principalmente nos países onde a produção de bens era um fato concreto e existia a urgência em organizar e controlar tal produção. O trabalhador era visto como um recurso deste processo de produção e as empresas, em suma, estavam focadas em otimizar seus rendimentos.

Não é preciso muita análise para percebermos que este cenário mudou muito no último século. Sofreu diversas transformações, as formas de administrar evoluíram e o trabalhador passou a ser visto como peça principal dentro da empresa e sua força de trabalho foi substituída pelo seu conhecimento, suas habilidades e competências no que diz respeito a vantagem competitiva.

2. 2.         O “novo pensar”

Em um mercado cada vez mais concorrente o sucesso nos negócios depende basicamente da qualidade do conhecimento que cada organização aplica nos seus processos coorporativo-empresariais. Assim, o desafio de utilizar do conhecimento residente na empresa, com o objetivo de criar vantagens competitivas, torna-se mais crucial. Mesmo sabendo que o conhecimento sempre esteve na base das mudanças civilizacionais, hoje, com a grande mobilidade das pessoas e dos saberes, torna-se ainda mais importante refletir sobre a aceleração contínua da sua utilização. Gradualmente o tecnicismo vem sendo esgotado, emergindo a sociedade da informação, onde o saber e o conhecimento são os recursos fundamentais de desenvolvimento organizacional.

A construção das competências é um processo em que a Prahalad e Hamel (1990) definem competências essenciais como “um aprendizado coletivo na organização, especialmente em como coordenar diversos tipos de produção e integrar múltiplas tecnologias”. Os autores enfatizam a competência como um resultado de um processo cumulativo de conhecimento e essencialmente dependente da tecnologia. Outros autores definem competência como a habilidade de coordenar taxas de forma a ajudar a organização a atingir os objetivos. Competência é um conjunto de tecnologias e habilidades, isto é, a capacidade de organizar, manusear e coordenar as atividades da organização. A aquisição de competências por mecanismos externos supre a flexibilidade que soluções internas não podem suprir facilmente. Conforme a exigência do mercado muda e novas competências e recursos são necessários, novas sociedades são adquiridas e, portanto, as velhas são abandonadas.

Nesse contexto também, surge o termo aprendizagem organizacional levantado como a grande bandeira das organizações do futuro, chegando a ser considerada por alguns autores, como Kiernan (1998), como a religião da organização do futuro. Ela pode ser definida como “a aquisição de conhecimentos, habilidades, valores, convicções e atitudes que acentuem a manutenção, o crescimento e o desenvolvimento da organização” (GUNS, 1998, p. 33). “Uma organização que aprende é uma organização habilitada na criação, na aquisição e na transferência de conhecimento e em modificar seu comportamento para refletir novos conhecimentos e percepções” (KIERNAN, 1998, p. 198).

A aprendizagem organizacional não é refletida apenas em resultados de desempenho positivos no curto prazo, mas principalmente na interpretação e entendimento profundo dos processos de ação, reflexão e disseminação. Toda ação da empresa implicará em resultados, que são analisados, interpretados e ligados às ações prévias.

O conhecimento movimenta-se nas organizações, sendo trocado, comprado, descoberto, criado e aplicado ao trabalho. A rapidez no aprendizado organizacional é uma vantagem competitiva importante em um ambiente dinâmico e de alta competitividade como a economia do conhecimento, logo, a eliminação das barreiras à aprendizagem é um fator chave para possibilitar o incremento da base de conhecimento das organizações.

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