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APOSTILA DE ADMINISTRAÇÃO DE SUPRIMENTOS 

Por:   •  26/5/2015  •  Artigo  •  15.534 Palavras (63 Páginas)  •  180 Visualizações

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APOSTILA DE ADMINISTRAÇÃO DE SUPRIMENTOS E LOGISTÍCA EMPRESARIAL

Prof. Esp. Alex Sander Lyra

SEMANA 1

A evolução da logística

O Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos surgiu, tendo em vista os ganhos adquiridos dentro dos sistemas de fabricação por meio da redução de tempo de processo, dos setups de ferramentas e dos estoques intermediários, o que acarretou uma mudança de layout do processo produtivo, com o intuito de agilizar o fluxo. Esses ganhos atingiram seus limites no processo produtivo, em função das ferramentas desenvolvidas: novos equipamentos e utilização de softwares de gerenciamento.

As empresas entenderam que esses ganhos só poderiam se expandir se levassem em consideração todos os participantes de sua cadeia de suprimentos: do cliente final, passando pelos processos de distribuição, pelos processos internos e por toda a cadeia de fornecedores (primeiro e segundo nível). A vantagem competitiva se estenderia por todos esses participantes da cadeia de suprimentos, que passaria a ser, então, a nova fronteira dos negócios. Isto é, a empresa não avaliaria mais sua competitividade apenas comparando seus resultados finais com aqueles obtidos por seus concorrentes no mesmo segmento; mas, sim, comparando a eficiência de cada parte da sua cadeia de suprimentos com a de seus concorrentes, com o objetivo de tornar-se mais competitiva em todo a sua estrutura de suprimentos.

Para entender melhor essa transição, teremos, primeiramente, de compreender a evolução da logística, que em determinado momento passa a englobar todas as operações de movimentação de materiais e, consequentemente, constituir-se na área de administração das estruturas da Cadeia de Suprimentos.

Um pouco de história

A logística originou-se no século XVIII, no reinado de Luiz XIV, em que o General de Lógis era o responsável pelo suprimento e pelo transporte do material bélico nas batalhas.

O processo logístico foi desenvolvido com a finalidade de abastecer, transportar e alojar tropas, fazendo com que os recursos certos estivessem disponíveis no local e na hora corretos. Esse sistema operacional permitia a realização das campanhas militares e contribuía para a vitória das tropas nos combates.

O primeiro general a usar o termo logística foi o general Von Claussen, de Frederico da Prússia, e o conceito de logística aplicado ao meio industrial, desenvolvido pela inteligência americana, a CIA, juntamente com professores de Harvard, para a Segunda Guerra Mundial, considerando a distância entre o conflito e o território americano. Em meados de 1950, a logística surge como matéria na Universidade Harvard, nas cadeiras de Engenharia e Administração de Empresas.

A partir do momento em que os militares começaram a perceber o poder estratégico que o sistema logístico possuía, deu-se mais atenção ao serviço de apoio prestado pelas equipes no sentido de deslocamento de munição, de víveres (alimentos, água etc.) e na prestação de socorro médico nas batalhas. Consequentemente, despertou-se o interesse em estudos nessa área, que evoluiu após os resultados obtidos na Segunda Guerra Mundial em relação ao sistema logístico utilizados pelos militares.

A idéia da logística ocorreu na década de 1950, no momento em que as empresas se estruturaram em departamentos de Compras, Administração de Materiais, Armazenagem, Transporte, Serviço ao Cliente e Marketing etc., cada qual com suas atividades específicas.

A partir da década de 60 e durante a década de 70, os antigos departamentos começam a sefundir, buscando otimizar suas atividades. O que antes era distribuído fisicamente em duas áreas (Administração de Materiais, Armazenagem e Transporte, de um lado, e Logística Comercial, que inclui as atividades de Compras, Serviço ao Cliente e Marketing, de outro), com a fusão originou uma única, denominada Logística.

Na década de 80, com o advento da internet e em função da evolução tecnológica e da necessidade de agregar valor às operações, a logística assume importância essencial na administração do fluxo de materiais e do fluxo de informações.

A agregação de valor relaciona-se com a associação das operações acima mencionadas aos conceitos de Colaboração entre as empresas (parcerias que visam desenvolver projetos conjuntos para minimizar custos e maximizar ganhos) e a Virtualização das informações – processo este que se deu por conta da ampliação da concorrência gerada pela internet e pela globalização.

Com esse processo de evolução, a logística somou todas as suas atividades, da administração de materiais ao atendimento ao cliente, até atingir a situação atual, em que a responsabilidade do fluxo de informações e materiais distribui-se entre todas as áreas envolvidas: fornecedores, fábrica, distribuição, atendimento ao cliente e, mais recentemente, envolveu também a Logística Reversa.

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Divisão do processo de Logística

A evolução tecnológica, a globalização e a colaboração entre as empresas definiram o contexto da logística que se apresenta atualmente, da seguinte forma:

Logística interna: envolve os fluxos de materiais (antiga administração de materiais), com foco nos processos internos, como recebimento, estoques, produção, armazenagem e expedição.

Logística Corporativa/Empresarial: geralmente aplicada a empresas multinacionais que possuem uma política corporativa, envolve o fluxo de materiais e informações entre setores funcionais da empresa e suas unidades de negócios (que operam em diferentes locais ou países).

Logística da Cadeia de Suprimentos: Trata-se do fluxo de materiais e informações entre o consumidor e o fornecedor original, envolvendo tanto os processos de fabricação, armazenagem e distribuição de materiais e informações como o atendimento ao cliente final e os fornecedores de primeiro e segundo nível, respectivamente, aqueles que atendem diretamente as necessidades da empresa e os fornecedores dos fornecedores).

Logística Global: envolve o fluxo de materiais e informações entre consumidores e fornecedores globais, o que só ocorre com as empresa que atendem consumidores em diversos países, o que só é viável se trabalharem com fornecedores que possam atender a suas diversas unidades de negócios em qualquer parte do globo. Com a globalização, surgem cadeias de suprimentos globais, os quais possuem fluxos de materiais e informações específicos, que passam a ser administradas por esses processos logísticos.

Logística Reversa: envolve o fluxo de materiais e informações do consumidor final até o ponto de origem ou descarte. Trata-se da retirada de produtos do consumidor, que são entregues, em geral, às assistências técnicas ou postos de recebimento de produtos definidos pelo fabricante, para serem avaliados por técnicos especializados e destinados corretamente, levando em conta a opção economicamente mais viável para o fabricante, responsável por essa avaliação.

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