APRENDIZAGEM ORGANIZACIONAL E ORGANIZAÇÃO DA APRENDIZAGEM
Por: Getro Lucas • 17/10/2018 • Artigo • 1.058 Palavras (5 Páginas) • 126 Visualizações
UNIVERSIDADE POTIGUAR
ADMINISTRAÇÃO
CRIATIVIDADE, GESTÃO DO CONHECIMENTO E INOVAÇÃO
UNIVERSIDADES CORPORATIVAS - EXEMPLOS, METODOLOGIAS E APRENDIZAGEM
ORGANIZACIONAL
1. Introdução
No contexto brasileiro pouco ou nada se fala a respeito de parcerias entre em-
presas e universidades. A segunda, fomentada pelos interesses estatais que re-
gulamentam e moldam o ensino tendo em vista o engrandecimento do estado
na perspectiva do aluno, sugere que a primeira em nada contribui para a evolu-
ção da ética e igualdade sociais, visto que, segundo eles, oprimem e rebaixam os
colaboradores com vista os lucros.
Apesar dessa ser a visão quase predominante no contexto universitário nacional
e em alguns países do continente americano – principalmente na América do Sul
– a realidade prova o contrário: os interesses empresarias incluem de modo bas-
tante abrangente a participação e crescimento mútuos dos colaboradores à pro-
porção do crescimento da empresa. Isso se mostra verdadeiro quando se ob-
serva empresas multinacionais, muitas delas instaladas no Brasil, as quais pos-
suem um sistema próprio de ensino, conhecido como “Universidade Corpora-
tiva”, prática bastante comum no contexto europeu e norte americano.
Tais “universidades” surgem com o interesse das empresas de, a partir do pró-
prio rol de funcionários, elevarem suas metas a um nível mais elevado de com-
petição no mercado. Assim, investem pesado na capacitação e aprimoramento
de habilidades e conhecimentos dos colaboradores, os quais contribuem tra-
zendo melhores resultados.
Logo, a diferença entre as universidades tradicionais e as Universidades Corpo-
rativas se dá ao fato de que por tradicionais se entende que estão limitadas ao
contexto acadêmico, onde certo número de alunos que prestam vestibular ini-
ciam um ciclo de estudos com um fim de um conhecimento teórico – embora,
deve-se reconhecer, algumas universidades priorizam tanto isso, como o conhe-
cimento prático, incentivando estágios e outras atividades relacionadas aos cur-
sos prestados – enquanto as universidades corporativas priorizam o ensino da-
quilo que os seus alunos irão ver ao saírem da sala, nos seus respectivos cargos
e funções.
2. Alguns exemplos de Universidade Corporativa
Conhecida mundialmente, a Motorola conta com uma Universidade Corporativa:
a Motorola University. Nela, aproximadamente 30% dos cursos foram criados
para envolver os funcionários aos projetos, cultura e normas éticas e administra-
tivas – práticas de gestão de qualidade - da empresa. O restante do investimento
na universidade é de caráter prático, atendendo os diversos setores da empresa,
que engloba desde o RH até o “chão de fábrica”. 1 No Brasil, só em 2011, mais
de 4 mil funcionários foram treinados pela Motorola University, com quase 10
mil horas/aula usadas nessa capacitação2
. Nessa mesma linha funciona a Ham-
burger Universit, da McDonald’s, onde há um investimento mais concentrado em
questões sociais, tendo em vista que boa parte de seus funcionários vêm de clas-
ses mais baixas da sociedade e questões básicas de higiene que se adaptam aos
interesses da empresa, como o manuseio de alimentos e equipamentos de cozi-
nha.3
E interessante enfatizar que ao saírem destas empresas, os profissionais saem
mais capacitados e contextualizados no mercado de trabalho, podendo utilizar o
conhecimento adquirido nessas empresas em outros ambientes.
3. Aprendizagem Organizacional
a. Um breve conceito
O grande objetivo que move uma empresa à estipulação de metas e valores que
contribuem para a realização destas é o de se inserir no mercado de forma com-
petitiva, projetar seu alcance mais adiante com a evolução de seus produtos ou
serviços. O grande papel da aprendizagem organizacional neste objetivo é o de
trazer luz aos processos que contribuem para estas evoluções. Ou seja,
“responder, por meio do conceito, como organizações agem para con-
quistar os resultados que indicam a realização de aprendizagens. Busca-se com-
preender que estruturas organizacionais, que políticas de gestão de pessoas,
que cultura, que valores, que tipos de liderança, que competências, que aspec-
tos, enfim, podem favorecer ou obstaculizar processos de aprendizagem.”
4
Não obstante, mesmo que o próprio conceito aponte para a definição de proces-
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