Administração: uma habilidade humana, seus primórdios e seus precursores

INTRODUÇÃO

Este trabalho busca discorrer sobre a relevante habilidade humana que é a Administração, o contexto histórico e social em que surgem os primeiros conceitos e seus precursores, bem como um detalhamento das várias Escolas que irão se destacar no âmbito administrativo e organizacional por meio de análises sucintas e simples.

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ADMINISTRAÇÃO: UMA HABILIDADE HUMANA, SEUS PRIMÓRDIOS E SEUS PRECURSORES

A habilidade humana de mais destaque e que maior impacto causou no mundo

denomina-se Administração.É por meio do ato de administrar que as organizações estão tão dinâmicas e desenvolvidas atualmente,torna impossível imaginar um mundo sem ela, onde nosso cotidiano gira em torno dela. Pode-se dizer que parte deste ponto a necessidade de se estudá-la, mas qual a causa da Administração ser considerada uma habilidade humana?

Quando administramos usamos tanto a intuição quanto a superstição, estas são inerentes do ser humano. A intuição constitui-se em utilizarmos nossos cinco sentidos com a finalidade de julgar a veracidade de uma afirmação, já a superstição são as coisas em que acredito, mas não são reais.

Ao usar constantemente das características humanas fica impossível de dissociar o ato de administrar de ser também uma habilidade humana. Podemos exemplificar esta tese por meio dos estudos de Henri Fayol, que define o ato de administrar como:

• Prever – visualizar o futuro e traçar o programa de ação,

• Organizar – constituir o duplo organismo material e social da empresa,

• Comandar – dirigir e orientar o pessoal,

• Coordenar – ligar, unir, harmonizar os atos e esforços coletivos,

• Controlar – verificar que tudo ocorra de acordo com as regras estabelecidas e as ordens dadas; todas essas capacidades podem ser consideradas habilidades humanas estando intrínseca à Administração.

Se a Administração é considerada a excelência das habilidades humanas é em decorrência dos acontecimentos históricos e sociais que modificaram para sempre a estrutura econômica e social do mundo. Por volta da metade do século XVIII, temos o advento da Revolução Industrial. Pode-se afirmar que está neste ponto o grande ‘marco’ para o mundo administrativo, organizacional, pois a Revolução Industrial é essencial para o que denominamos hoje de administração, empresas, fábricas, indústrias, produtos e serviços entre tantos outros fatores que foram por ela preconizados.

Com a influência da Revolução Industrial para a Administração, surge então um novo conceito de trabalho, de trabalho basicamente agropecuário para um trabalho em grande parte industrial. Subdivide-se a Revolução Industrial em duas fases:

1ª Fase (1780 a 1860) e seus principais eventos:

• Mecanização da indústria e da agricultura,

• Desenvolvimento do sistema fabril,

• Desenvolvimento dos transportes e das comunicações,

• Aplicação da força motriz a indústria.

Na 2ª Fase (a partir de 1860) temos os seguintes principais eventos:

• Fabricação do aço substituindo assim o uso do ferro,

• Invenção do motor de combustão, ocorria a substituição do vapor pelo uso da eletricidade e derivados do petróleo como fonte de energia,

• Especialização do trabalhador,

• Desenvolvimento da maquinaria automática.

Em um mundo totalmente modificado pela ocorrência da Revolução Industrial, temos o surgimento de diversas teorias sobre as formas de administração e o serviço fabril. Podemos destacar entre elas as teorias de Frederick Wilson Taylor (Teoria da Administração Científica), Henri Fayol (Teoria da Administração Clássica), os estudos de Henry Ford, Max Weber (Teoria da Burocracia).

Destacam-se como as principais contribuições destes precursores da Administração para as empresas da época:

Henri Fayol (1841-1925)– em seus estudos Fayol enfatiza a estrutura organizacional, tem-se uma visão do processo de cima para baixo, do todo para as partes (dedutiva), da gerência para os operários. Seus Princípios Gerais de Administração são:

• Divisão do trabalho – a especialização das tarefas e também das pessoas gerariam maior eficiência,

• Autoridade e responsabilidade - sendo que a autoridade seria o direito de dar ordens e ser obedecido enquanto que a responsabilidade seria a obrigação de ceder, obedecer,

• Disciplina – obediência, energia, comportamento e respeito,

• Unidade de comando – autoridade única,

• Departamentalização – busca a homogeneidade agrupando na mesma unidade todos que trabalharem pelo mesmo processo, lugar e mesma clientela,

• Coordenação – seria a distribuição organizada do esforço da empresa visando obter unidade de ação para um determinado fim comum.

Com seus estudos, fica evidenciada a principal contribuição de Fayol para os estudos de administração como sendo a ampliação do objeto de estudo em relação ao estudo de Taylor, Fayol amplia o objeto da pesquisa administrativa ao estender a finalidade de seus estudos para toda a estrutura organizacional não ficando restrito ao estudo do indivíduo, no caso do operário em si.

Como a maioria dos estudos da época, Max Weber (1864 a 1920) em sua Teoria da Burocracia, tinha como finalidade o estudo dos processos administrativos para a obtenção da máxima eficiência. Sua obra difere das obras de Taylor e Fayol, contribuindo pelas seguintes dimensões:

• Separação entre propriedade e administração – os recursos utilizados para a execução das tarefas não são propriedade dos funcionários e sim da organização,

• Profissionalização do funcionário – estes seriam profissionais por serem assalariados, seus mandatos são por tempo indeterminado, seus cargos são sua principal atividade dentro da empresa seguindo uma carreira dentro delas (meritocracia)..

Os estudos de Frederick W. Taylor (1856 –