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ANÁLISE DO LIVRO PEDAGOGIA DA AUTONOMIA – SABERES NECESSÁRIOS À PRÁTICA EDUCATIVA DE PAULO FREIRE

Por:   •  6/5/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.395 Palavras (6 Páginas)  •  570 Visualizações

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UNIP

UNIVERSIDADE PAULISTA

INTERATIVA

PRÁTICA DE ENSINO: INTRODUÇÃO À DOCÊNCIA

ATIVIDADE - B

Aluno(s):

LISABETE SOARES LUCIO CAMARGO - RA 1415126

VERA LUCIA SILVA RA - 1415143

JOELIS MARIA ANHAIA WEIGERT RA - 1413636

ELIANE QUEIROZ MACHADO RA - 1412871

POLO

PONTA GROSSA

2014

ANÁLISE DO LIVRO PEDAGOGIA DA AUTONOMIA – SABERES NECESSÁRIOS À PRÁTICA EDUCATIVA DE PAULO FREIRE

Em “Pedagogia da autonomia – saberes necessários à prática educativa”, o autor Paulo Freire, leva a reflexão sobre a questão da formação docente e a prática educativa progressista em favor da autonomia dos educandos.

Para tanto, faz um apelo a ética universal do ser humano, à professores e professoras no exercício da docência e à acadêmicos e acadêmicas que se preparam para exercê-la, uma vez que a ética é inseparável do ato educativo e para que ela realmente aconteça é preciso vivê-la na prática, testemunhá-la aos estudantes, na relação com eles, na coerência entre o discurso e a prática, no modo como se ensina, no respeito aos outros, na capacidade de viver e aceitar o diferente. Desta forma, os profissionais da educação têm a possibilidade de superação de ideologias imobilizadoras e gestar o ato educativo como prática democrática e de transformação de manifestações discriminatórias de raça, gênero e classe.

Pede também que os leitores realizem uma leitura crítica da obra, a reinventando e a contextualizando nos diferentes tempos históricos, numa constante relação teoria/prática, para que a teoria não se torne pura retórica e a prática, puro ativismo.

Dando continuidade, Freire afirma que não há docência sem discência, estabelecendo uma relação dialógica entre os sujeitos – professor/aluno. Esse processo supõe compartilhar conhecimento, de modo que o professor, enquanto ensina, também aprende com seus alunos. Todos são responsáveis pela construção do conhecimento, por isso deve-se deixar de lado a “educação bancária” que caracteriza uma sociedade opressora, onde a educação é apenas o ato de depositar, de transferir, de transmitir valores e conhecimentos.

O autor segue discutindo alguns saberes essenciais à prática educativa:

Ensinar exige rigorosidade metódica que leva os professores a além de ensinar os conteúdos, reforçar a capacidade do educando de recriar, refazer o que lhe foi ensinado, instigando-lhe a curiosidade e a criatividade.

Ensinar exige pesquisa, pois não existe ensino sem pesquisa e vice-versa. Não existe dicotomia entre estes dois fazeres.

Ensinar exige respeito aos saberes dos educandos, socialmente construídos. É importante discutir estes saberes, estabelecendo relações com o conteúdo.

Ensinar exige criticidade, onde mais do que ensinar os conteúdos mecanicamente é preciso ser capaz e se dispor a ensinar a pensar certo. Para isso, o educador necessita ser investigador, inquieto, rigorosamente curioso, humilde e persistente.

Ensinar exige estética e ética, impossibilitando o educador ser arrogante com autoridade rígida. Este deve ter consciência de que é preciso ser coerente, pois ensinar exige comprometimento, generosidade e disponibilidade.

Ensinar exige a corporeificação das palavras pelo exemplo, pois não há coerência se a prática do professor não for exemplo concreto de seu discurso, se não houver segurança na argumentação das idéias do professor.

Ensinar exige risco, aceitação do novo e rejeição a qualquer forma de discriminação, de preconceito de raça, de classe e de gênero, que negam a solidariedade, a fraternidade e a igualdade indo contra ao caráter democrático do ensino.

Ensinar ensine reflexão crítica sobre a prática onde o professor não permite o distanciamento epistemológico da prática enquanto objeto de sua análise e crítica. Havendo aqui, formação permanente do educador.

Ensinar exige o reconhecimento e a assunção da identidade cultural, traduzido na compreensão dos sentimentos dos alunos, onde um simples gesto do professor pode significar muito para o desenvolvimento dos alunos.

Ensinar não é transferir conhecimento, e sim possibilitar a construção do próprio conhecimento, constituir-se fundamentalmente numa postura que não admite simplismo, facilidade, incoerências grosseiras, arrogância, falsa superioridade, fórmulas preestabelecidas, espontaneísmo.

Ensinar exige consciência do inacabamento, da consciência de ser um ser cultural, histórico, inacabado, sendo esta uma condição para o professor ser crítico, predisposto à mudança, a aceitação do diferente, o aprendizado é constante.

Ensinar exige o reconhecimento de ser condicionado, ter a consciência e perceber-se presente na construção da própria presença do mundo e portanto, com possibilidade de intervir no mundo e responsável pela tarefa histórica de mudá-lo, pois os obstáculos não se eternizam.

Ensinar exige respeito à autonomia do ser do educando, sendo este um imperativo ético e não gentileza que se dispersa uns aos outros. Saber que se deve respeito à autonomia e a identidade do educando, exige uma prática do professor coerente com este saber, contra qualquer discriminação.

Ensinar exige bom senso, na avaliação que o professor deve fazer de sua prática, afirmando a possibilidade de mudar e estabelecer um divisor de ações e posturas éticas, formando a sua identidade. Urge então a necessidade de se fazer uma reflexão crítica quanto a responsabilidade que tem o professor de instaurar uma prática educativa que se deve ter ao educando, se realiza ao invés de ser negado.

Ensinar exige humildade, tolerância e luta em defesa dos direitos dos educadores. Nenhum professor passa pelo aluno sem deixar suas marcas, daí a importância de explicitar com lucidez o seu engajamento, sua luta em defesa a condição humanizadora em detrimento as condições que são de certa forma maneiras perversas de desrespeito ao espaço escolar e uma ofensa também aos educandos, não só a educadores, e à prática pedagógica.

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