Artigo - metodologia do trabalho
Por: Nathalia Nobre • 26/4/2015 • Trabalho acadêmico • 1.880 Palavras (8 Páginas) • 284 Visualizações
Gestão de pessoas no serviço público: o caso da Universidade Federal do Ceará
Amanda Soares Rabelo
Nathalia Régia Feitosa Queiroz Nobre
Metodologia do Trabalho Científico
Professor: Carlos Manta
Resumo
O artigo tem como objetivo analisar a mudança de Recursos Humanos para Gestão de pessoas nas mais diversas Instituições Públicas, tendo um enfoque maior na Universidade Federal do Ceará. Existe a crença de que sem pessoas, a oferta de serviços qualificados torna-se inviável, à medida que temos um mercado competitivo cada vez mais exigente. No caso do setor público, tornam cada vez mais frequentes as reclamações com relação ao mau atendimento oferecido às pessoas que fazem uso do mesmo. Considerando a importância do relatado, presume-se que a deficiência encontrada no atendimento nas Instituições Públicas advém, em sua maioria, do fato de inexistir na Administração Pública, um sistema adequado de Gestão de Pessoas, o qual busque resultados que satisfaçam os usuários através de treinamentos e desenvolvimento das pessoas que trabalham na área pública. Com base no exposto, este artigo objetiva discutir a Gestão de Pessoas na Administração pública, em especial na Universidade Federal do Ceará, e a importância de ter um sistema que procure nas pessoas, não só o conhecimento técnico ou teórico, como também a capacidade que as mesmas tem em gerar resultados positivos dentro das organizações.
Palavras chave: Gestão de Pessoas; Instituições Públicas; Administração Pública.
1. Introdução
Em 06 de novembro de 2012, o blog do Jornal O Povo divulgou uma notícia com relação à criação de uma nova Pró-reitoria na Universidade Federal do Ceará (UFC). A notícia trazia que o Conselho Universitário (Consuni) da UFC criara uma Pró-reitoria de Gestão de pessoas (PROGEP), a qual teve como primeira Pró-reitora a professora e ex-diretora da Faculdade de Economia, Administração, Atuárias, Ciências Contábeis, Secretariado Executivo e Finanças (FEAACS), Maria Naiula Monteiro da Silva.
De acordo com o atual reitor, Jesualdo Farias, com a criação da PROGEP, o mesmo estaria honrando um compromisso que foi assumido durante sua campanha de eleição, o de ofertar uma maior atenção ao setor de Recursos Humanos da UFC.
Com base no exposto, o presente artigo propõem uma análise a respeito da Gestão de Pessoas e da motivação oferecida ao servidor público que está inserido nas instituições de ensino público, citando, em alguns momentos o caso da Universidade Federal do Ceará, tomando como base a visão de alunos da próprio universidade.
A Gestão de pessoas mostra os diversos cuidados que são necessários ter em uma instituição, seja ela pública ou privada, para que os serviços prestados pelos servidores sejam realizados da forma mais eficiente possível, gerando um serviço cada vez mais qualificado e satisfatório.
No entanto, é visível a necessidade de qualificação dos servidores em determinadas instituições públicas, inclusive na UFC, assim como o incentivo à reciclagem de conteúdo dos professores que nela lecionam. Podemos destacar alguns obstáculos, como: deficiências no atendimento ou aulas ultrapassadas, que surgem até mesmo pelo comodismo de alguns funcionários públicos por serem efetivados no cargo em que ocupam e serem protegidos por lei.
Baseado no exposto, propõe-se o estudo de Gestão de pessoas nas Instituições de ensino Públicas, voltado para o ambiente de trabalho no qual as pessoas sintam-se respeitadas e valorizadas.
2. Conceituando gestão de pessoas
Anteriormente, tinha-se na empresa o setor de Recursos Humanos, o qual, na maioria das vezes, servia apenas para ficar responsável pela folha de pagamento e da seleção para a contratação de profissionais, dos quais era exigida apenas experiência na área na qual iria trabalhar.
Com o tempo, foi-se inserindo nas empresas o conceito de Gestão, deixando de lado o antigo modelo burocrático, pelo fato das mudanças ocorridas nos cenários nacionais e internacionais, a globalização, por exemplo. Desse modo, passou a ser necessário ver as pessoas que trabalham nas empresas como gestores e colaboradores, assim criando um novo conceito: Gestão de Pessoas.
A Gestão de Pessoas – GP é uma área muito sensível à mentalidade que predomina nas organizações. Ela é extremamente contingencial e situacional, pois depende de vários aspectos, como a cultura que existe em cada organização, da estrutura organizacional adotada, das características do contexto ambiental, do negócio da organização, da tecnologia utilizada, dos processos internos, do estilo de gestão utilizado e de uma infinidade de outras variáveis importantes. (CHIAVENATO, 2008, P.08)
Podemos perceber que a Gestão de Pessoas trata o colaborador como peça fundamental para o avanço da empresa, tornando-o mais participativo nas decisões consequentemente dando-lhes uma maior autonomia em suas atividades. Logo, podemos caracterizar a Gestão de Pessoas da seguinte forma:
- Participação do trabalhador;
- Investimento em capacitação;
- Envolvimento e desenvolvimento do bem mais precioso da organização – o colaborador;
- Humanização da empresa como um todo.
É perceptível que as mais diversas instituições, públicas ou privadas, reconhecem que as pessoas não devem ser consideradas meros recursos utilizados para atingirem um objetivo, como outrora, e sim como facilitadores que necessitam ser liberados e orientados para que produzam e contribuam mais para a instituição. Mesmo se tratando de um assunto tão visado e atual, para muitas empresas o discurso sobre Gestão de Pessoas ainda não tornou-se uma prática para a mesma.
3. Gestão de pessoas nas instituições públicas
Toda e qualquer instituição, antes mesmo de lançarem uma vaga no mercado, recrutarem e selecionarem pessoas, já possui definido o perfil mais adequado para a ocupação do cargo proposto. Ou seja, o candidato necessita ter, além do conhecimento teórico a respeito de assuntos específicos, um conjunto de habilidades e atitudes que o tornem compatíveis com o seu futuro cargo.
Tratando-se de Gestão de Pessoas, as principais práticas são: recrutamento e seleção, cargos, salários, benefícios, treinamento e avaliação de desempenho. Estas estão inter-relacionadas e intimamente ligadas ao processo motivacional dos profissionais. No serviço público, as práticas citadas acima também são relevantes, porém este não possui autonomia suficiente para gerir seus próprios recursos, ficando assim submetido ao governo federal, quando se trata de recrutamento e seleção, por exemplo, já que estas atividades não competem à instituição específica.
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