As Gestões Administrativas Clássicas
Por: Sabrinalima21 • 13/10/2015 • Trabalho acadêmico • 3.569 Palavras (15 Páginas) • 189 Visualizações
2.2 Gestões Administrativas Clássicas
Na Teoria Clássica, partia-se do todo organizacional e da sua estrutura para garantir eficiência a todas as partes envolvidas, fossem elas órgãos (como seções, departamentos etc.) ou pessoas (como ocupantes de cargos e executores de tarefas). A microabordagem no nível individual de cada operário com relação à tarefa é enormemente ampliada no nível da organização como um todo em relação a sua estrutura organizacional. A preocupação com a estrutura da organização como um todo constitui, sem dúvida, uma substancial ampliação do objeto de estudo da TGA. Fayol, um engenheiro francês, fundador da Teoria Clássica da Administração, partiu de uma abordagem sintética, global e universal da empresa, inaugurando uma abordagem anatômica e estrutural que rapidamente suplantou a abordagem analítica e concreta de Taylor.
A segunda década do século XX foi tumultuada. A Primeira Guerra Mundial (1914-1917) envolveu a Europa e os Estados Unidos em operações militares conjuntas. Em seguida, os meios de transporte tiveram enorme expansão, com a indústria automobilística, as ferrovias e o início da aviação militar, civil e comercial. As comunicações também passaram por enorme expansão do jornalismo e do rádio em ondas medias as e curtas. E na Europa surgiu a Teoria Clássica da Administração.
Henri Fayol, Europeu de família abastada, nasceu em Constantinopla e viveu em Paris, tendo atuado durante toda a sua vida numa única empresa, na aérea de mineração. Tornou-se engenharia de minas e iniciou sua carreira como executivo. Seu objetivo era o de trazer Eficiência para os executivos. A partir de sua obra “ Teoria Das Organizações “,deu origem á Teoria Clássica.
Deu ênfase a estrutura e sua abordagem era de cima para baixo e do todo para as partes. Foi o representante dos anatomistas e fisiologistas na administração, porque se preocupava com a estrutura e o funcionamento da Organização. O termo “Organização” deixou de ser somente uma ação ou verbo principio e passou a ser sinônimo de empresa (instituições ).A partir d seus trabalhos, será obrigatório “ estudar” para ser transformar num Administrador.
As funções básicas da empresa Fayol salientam que toda empresa apresenta seis funções, a saber:
Funções | Características |
Técnicas | Relacionadas com a produção de bens ou de serviços da empresa. |
Comercias | Relacionadas com compras, venda e permutação. |
Financeiras | Relacionadas com procura e gerência de capitais. |
Segurança | Relacionadas com proteção e preservação dos bens e das pessoas. |
Contábeis | Relacionadas com inventários, registros, balanços, custos e estatísticas. |
Administrativas | Relacionadas com a integração de cúpula das outras cinco funções. As funções administrativas coordenam e sincronizam as demais funções da empresa, pairando sempre acima delas. |
Fonte: Idalberto Chiavenato, Teoria Geral da Administração. © 2004 Elsevier Editora Ltda.
Para Fayol "nenhuma das cinco funções essenciais precedentes tem o encargo de formular o programa de ação geral da empresa, de constituir o seu corpo social, de coordenar os esforços e de harmonizar os atos. Essas atribuições constituem outra função, designada pelo nome de Administração".
2.2.1 Fundamentos ( perspectiva histórica, principal representante, conceitos fundamentais , princípios de administração )
A visão de Fayol sobre as funções básicas da empresa está ultrapassada. Hoje, as funções recebem p. nome de áreas da administração: assim, as funções administrativas recebem o nome de área de administração geral; as funções técnicas recebem o nome de área de produção, manufaturas ou operações; as funções comerciais, na área de vendas ou marketing. As funções de segurança passaram para um nível mais baixo. As funções contábeis passaram a se subordinar às funções financeiras. E, finalmente, surgiu a área de recursos humanos ou gestão de pessoa. . Todavia, outras mudanças estão ocorrendo: as áreas citadas estão sendo geridas por equipes e não exclusivamente por departamentos como antigamente.
A proporcionalidade da função administrativa.
Figura 1[pic 1].
Fonte: Idalberto Chiavenato, Teoria Geral da Administração. © 2004 Elsevier Editora Ltda.
Fayol define o ato de administrar como: prever, organizar, comandar, coordenar e controlar. As funções administrativas envolvem os elementos da Administração, isto é, as funções do administrador, a saber:
Principais | Características |
Prever | Visualizar o futuro e traçar o programa de ação. |
Organizar | Constituir o duplo organismo material e social da empresa. |
Comandar | Dirigir e orientar o pessoal. |
Coordenar | Ligar, unir, harmonizar todos os atos e esforços coletivos. |
Controlar | Verificar que tudo corra de acordo com o estabelecido. |
Fonte: Idalberto Chiavenato, Teoria Geral da Administração. © 2004 Elsevier Editora Ltda.
Esses são os elementos da Administração que constituem o chamado processo administrativo: são localizáveis no trabalho do administrador em qualquer nível ou área de atividade da empresa. Em outros termos, tanto o diretor, o gerente, o chefe, como o supervisor - cada qual em seu respectivo nível - desempenham atividades de previsão, organização, comando, coordenação e controle, como atividades administrativas essenciais.
As funções do administrador segundo Fayol
“A administração não é nem privilégio exclusivo, nem encargo pessoal do chefe ou dos dirigentes da empresa; é uma função que se reparte, como as outras funções essenciais, entre a cabeça e os membros do corpo social.” (FAYOL, Henri. Administração industrial e geral. São Paulo: Edit. Atlas, 1981, p. 26.).
“Até FAYOL, o problema da administração se concentrava nas indústrias e usinas, com a preocupação pela produtividade. FAYOL levou a administração do nível da oficina para o da direção geral da empresa, considerada na sua totalidade. A principal contribuição de FAYOL ao pensamento administrativo foi mostrar como um processo administrativo complexo pode ser separado em áreas interdependentes de responsabilidades ou de funções.” (SILVA, Reinaldo. Teorias da Administração, 2002. p. 153.).
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