As Teorias da Motivação e Liderança
Por: Gabriel Savoya Perez • 3/10/2019 • Trabalho acadêmico • 4.274 Palavras (18 Páginas) • 200 Visualizações
Introdução
Para estarem sempre na frente de suas concorrentes, as empresas adotam medidas que a auxiliam em uma maior produtividade (com base na necessidade do mercado) e lucratividade, pois desta maneira consegue-se obter um maior crescimento empresarial.
Porém ao contrário das teorias mais antigas que visavam em sua grande parte a produtividade em si, seja para grandes escalas ou para uma melhor qualidade, teorias mais recentes destacam a importância da influência da motivação humana no trabalho.
Definir o que é motivacional para uma pessoa é muito mais complexo do que se imagina, pois uma mesma ação que para alguém pode surtir o efeito de motivação, para outra pessoa pode não surtir efeito algum ou até mesmo provocar o efeito contrário, provocando assim a desmotivação.
Embora ainda haja relativamente poucos estudos que relacionem efetivamente a produtividade de uma empresa com a motivação humana no mesmo ambiente, é possível notar-se que em casos em que há pouca motivação ou líderes que não motivam os profissionais de seu local de trabalho, a produção torna-se menos eficiente e com menor qualidade do que aquela em que há pessoas totalmente motivadas a realizarem o seu trabalho dentro da organização.
Contudo para que consiga de fato alcançar essa motivação dentro dos profissionais da empresa, é preciso perceber primeiramente que a maioria das pessoas que entram em uma organização, no geral, procuram de primeira instância satisfazer suas necessidades especiais, ao invés de visarem o lucro empresarial ou até mesmo a qualidade de produção. Portanto com o tempo é necessário que essas necessidades comecem a serem supridas, para que assim comece a motivar o indivíduo e desta forma ele comece a se preocupar e ter interesse em visar o lucro de sua empresa de trabalho.
Para facilitar o entendimento humano no sentido motivacional há algumas importantes teorias que buscam minimizar a complexidade do assunto.
4. Teorias da Motivação – Conteúdo
4.1. McGregor: Teoria X e Y
Douglas McGregor classificou de duas maneiras o comportamento humano, em X e em Y.
Para ele o comportamento humano relacionado com X caracteriza-se pelas pessoas indolentes, com o trabalho para ela baseado na troca econômica (troca-se o trabalho por dinheiro) e que possuem aversão ou desmotivação para o trabalho, ou seja, trabalha apenas para a sobrevivência.
Já as pessoas com comportamento Y podem ser entendidas como o oposto da anterior, uma vez que possuem vontade de trabalhar, são entendidos como pessoas sociais e que trabalham pelo prazer que o mesmo lhe proporciona.
Portanto para os indivíduos caracterizados em X, o trabalho é percebido como algo negativo, enquanto que para os caracterizados em Y o trabalho é entendido como algo natural.
4.2. Maslow: Hierarquia das Necessidades
Para Maslow as necessidades humanas podem ser divididas em 5 categorias dentro de uma pirâmide, onde de baixo para cima respectivamente, encontra-se as necessidades fisiológicas, segurança, social, estima e autorrealização, sendo as duas primeiras ligadas a sobrevivência e as demais ligadas ao crescimento do indivíduo.
Seguindo esta hierarquia, segundo Maslow, o indivíduo só conseguirá atingir as necessidades que estão no topo da pirâmide caso as anteriores tenham sido realizadas, desta forma a pessoa só chegará a necessidade de autorrealização caso todas as outras anteriores tenham sido satisfeitas. Sendo assim, uma necessidade “superior” só irá surgir caso as anteriores tenham sido realizadas e desta mesma maneira só haverá motivação ligada ao crescimento da pessoa dentro da organização, caso suas necessidades de sobrevivência tenham sido atendidas.
4.3. Alderfer: Teoria ERC
Muito relacionada com a teoria de Maslow, podendo até ser dita como uma releitura desta, Alderfer desconstrói a pirâmide presente na teoria de Maslow, dividindo as necessidades em três categorias que estariam em um mesmo nível, sendo elas, a de existência, relacionamento e crescimento, por isto a sigla ERC, ou no inglês ERG.
Dentro da necessidade de existência, estão as necessidades fisiológicas e de segurança, na de relacionamento estão as necessidades sociais e de estima externa e na de crescimento estão presentes a estima interna, ou autoestima, e a autorrealização.
Por estarem todas em um mesmo nível, para Alderfer, pode-se surgir e acontecer mais de uma dessas necessidades ao mesmo tempo em um mesmo indivíduo.
Outra característica dessa teoria é sobre o fato da frustração em alguma dessas necessidades gerar uma busca por satisfação em outra anterior, desta forma uma necessidade que já foi antes satisfeita pode vir a tona mais uma vez e a vontade de realiza-la novamente.
4.4. Herzberg: Teoria dos 2 fatores
Herzberg divide a motivação em dois fatores, os fatores Higiênicos ou extrínsecos e os fatores Motivacionais ou intrínsecos.
Nos fatores Higiênicos ou extrínsecos estão presentes o ambiente de trabalho, o salário e no geral as necessidades fisiológicas, sociais e de segurança citadas anteriormente. Estes fatores estão conectados no que é chamado de Nível de Insatisfação, pois para Herzberg quando estes fatores não são atendidos geram insatisfação e quando são atendidos geram uma não-insatisfação, ou seja, previne-se de se haver uma insatisfação.
Já nos fatores Motivacionais ou intrínsecos estão presentes as necessidades de estima e autorrealização, que estão muito ligadas ao cargo e função que o indivíduo ocupa em determinada empresa. Todos estes fatores estão conectados no Nível de Satisfação, pois seguindo a teoria, quando estes são realizados e satisfeitos, geram a satisfação e quando não são realizados geram a não-satisfação.
Portanto um fator Higiênico quando cumprido ou elevado jamais irá gerar satisfação, apenas irá gerar a não-insatisfação, da mesma forma que um fator Motivacional jamais irá gerar insatisfação quando não cumprido, somente irá acarretar em uma não-satisfação.
Para Herzberg também há o que foi chamado de enriquecimento de cargos, que foi dividido em horizontal e vertical. Quando há o crescimento horizontal, ou seja, quando se mantem o mesmo nível das tarefas desempenhadas, há o aumento de atividades e trabalho a serem cumpridos por esta pessoa, enquanto que quando há o crescimento vertical, que seria a elevação do nível das atividades a serem realizadas, há um aumento na complexidade e responsabilidades nas tarefas desempenhadas, o que provoca um efeito motivacional para quem teve este tipo de crescimento.
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