Atividade à Distância 3 (AD3) Economia Brasileira
Por: Gracielinda • 17/4/2016 • Trabalho acadêmico • 1.238 Palavras (5 Páginas) • 712 Visualizações
Atividade à Distância 3 (AD3) Economia Brasileira
Resenha do Texto Dívida Interna e Inflação (1964-1993): A lógica do financiamento do Estado Brasileiro diante da indexação - III Conferência Internacional em História Econômica & V Encontro de Pós-graduação em História Econômica
O Estado pode lançar mão do sistema venda de títulos públicos. Tal feito é um modo de colocar moeda no mercado, sem ter que emitir mais papéis-moeda, o que geraria um aumento natural da inflação pela emissão de moeda no mercado financeiro. Com as incertezas do mercado, preferiu-se uma maior liquidez. Os títulos indexados não conseguiram sustentar o Estado, pois os mesmos geraram mais despesa que receita, aumentando significativamente a dívida interna brasileira. Nos períodos de crise, os investimentos deixaram de ser direcionados do mercado produtivo para o mercado financeiro, estagnando assim o processo de industrialização. Em períodos de forte inflação, compensa mais aplicar os recursos a investir na produção. Com isso, se agrava o quadro inflacionário, visto que diminuem os empregos formais e consequentemente a renda do trabalhador. O autor nos passa que a procura por ativos indexados foram a opção diante de incertezas de mercado e ao processo inflacionário, visto que tais títulos eram indexados e corrigidos. Porém, a emissão desses títulos foi uma das causas da inflação enfrentada pelo país, visto que o pagamento dos juros sugava os cofres públicos.
Resenha do texto: A Taxa de desocupação da economia brasileira, de Ricardo Lacerda
A taxa de desocupação, medida nas grandes cidades, são as menores do período compreendido entre 2003 e 2011. Em 2003, nas regiões pesquisadas pelo IBGE, a taxa ficava em torno de 11,2% frente aos 6,1% dos dias atuais (2011). O Pleno emprego não quer dizer que toda a força de trabalho do país está ocupada, mas sim que boa parte dessa mão de obra está empregada. Podemos ver que o autor deixa bem claro quando aborda uma situação de pleno emprego da mão de obra, temos que considerar a rotatividade, enquanto alguns estão sendo empregados outros estão a procura. Existe ainda uma falta de mão de obra qualificada nas grandes cidades, como no Rio de Janeiro e São Paulo. As crises mundiais passadas na época, não influenciaram muito no mercado de trabalho brasileiro.
Resenha do Texto: GOVERNO LULA: CONTRADIÇÕES E IMPASSES DA POLÍTICA ECONÔMICA, de Luiz Filgueiras e Eduardo Costa Pinto
O Plano Real teve um apoio numa política de estabilização monetária, com base na sobrevalorização da nova moeda (o Real) e na abertura comercial e financeira da economia brasileira. As taxas de inflação caíram durante os 4 primeiros anos do primeiro governo FHC. Com a estabilidade dos preços, aumentou-se o consumo, a produção e o emprego. Porém, tal sistema demonstra suas fragilidades quando enfrenta problemas que surgem nas contas externas e finanças públicas do país.
Com a elevada taxa de juros mantida, para assegurar a entrada e permanência de capital estrangeiro, junto com a rolagem da dívida pública, acabou contendo o crescimento do PIB no período. A taxa de desemprego começou a aumentar, sendo assim, o primeiro governo FHC se demonstrou ruim com suas políticas macroeconômicas. Com a desvalorização do Real, aumentaram as exportações, o que de certa forma ajudou a melhorar a balança comercial. Porém, a fragilidade do setor público aumentou, mesmo com os superávits primários, a dívida pública cresceu. O segundo governo FHC foi muito difícil, pois teve de administrar diversas crises, seja econômica, crise do abastecimento de energia e uma crise interna, onde sua base política acabou se desfazendo com a saída do PFL.
Com a eleição de 2002, na qual Lula seria vencedor do pleito, demonstra a clara insatisfação da população com as políticas econômico-sociais adotadas pelo governo anterior, o que demonstra uma grande vontade de mudança por parte dos eleitores brasileiros. No entanto, observa-se que as políticas adotadas por FHC seriam continuadas no governo Lula, ou seja, mantendo elevada a taxa de juros, mantendo a CPMF que ora foi contestada pelo próprio Lula dentre outras.
Ao longo dos primeiros anos do Governo Lula, alguns indicadores da economia brasileira melhoraram, especialmente aqueles relacionados ao funcionamento dos mercados financeiros. O dólar, depois de bater R$ 3,89 em outubro de 2002 recuou para R$ 2,89 ao final de dezembro de 2003. O risco Brasil caiu de 2000 para 400, as taxas de inflação caíram, reduziu-se os saldos da Balança Comercial com aumento das exportações, entrada do capital estrangeiro com o aumento da taxa de juros. Porém, em contrapartida, as atividades econômicas internas ficaram prejudicadas, houve uma queda no PIB e PIB per-capta em 2003, houve também uma queda no consumo das famílias e de gastos do governo. Podemos verificar que o autor tem o objetivo de expor que o governo Lula utilizou a mesma política liberal adotada pelo governo FHC, e que tais políticas não conseguiram alterar as tendências de baixo crescimento econômico do país. Mesmo os superávits primário não são suficientes para reduzir os riscos externos.
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