CURSO DE GESTÃO DE PROJETOS ANÁLISE DE CENÁRIOS

 UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA

CURSO DE GESTÃO DE PROJETOS

ANÁLISE DE CENÁRIOS

Atividade Integradora [AVA 3]

TUTOR: ANDRE LADEIRA RODRIGUES LIMA

ALUNO: LEANDRO ROUSSOULIERES RIBEIRO

Introdução

A evasão escolar permanece entre os temas que historicamente fazem parte dos debates e reflexões no âmbito da educação e que infelizmente ainda não obtiveram solução efetivamente concreta em nossa sociedade. A constante saída de alunos do meio educacional ocupa, até os dias atuais, espaço de relevância no cenário das políticas públicas e, a despeito disso, o que se observa é que a educação não tem sido plena no que tange ao alcance de todos os cidadãos.

Em se tratando do Estado do Rio de Janeiro, dados oficiais mostram que mesmo na capital carioca, melhor colocada do estado, 46% das pessoas com mais de 18 anos não tem o ensino médio completo. Dentre os inúmeros fatores para a evasão de tais jovens, destacam-se no município os aspectos sociais como determinantes nesse processo evasivo, tais como a desestruturação familiar, o desemprego, a desnutrição e a gravidez precoce.

Assim sendo, muitos autores apontam fatores externos à escola como uma das principais causas de desistência do ensino médio. A condição econômica mostra que pobreza e evasão escolar possuem uma relação intrínseca de causa e consequência e, como resultado dessa junção de fatores, surge energicamente o trabalho infantil, prejudicando a obtenção de melhores níveis educacionais. Adolescentes têm de largar os estudos para suprir com o fardo de sustentar a família. Temos então um círculo vicioso onde a criança tem de trabalhar para ajudar a manter uma casa e isso aumenta consideravelmente a chance de um futuro onde seu filho terá de ajudá-lo da mesma forma.

Desenvolvimento

Frente à complexidade da questão e dos problemas hoje enfrentados pelas famílias e pelas escolas públicas, observam-se programas de caráter preventivo que tentam fomentar a permanência do discente na escola, tornando-a mais acessível ao suprimir as necessidades básicas, tal como a alimentação. O fome-zero e bolsa família, exemplos de tais programas governamentais, contribuíram em dois frontes: através da mitigação das carências nas necessidades básicas devido à uma insuficiência financeira e forçando a permanência na escola ( o bolsa família tem como requisito pelo menos 75% de presença em sala de aula).

Paralelamente aos programas sociais, há a necessidade de se trabalhar com os adolescentes que estão em sala de aula a importância da formação escolar em sua vida. Tal formação deve transcender o espaço da sala de aula, uma vez que o desenvolvimento educacional abrange a vida social, econômica, política e cultural da criança. Para a concretização de tamanha necessidade, surge a implementação nas escolas da educação integral que, de acordo com a Base Nacional Comum Curricular, compreende o âmbito educacional como “um todo”, anulando a fragmentação do ser humano, que até agora era divido em social, emocional e intelectual, mas trabalhando estes aspectos de maneira integrada e interdisciplinar. A escola precisará ir além de uma instrução tecnicista e mirar o desenvolvimento integral dos estudantes, tecendo diferentes realidades junto aos conteúdos curriculares, bem como ouvindo ativamente a comunidade escolar, alunos, família e entorno.