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Caso Estudo - Coach Carter - Negociação e Resolução de Conflito

Por:   •  30/9/2018  •  Trabalho acadêmico  •  3.333 Palavras (14 Páginas)  •  1.616 Visualizações

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Introdução

Nessa atividade de caso, estarei analisando o filme “Coach Carter – Treino para vida” (o Filme) sob ótica da teoria de negociação e resolução de conflito.

O filme conta parte da biografia do Sr. Ken Carter que jogou basquete para a escola de Richmond, EUA, e manteve vários recordes no tempo de colégio. Ele é convidado para assumir o cargo de treinador do time de basquete de Richmond, um time que passava pelas muitas derrotas nos jogos por diversos motivos. Carter aceitou o desafio e transformo não somente o time em um dos melhores do estado, mas também inspirou varias membros da equipe a terem uma vida digna além do basquete, através de um “acordo”.  

O estudo também abordará varias aspectos de uma negociação e resolução de conflitos tais como partes envolvidos, fontes, poder e estratégicas fases de negociação, descrição de forma de comunicação verbal em não verbal entre outros.

Além do mais, analisareI também o papel do protagonista do filme, o treinador de basquete - Ken Carter, como um Líder Coach, que usou suas habilidades motivacionais e de liderança para orientar e influenciar o time alcançar os objetivos do “acordo”, embora o mesmo time que tenha questionado sua importância e até desistido varias vezes de cumprir, ao longo do enredo do filme.

Desenvolvimento – análise do processo de negociação representado no filme eleito

Antes mesmo de começar, vamos analisar um pouco enredo do filme e diversos fatores que são fundamentais para avaliação do caso.

Ken Carter após vários anos é convidado para assumir o cargo de treinador do time de basquete de Richmond. Ele estava satisfeito com sua vida e realizações, mas olhou além e aceitou o desafio, começou a treinar o time de basquete de Richmond que passava por muitas derrotas nos jogos.  

Quando assumiu como técnico, Carter estabeleceu a condição de ter o controle total sobre o programa de basquete. Pediu bem no inicio que os jogadores se comprometessem e assinassem “Um Acordo”. É através desse acordo que o Carter conseguiu transformar as vidas dos alunos não somente como jogador, mas também como um estudante.

  1. Classificação das partes envolvidas (atores da negociação)

No inicio do enredo, podemos classificar claramente 2 partes, uma com vontade de atingir objetivo através desse contrato “ O técnico Carter” e outra “Os Alunos / Jogadores” que  não se importava com o cumprimento das condições, muito menos enxergava seu sucesso.

Logo, à longa da historia, começaram surgir várias outras partes, principalmente devidas às mudanças que a trama incita no ambiente onde acontece o filme.

Seria conivente, identificar os atores da negociação de acordo com fase do filme de seguinte maneira,

  1. Inicio do filme
  • Dimensão Horizontal

Técnico Carter – Negociador que quer alcançar os objetivos através de um acordo  

Alunos – outro lado da mesa, um coletivo de negociadores com pensamentos descontrolados que não veem importância desse acordo.

  • Dimensão vertical

Durante essa fase, ainda percebemos ausência das outras partes na dimensão vertical, até mesmo os mediadores, intermediadores e estabilizadores.

  1. Fase avançada

Com as condições do contrato ficando mais exigentes, começarão aparecer várias outras partes que tiveram algum interesse ou até mesmo foram afeitados pelas principais papeis. Assim podemos reclassificar partes envolvidas se seguinte maneira,

  • Dimensão Horizontal – Continuado como técnico Carter e  os alunos

  • Dimensão vertical – Envolvimento indireto de varias outros atores como 

Estabilizadores – Pais de alguns dos alunos que conseguiram entender a importância dos ensinamentos do técnico Carter para futuro de seus filhos

Mediadores e Intermediadores – A reitora da Escola, que no inicio não se aderiu com as exigências e a atitude do técnico Carter, mas depois compreendeu e inclusive apoio os métodos do técnico Carter.  

Desestabilizadores – Alguns jogadores e sues pais que não concordaram com as condições do contrato e maneira de conduzir os treinos do técnico

 

  1. Identificação das fontes de poder, ferramentas e táticas-

Quando Carter assumiu a vaga do técnico, ele estabeleceu a condição de ter o controle total sobre o programa de basquete. Antes mesmo de começar os treinos, ele juntou todos os jogadores e impõe regras para firmar um contrato de entendimento entre eles, quem não quisesse aceitar estaria fora dos treinos e também dos jogos.

Um acordo com as seguintes condições.

  • Ter boas notas (2.3) acima da média, frequência nas aulas,
  • Respeito aos professores e demais adultos, que deveriam ser chamados por senhor/senhora,
  • O uso de vestuário como camisas e gravatas nos dias em que tivesse jogo.

Antes de conversar sobre fonte de poder, ferramentais e táticas, é importante entender com quais foram os objetivos das ambos as partes.

Técnico Carter– Objetivo e interesse dele foram bem claros desde o inicio. O time de basquete do Richmond melhorasse o seu desempenho tanto na quadra de basquete quando fora dela.

Alunos– Não sabia bem dos seus objetivos, nem o que precisava para alcançara-los. No inicio, eles somente pensavam em ganhar os jogos sem ter nenhuma condição, sabendo do contrato imposto pelo técnico Carter, algumas já pensaram em desistir mesmo antes de começar a sua execução.

Sendo assim, seria importante entender nesse aspecto e o posicionamento estratégico de cada uma das partes;

Técnico Carter – Como posição mais forte da negociação, ele começou  como “ USO De PODER” controlado,  para influenciar as emoções da equipe, lembrando que no final ele queria chegar numa solução de “ “INTEGRAÇÃO” – Uma solução GANHA GANHA.   Importante ressaltar que o Técnico Carter nunca teve posicionamento de BARGANHA, FUGA ou AMACIAMNETO, por ter bem planejado a sua parte da negociação.    

Alunos – Entraram na negociação, totalmente desmotivados, nem mesmo sabendo se irá continuar cumprindo sua parte. Conseguimos ver varias comportamentos dentro do time que levaram os alunos / jogadores, primeiramente FUGIR do trato e depois tentarem BARGANHAR os termos e condições do contrato.

Podemos resumir o posicionamento de cada uma das partes da seguinte maneira.

Fase do Filme

Posicionamento - Técnico

Posicionamento – Alunos (Jogadores)

Inicio

USO De PODER (PARCIAL)

  • Deixou os objetivos claros
  • Meio que forçou a negociação
  • Uso a sua posição formal como técnico para colocar as condições de negociação
  • Punir os jogadores através de desafio físico que não quis cumprir as regras e desistir das condições

FUGA

  • Aluno como “Cruz” desistiu do trato mesmo antes de começar
  • Aluno “battle” não quis continuar ao sabendo que o técnico Carter não ia relaxar as condições do contrato mesmo time ganhando os jogos

Meio

INTEGRAÇÃO / USO De PODER

  • Mesmo ganhando os jogos, O técnico Carter tomou uma atitude drástica, trancando as portas do ginásio de Richmond, proibindo os treinos, pois os alunos não tinha cumprido o acordo em sua totalidade.
  • O técnico usou  o seu poder formal, tempo que estava passando sem treino, e informação em forma de estáticas para pude mudar o pensamento dos jogadores

BARGANHA / FUGA

  • Apesar de alguns dos alunos como “Cruz” que desistiu novamente e “Jason” e “Worm” que pensaram em desistir. É durante essa fase que os jogadores reagiram, fizeram plantão na biblioteca da escola para tentar cumprir a outra parte do acordo – Tirar nota em cima da media.

Fim

INTEGRAÇÃO

  • O técnico manteve sua posição, apesar da resistência, perder a causa de manter a ginastica fechada na votação do conselho e ser atacado pelos parentes dos jogadores, que quebraram os vidros da sua loja e até mesmo ofenderam ele em publico.  

INTEGRAÇÃO

  • Finalmente os jogadores começaram entender a importância do contrato, mostrando mudanças de comportamento e sucessos do time. Ao se despedir do colégio, Técnico Carter vai à quadra, onde encontra os alunos se recusando a continuar sem ele, momento em que um de seus alunos “Cruz” recita um trecho do poema “Nosso medo mais profundo”, que foi também discursado por Mandela. 

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