DAS TRABALHADORAS SÃO EMPREGADAS DOMÉSTICAS

08/03/2010 - 18,3% DAS TRABALHADORAS SÃO EMPREGADAS DOMÉSTICAS

O serviço de empregada doméstica foi o que garantiu, em 2008, uma inserção ocupacional de 15,8% no mercado de trabalho para as mulheres, segundo os dados da pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No ano passado, a proporção de trabalhadoras domésticas era de 18,3%. Portanto, esta é uma atividade predominante do sexo feminino, visto que apenas 6,4% dos homens exercem função semelhante. No entanto, o direito de ter carteira assinada ainda não é devidamente respeitado, uma vez que 37,4% dessas mulheres trabalham sem carteira assinada, de acordo com dados da pesquisa da Agência Condepe/Fidem. As mensalistas correspondiam, em 2009, a 67%, sendo 29,6% as que possuíam carteira assinada, e 33% representavam as diaristas. O registro na carteira é importante porque garante à empregada proteções sociais e os benefícios previdenciários. Em termos de remuneração por hora, as diaristas são mais bem pagas.

Elas recebem R$ 2,34 por hora enquanto que as mensalistas com carteira assinada, R$ 1,98, e sem carteira, R$ 1,54. No entanto, o rendimento mensal das diaristas é de R$ 220, valor inferior ao das mensalistas com carteira assinada (R$ 492). A participação das diaristas nos serviços domésticos representou, em 2009, 33% no Recife. Quando o assunto é o perfil, a tendência é um aumento na proporção de mulheres adultas exercendo tais atividades. O maior contigente foi de 43,1% na faixa etária de 25 a 39 anos. Em seguida vêm as trabalhadoras de 40 a 49 anos, com 30,1%, e de 50 a 59 anos, com 14,4%. Nos serviços domésticos, o rendimento mensal passou de R$ 286 para R$ 344, o que representa um aumento de 20,3%, incluindo, deste modo, a valorização do salário mínimo.