DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS
Por: lucasgarbelotti • 27/8/2017 • Resenha • 942 Palavras (4 Páginas) • 184 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS
Disciplina: Introdução à Administração
Professora: Fernanda Tarabal Lopes
Aluno: Lucas Goulart Garbelotti
Matrícula: 207260
Data: 25/04/2017
Resenha do texto BRAVERMAN, Harry. Trabalho e capital monopolista: a degradação do trabalho no século XX. 3. ed. Rio de Janeiro: 1981. Cap. 1 – Trabalho e força de trabalho:
O texto "Trabalho e Capital Monopolista" nos diz que trabalho é toda ação que modifica o espaço social, ou seja, é toda atividade que altera o estado da natureza para melhorar a sua utilidade.
Os seres vivos, de uma forma geral, transformam a natureza para satisfazer as suas necessidades. O que difere nesse processo é que o homem realiza um trabalho consciente e proposital, de uma forma idealizada, enquanto que o animal apenas transforma mecanicamente o material sobre o qual opera.
O Autor, ao citar Marx, salienta que a força de trabalho não deve ser confundida com o poder de qualquer agente não humano, e que o trabalho humano dialoga com a capacidade de enfrentar a natureza. Todo indivíduo é proprietário de uma porção de força de trabalho total de uma comunidade, da sociedade e da espécie. Esse é o ponto de partida para a teoria do valor do trabalho.
O início do processo de trabalho se dá através de um contrato ou acordo que estabelece as condições da venda da força de trabalho pelo trabalhador e sua compra pelo empregador. Acontece que, em virtude das condições sociais, o trabalhador se vê obrigado a realizar a venda da sua força de trabalho. Percebemos, então, que, ao longo da história, o capitalismo, ao invés de criar valores úteis, tornou-se uma forma de expansão de capital para a criação de lucro.
Braverman elucida que os saberes sobre trabalho são transmitidos através da cultura e da linguagem, e é necessário entender que o que os capitalistas compram de seus trabalhadores é apenas a força de trabalho, onde se faz dever do capitalista encaminhar seus empregados para a produção de excedentes seja forçando-os ou motivando-os, tornando o processo de trabalho uma responsabilidade do capitalista. Ou seja, a ampliação do capital tem como base a potencialidade produtiva humana e, por isso, o capitalista tenta de todas as formas aumentar a produção da força de trabalho.
Como podemos ver, o texto em pauta traz a evolução do trabalho como forma de ocupação e geração de capital e de como se pensar em uma boa administração de funcionários num mundo capitalista. Com o avanço do capitalismo, viver sem um trabalho torna-se difícil tanto num sentido econômico como também em uma forma social já que "ficar parado" se tornou motivo de vergonha e frustração, sendo o trabalho sinônimo de dignidade passado através das gerações.
É inegável que a força de trabalho humana é caracterizada pelo infinito potencial de adaptação do homem, que gera condições sociais e culturais para a ampliação da sua própria produtividade, de modo que seu produto excedente pode ser continuamente amplicada. Não obstante, também é possível perceber que muitas vezes os empregadores cobram demais de seus funcionários, pois, com o objetivo de almejar o lucro a qualquer custo, acabam, muitas vezes, comprometendo a saúde mental de seus funcionários. Por fim, é preciso lembrar que o trabalho deve ser também uma forma de proporcionar bem-estar psíquico.
“O trabalho humano, por outro lado, devido a ser esclarecido e orientado por um entendimento que foi social e culturalmente desenvolvido, é suscetível de vasta gama de atividades produtivas. (...) O capitalista acha nesse caráter infinitamente plástico do trabalho humano o recurso essencial para a expansão do seu capital”.
Discorra sobre a afirmativa acima tendo como base de análise o filme “Tempos Modernos”.
Como vimos, o homem, de maneira consciente e proposital, transforma a natureza para satisfazer as suas necessidades. Então, podemos dizer que o trabalho foi originado da necessidade de a humanidade satisfazer suas necessidades básicas. Assim, trabalhar é produzir riqueza, o que é necessário em todos os modos de produção, seja no comunal primitivo, no escravista, no feudal, no capitalista, e mesmo nas experiências socialistas. O que muda é a forma de produzir, a tecnologia utilizada, e a relação entre o sujeito que produziu e o que se apropria do que foi produzido, que varia de acordo com a forma de organização da sociedade.
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