Doencas dermatologicas aplicadas a estetica
Por: Gabriel Delunardo • 28/11/2018 • Trabalho acadêmico • 1.083 Palavras (5 Páginas) • 119 Visualizações
INTRODUÇÃO
Vitiligo é uma doença sistêmica, adquirida, crônica que tem um curso clínico imprevisível, caracterizada pelo aparecimento de máculas ou manchas hipocrômicas na pele e membranas mucosas devido ao desaparecimento da funcionalidade dos melanócitos na área afetada. Estas lesões podem aparecer em diferentes formas e tamanhos e pode estar presente em qualquer área do tegumento, (TARLÉ et al 2011).
O vitiligo universal caracteriza-se por afetar 80 a 90% da superfície corpórea. E a forma mista caracteriza-se por apresentação concomitante de vitiligo segmentar e não segmentar e a forma segmentar geralmente respeita a linha média corporal e costuma seguir o dermátomo comumente, pode afetar um ou dois segmentos e até ocorrer segmento bilateral com início simultâneo ou não. Existem ainda as formas raras como a ponteada e a folicular que são formas inclassificáveis.
Não segmentar(NSV) Segmentar (SV)
Farias e Tarlé, 2012
Generalizado Unisegmentar
O desenvolvimento do vitiligo pode ocorrer em qualquer idade, sendo a idade média de aparecimento por volta dos 20 anos (Szczurko; Boon, 2008, p.2). Estudos sugerem que não há diferença significativa de prevalência entre os sexos (Steiner et al 2004). Aproximadamente 0,5% a 1% da população europeia e americana é afetada sem diferença racial ou sexual (Lotti, 2014). Segundo Rosa e Natali (2009), estimam prevalência de aproximadamente 1% de vitiligo no Brasil. (Tarlé et AL, 2015) afirmam que no Brasil ainda não tem dados epidemiológicos atualizados sobre a incidência e prevalência do vitiligo. Dessa forma, não existe consenso acerca de sua prevalência na população brasileira em geral.
ETIOLOGIA E PATOGÊNESE
Quanto à etiopatogenia do vitiligo, várias teorias foram propostas e ainda tem sido para tentar explicar o processo de despigmentação que ocorre no vitiligo. Entre essas, encontram-se as teorias, neural, autoimune, autotóxica de melanócitos e genética.
• Teoria neural: tanto as células melanocíticas quanto o sistema nervoso são derivados da mesma linhagem embriológica (Reed, Parichy, Erickson, 1998, p.78). Essa teoria indica que um possível mediador neuroquímico, causa a destruição de melanócitos ou inibe a produção de melanina, Barnes (1988);
• Teoria autoimune: autores admitem que o vitiligo seja uma doença autoimune, onde ocorre a formação de anticorpos antimelanocíticos (auto-anticorpos) e por consequência a destruição dos melanócitos (Kemp, Waterman, Weetman, 2001). Esses anticorpos circulantes estão ligados diretamente à extensão da despigmentação cutânea (Naughton, Reggiardo, 1986);
• Teoria autótoxica: sabe-se que os melanócitos têm como função proteger o organismo e assim eliminar produtos tóxicos, tais como dopaquinonas e indois. Quando esta proteção está deficiente, ocorre a formação destes produtos a partir da síntese de melanina e com isso inicia o processo de destruição das células melanocíticas, (Steiner et al 2004).
Dessa maneira, o vitiligo é considerado uma doença sem etiologia definida, com prognóstico reservado e que acarreta uma série de transtornos emocionais nos pacientes: de 10 a 76% dos portadores de vitiligo conferem à doença, algum fator precipitante (falecimento de parentes, desilusão amorosa e violência moral e física) (ROSA; NATALI, 2009).
SINAIS E SINTOMAS:
A maioria dos pacientes de vitiligo não manifesta qualquer sintoma além do surgimento de manchas brancas na pele. Entretanto, em alguns casos, os pacientes relatam sentir
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